(Fotos: Jean Carlos Gomes, Luiz Otávio Oliani e Divulgação)
Cerimônia foi marcada por muita emoção e alegria; ao fim, foi servido um delicioso coquetel
A posse de Geraldo Carneiro, poeta, tradutor, letrista e roteirista, na ABL (Academia Brasileira de Letras) realizou-se na apoteótica noite de 31 de março, sexta-feira (os deuses do Olimpo com certeza aplaudiram de pé), às 21h, no Salão Nobre do Petit Trianon. É mineiro de Belo Horizonte, mas radicado no Rio de Janeiro há tempos. Nascido em 11 de julho de 1952, foi eleito em 27 de outubro de 2016, na sucessão do teatrólogo Sábato Magaldi para a cadeira 24. A cerimônia marcada por muita emoção e alegria começou pontualmente com a fala do presidente da instituição, o acadêmico e professor Domicio Proença Filho fazendo saudações de boas-vindas aos convidados, acadêmicos e a chegada do novo imortal à Casa de Machado de Assis.
Na sequência, Geraldo Carneiro foi chamado e conduzido ao Salão por alguns acadêmicos, sendo aplaudido pelo grande público. Em seu discurso pautado com muito humor, reverência e domínio, evidenciou com grande ênfase o teatro, peças e personagens importantes que marcaram épocas e gerações e, em especial, destacou a importância do antecessor e demais ocupantes da cadeira. Depois foi convidado a assinar o histórico livro de posse. Na sequência, a aposição do colar coube à acadêmica Nélida Piñon.
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“Geraldo Carneiro traz para a Academia a presença do poeta de obra representativa, aberto à produção de letras da música popular, do dinâmico criador de textos teatrais, do fundo conhecedor da obra de Shakespeare. Seu dinamismo e seu talento muito acrescentarão à Casa de Machado de Assis”. (Domício Proença Filho, presidente da ABL)
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A espada lhe foi entregue pelo acadêmico Eduardo Portella e o diploma pelo acadêmico Candido Mendes de Almeida. O magnífico discurso de recepção foi proferido pelo professor e escritor, acadêmico Antonio Carlos Secchin que, com maestria e genialidade, discorreu sobre a obra do confrade fazendo uma viagem literária ao universo de criação dele, desde o nascimento do eleito até a presente data. As considerações finais foram feitas pelo presidente que, logo em seguida, chamou alguns acadêmicos para conduzi-lo aos cumprimentos e fotos com todos. Foi servido um delicioso coquetel, momento no qual foi possível a descontração e o diálogo, tendo a certeza de uma noite memorável para todos.
Literalmente senti-me honradíssimo com o convite, pois era um sonho antigo que tinha de estar na famosa posse de gala vendo os concorridos fardões bordados com fios de ouro. De certa forma, a literatura do Sul Fluminense esteve representada mais uma vez.
Secchin finalizou com a belíssima frase:
“O Rio de Carneiro continua lindo. Rio de janeiro, fevereiro e 31 de março”.