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Crônica

O que esse tal de 2016 ensinou?

Não espero um Feliz Ano Novo mas desejo um Feliz Novo Você para as estações que virão provar se a lição foi apreendida

Colunistas  –  29/12/2016 12:08

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(Foto Ilustrativa)

Que daqui a um ano, eu esteja escrevendo

coisas melhores sobre o que observo em silêncio

nas paisagens efêmeras da vida

 

Nada! Por um lado. Apenas trouxe à tona o que já deveríamos estar cansados de saber. E, entre os escombros interiores, ainda podemos ouvir o eco fraquinho da nossa própria noção de cidadania, que pede ajuda para não ser soterrada dentro das manifestações explícitas de ódio escancarado que assola os dias e noites deste ano que atravessamos dentro de uma canoa quase furada. 

Tudo! Por outro ângulo de visão mais apurada, e é nele que deveríamos todos estar. Mas é preciso equilíbrio da existência simultânea para que aprendamos a mesma lição da vida esfregando na nossa cara sua frágil e quase invisível complexidade. 

Assistimos nosso país corroendo sua existência e continuamos pagando por esse processo todo. Cada vez mais esmagados por bombardeios de opiniões dos especialistas graduados nas universidades das redes sociais, quase não tivemos tempo de respirar o oxigênio puro de esperanças que nossas próprias mãos cultivem e mereçam. 

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Mas, mesmo diante de tantas catástrofes, ainda agradeço por estar aqui escrevendo este recado para 2017 (não peço e nem prometo nada) e espero que ele leia durante os 365 dias que estará presente em nossas vidas.

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Que daqui a um ano, eu esteja escrevendo coisas melhores sobre o que observo em silêncio nas paisagens efêmeras da vida.
Que eu possa continuar a ser feliz com o que me é possível e valorize ainda mais tudo que está ao alcance de minhas conquistas.
Que eu veja o outro com a mesma empatia, independente de suas razões de estar no lugar que se propõe.
E que possamos mudar a cada oportunidade de recomeço. Que saibamos respeitar a dor e o medo (que são pais do ódio) e, quando pudermos, com nossas ações tentar doutriná-los.
Que possamos lamentar menos e prestar mais atenção nas frestas de luz que cada crise oferece para a reconstrução de nossa sustentabilidade.

Não espero um Feliz Ano Novo mas desejo um Feliz Novo Você para as estações que virão provar se a lição foi apreendida ou não.

Vale a pena investir no lado bom da vida enquanto o tempo diz que sim.

Por Elisa Carvalho  –  elisacarvalho.br@gmail.com

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