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Indicado ao Oscar

Dagaz exibe filme sobre escravidão de crianças

Documentário revela horrores cometidos por simpatizantes do nazismo no Brasil; longa-metragem é o mais novo título autorizado ao projeto Cinestesia

Cinema  –  18/06/2018 12:15

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(Foto: Divulgação)

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"Menino 23 - Infâncias perdidas no Brasil" será exibido em 29 de junho, às 19h, no Ciep 299 - Jiulio Caruso, no bairro Santo Agostinho, Volta Redonda 

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Indicado ao Oscar de melhor documentário de longa-metragem, "Menino 23 - Infâncias perdidas no Brasil" (2016) será exibido pelo Instituto Dagaz no dia 29 de junho, em sessão aberta ao público, no Condomínio Cultural da ONG. O filme brasileiro é o mais recente título cinematográfico adquirido pelo projeto Cinestesia, sob autorização da Giros Produtora. A exibição está prevista para começar às 19h, no Ciep 299 - Jiulio Caruso, no bairro Santo Agostinho, em Volta Redonda, onde o instituto executa as atividades. 

A obra dirigida por Belisario Franca revela a história de 50 meninos órfãos que na década de 1930 foram escravizados por empresários ligados ao pensamento eugenista (integralistas e nazistas) na Fazenda Santa Albertina de Osvaldo Rocha Miranda, em Campina de Monte Alegre (SP). Essa será a primeira vez que o Instituto Dagaz exibirá o documentário vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro na categoria de melhor filme de documentário, com duração de 1 hora e 20 minutos. 

Sinopse 

Em 1998, o historiador Sydney Aguilar ensinava sobre nazismo alemão para uma turma de ensino médio quando uma aluna mencionou que havia centenas de tijolos na fazenda de sua família estampados com a suástica, o símbolo nazista. Essa informação despertou a curiosidade de Sidney e desencadeou sua pesquisa. Pouco a pouco, o filme mostra como o historiador avançou com a sua investigação, revelando que, além de fatos, ele também descobriu vítimas. 

O trabalho de Aguilar vai reconstituir laços estreitos entre as elites brasileiras e crenças nazistas, refletidos em um projeto eugênico implementado no Brasil. Aloísio Silva, um dos sobreviventes, lembra a terrível experiência que escravizou os meninos ao ponto de privá-los do uso de seus nomes, transformando-o no “23”. 

Sidney Aguilar e outros historiadores e especialistas irão delinear os contextos históricos, políticos e sociais do Brasil durante os anos 20 e 30, explicando como um caldeirão étnico como o Brasil absorveu e aceitou as teorias de eugenia e pureza racial, a ponto de incluí-los em sua Constituição de 1934. 

A investigação culmina com a descoberta de Argemiro, outro sobrevivente do projeto nazista da Cruzeiro do Sul. Sua trajetória reforça ainda mais como os conceitos de “supremacia branca” e as tentativas de “branqueamento da população” marcaram nossa sociedade deixando sequelas devastadoras até os dias de hoje. Sendo o racismo e - mais ainda - a negação do mesmo, as mais permanentes. 

Quem é quem no filme 

. Direção: Belisario Franca
. Roteiro: Bianca Lenti e Belisario Franca
. Produção: Maria Carneiro da Cunha
. Produção executiva: Cláudia Lima
. Edição: Yan Motta
. Música: Armand Amar
. Fotografia: Thiago Lima, Mário Franca e Lula Cerri 

Um pouco sobre o Cinestesia 

O Cinestesia é um projeto audiovisual do Instituto Dagaz que cria espaços abertos ao diálogo e a troca de ideias a partir da exibição de filmes, documentários, curtas e média-metragens não comerciais. O projeto, apoiado e patrocinado pelo Instituto CCR e CCR NovaDutra, exerce função de descentralizar o acesso à cultura, levando títulos do cinema a comunidades periféricas. Assim, o Cinestesia vem se moldando conforme o público, de todas as idades, atende escolas da rede pública, em Volta Redonda e região, além do Criaad e Degase.  Inicialmente, as exibições eram feitas somente no Condomínio Cultural, sede da ONG. A partir de 2014, o telão inflável passou a circular, em parceria com prefeituras, e atualmente é um dos atrativos em eventos públicos. O Cinestesia é considerado muito mais do que um polo de exibição cinematográfica, pois o Dagaz entende que a função do cinema vai muito além do entretenimento, sendo uma poderosa ferramenta para a transformação social por fazer pensar, provocar o desenvolvimento de uma consciência e de um senso crítico.

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Fique de Olho 

> Exibição do documentário "Menino 23 - Infâncias Perdidas no Brasil" - Data: 29 de junho. Horário: 19h. Local: Condomínio Cultural do Instituto Dagaz (Ciep 299 - Jiulio Caruso). Rua Bartolomeu Bueno da Ribeira, s/n°, Santo Agostinho, Volta Redonda.

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Por Assessoria de Comunicação  –  contato@olhovivoca.com.br

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