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Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Campanha

Grupo de Barra Mansa busca recursos para colocar em prática o Projeto Naturais

Objetivo é gerar renda de forma autossustentável para pessoas carentes; orçamento inicial é de R$ 65 mil; todos podem colaborar na página da Kickante

Entrevistas  –  28/07/2015 10:03

Publicada em: 20/07/2015 (19:03:21)
Atualizada em: 28/07/2015 (10:03:21)

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(Foto: Divulgação)

A equipe: Bairros Bom Pastor e Getúlio Vargas foram escolhidos como alvos iniciais do trabalho 

Projeto Naturais é a novidade da artista multifacetada Dora de Oliveira. Surgiu num momento em que ela comecei a fazer artesanato com materiais recicláveis. Totalmente envolvida com a nova atividade, e já com uma boa produção, buscou uma forma de vender as peças que tinha criado. Participou da Feirinha de Artesanato de Barra Mansa, mas não teve o retorno que esperava. Foi nesse momento que percebeu o quanto as artesãs estão trabalhando sem a estrutura e o apoio que necessitam. E assim como elas, muitas outras pessoas gostariam de fazer o mesmo trabalho, mas não conseguem. Como bem diz o nome, esse é um projeto, uma proposta para tentar solucionar essas e outras questões. Mas para sair do papel, claro, precisa de recursos. Para colaborar basta clicar aqui.

- Ainda é apenas um projeto, mas que já teve a adesão da Associação Ambiental Verde que Salva. Essa associação vai coordenar todas as iniciativas relacionadas ao projeto até a criação da cooperativa. A partir daí as próprias cooperadas continuarão desenvolvendo o trabalho iniciado - explica.

O objetivo é gerar renda de forma autossustentável para pessoas carentes. Segundo Dora, é preciso mostrar a essas pessoas como gerar sua própria renda, sem ficar dependendo da boa vontade de terceiros.

- Precisamos "ensinar a pescar". A função do projeto é dar condições pra que isso aconteça. É obvio que para isso precisamos de recursos de todos os tipos: financeiros, humanos, estruturais. Por isso, estou buscando o apoio de pessoas que pensam como nós e têm condições de nos ajudar.

Confira a entrevista com Dora de Oliveira

De que maneira o site vai ajudar na realização do projeto? E como as pessoas podem colaborar?

O projeto está sendo divulgado através da Kickante, que faz um trabalho de captação de recursos para projetos de terceiros. Por exemplo: Greenpeace, Médicos sem Fronteiras e outros já conhecidos no mundo todo. Qualquer pessoa pode cadastrar seu projeto lá. No nosso caso, estamos divulgando o projeto através de uma página onde as pessoas podem conhecer o projeto e fazer a sua contribuição. É só clicar e contribuir. A campanha dura 60 dias e no fim nós recebemos todo o dinheiro arrecadado, independente se for o suficiente para cobrir o custo do projeto. Nesses 60 dias, nós precisamos divulgar o máximo possível para que a captação seja positiva. 

É um projeto orçado em R$ 65 mil. Esse é o custo final, envolvendo a construção de um espaço?

Esse custo corresponde à primeira etapa do projeto até a formação da cooperativa. Nessa etapa nós fazemos o reconhecimento do local onde o projeto acontecerá, quais são os recursos que serão usados e que estão disponíveis no entorno, a capacitação das pessoas e a estruturação do que vai ser a cooperativa. Esse orçamento servirá para comprar todo o equipamento de trabalho, pagar as pessoas que vão dar as oficinas e custear as atividades paralelas (intercâmbio, encontros etc.). O local, neste primeiro momento, já existe e faz parte de alguma comunidade, instituição ou associação. 

Dois bairros foram escolhidos como alvos? Por que a escolha desses locais?

Esses dois bairros foram escolhidos para fazerem parte do projeto piloto, pois já conhecemos a realidade das pessoas que moram lá. O bairro Bom Pastor fica localizado bem próximo ao nosso bairro, possui um espaço comunitário, já foi feito um trabalho de Horta Comunitária com as mulheres, e o relacionamento já foi iniciado. É também próximo ao Parque Ecológico de Saudade (agora Unidade de Conservação Ambiental), onde serão realizadas as palestras e encontros. O bairro Getúlio Vargas é o local de origem da Associação Verde que Salva, e que possui um lugar apropriado para realizarmos as oficinas. 

Como está o envolvimento das pessoas no projeto? Você tem encontrado receptividade?

Tenho tido uma receptividade cada vez mais abrangente e entusiasmada por parte das pessoas. Desde o presidente da Associação, Ederson José de Lima Miguel, e todos os seus integrantes; o apoio de Tereza Castro, que além de ser da associação é gerente do Parque Ecológico; a colaboração de Débora Aparecida S. Almeida; que fez um trabalho belíssimo com as mulheres no Bom Pastor; a experiência de Maria das Graças de Paula Toledo, que já trabalhou em outra ONG; e a eficiência de Lúcia de Fátima L.R.Campos, representante do Projeto Eco Óleo, no Parque. Todos estão muito envolvidos com o projeto. Estamos sempre nos reunindo para nos prepararmos para o trabalho e criando laços mais profundos de amizade e comprometimento. 

Já pensou em uma ONG? Talvez fosse o caminho para conseguir colocar em prática o projeto?

Como estamos trabalhando em parceria com a Associação e ainda não sabemos que proporções todo esse processo vai tomar, por enquanto pensamos apenas em dar início, o primeiro passo, um passo depois do outro, com muitas expectativas, mas de uma forma concreta e segura. Naturalmente as cooperativas vão surgir. 

E essas pessoas carentes? Há interesse real delas em participar?

As pessoas não têm muita noção do que pode vir a acontecer, mesmo porque ainda não existe nada concreto, visível. Mas elas sabem muito bem que querem algo que mude a vida delas para melhor. Isso elas conseguem entender muito bem e aceitam a nossa proposta como uma possibilidade de mudança. Cada realidade é particular e única. O que nos impulsiona neste projeto é o desejo de fazer a diferença na vida dessas pessoas, devolvendo-lhes a dignidade, o amor pela vida e pela humanidade, e a felicidade. 

O que vem por aí? Quais são os próximos passos?

Tudo agora vai depender do retorno dessa campanha. Se conseguirmos captar os recursos necessários, vamos colocar o projeto em prática nas duas comunidades e acompanhá-las até a formação da cooperativa e/ou enquanto for necessário. Depois disso, continuaremos a desenvolver o projeto em outras comunidades. Temos outros projetos voltados para as crianças bem pequenas (Educação Ambiental) e outros projetos direcionados para os jovens (Sustentabilidade).

> Acompanhe as novidades sobre o projeto no Facebook de Dora de Oliveira

Edição impressa

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Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

1 Comentário

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  • Mariângela Leal

    Que bela iniciativa Dora Oliveira. Me coloco a disposição para colaborar com o projeto no que puder contribuir, inclusive tecnicamente, é só acionar. Precisamos cada vez mais dessas iniciativas para que o nosso dia a dia seja mais proveitoso e nosso ambiente mais saudável!