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Olhar Pop

Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Jardim de Rosas

Série - The rose garden - é a nova aposta da produtora Vibe

Ao contrário das produções do gênero terror/suspense, protagonista perseguido por serial killer é um rapaz

Entrevistas  –  16/08/2017 13:55

Publicada: 24/07/2017 (19:04:57) . Atualizada: 16/08/2017 (13:55:50)

Serão seis episódios sem tempo de duração imitado; série não será gravada em Volta Redonda 

A nova aposta da produtora Vibe é a série de terror/suspense “The rose garden” ou o “Jardim de rosas”. Segundo o diretor Tom Emeraltt, um dos responsáveis também pelo sucesso de “Conectados”, a inspiração vem do estilo slasher, que é um subgênero do terror, onde via de regra há um serial killer. Para ficar mais claro, basta citar a franquia de filmes “Scream”. Emeraltt enfatiza que a série não será gravada em Volta Redonda e que a direção geral de "The rose garden" terá a assinatura de João Ricardo Carvalho. 

Os personagens já estão definidos, assim como alguns atores. Serão seis episódios sem tempo limitado, ou seja, se o episódio precisar ter 50 minutos, ele terá. Se precisar ter 20, terá 20. O roteiro ainda está sendo finalizado e haverá testes para definir o elenco. 

- Aí sim, vamos começar a pensar em filmar, mas talvez seja no próximo mês (agosto). Sem previsão de estreia, mas, quem sabe, este ano ainda. São poucos episódios. 

O diretor explica que o nome em inglês é porque a série será lançada não só para brasileiros, por isso escolheram o idioma mais popular do mundo. 

“The rose garden contará com um grupo de jovens amigos, sendo que um deles, o “final boy”, será perseguido por um(a) serial killer. 

- Normalmente temos uma “final girl”, ou seja, temos uma garota como a protagonista, como a Sidney nos filmes de “Scream”, e a Emma na série “Scream”. Desta vez, teremos Benjamim, um garoto sensível, não tão popular, mas que também não é um looser. Não posso falar muito a respeito. Na série, uma rosa será deixada junto aos corpos das vítimas, sendo esse um dos motivos do nome da série. 

Confira a entrevista com Tom Emeraltt

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Emeraltt: “Fazendo o que se ama, a gente tem energia pra seguir em frente e fazer mais e mais” 

Vamos ter um filme de terror nos moldes já realizados nos EUA, como “Pânico”? Além do protagonista ser um homem, quais os diferenciais? 

Acho que a maior mudança talvez seja essa, ter um garoto como protagonista. Mas será bom. Embora nesse tipo de filme e série, muitos personagens sejam estereotipados, queremos fazer algo um pouco diferente. Teremos personagens clichês por assim dizer, mas personagens diferentes também. Será uma mistura, e acho que vai funcionar. Eu poderia até falar que será muito diferente pelo fato de serem culturas diferentes e tal, mas sinceramente não vejo porque tratar isso com uma diferença tão absurda. Claro que tem coisas diferentes, mas no fim das contas são pessoas, sendo a maioria jovens, perseguidas por um psicopata numa fantasia e tentando sobreviver e acabar com o mistério de quem é o assassino. Acho que o maior diferencial, independentemente do país em que a história se passa, é o desenrolar da história. 

Na série “Conectados” havia a preocupação de passar uma mensagem aos jovens. O filme de terror será apenas entretenimento? Ou haverá algo mais? 

Diferentemente de “Conectados”, “The rose garden” será mais entretenimento, porém haverá certas cenas, certos diálogos e situações que vão mencionar sobre alguns assuntos que achamos válido serem debatidos, serem mostrados. Penso que a produção de vídeo tem dois objetivos: entreter ou passar uma mensagem, ou os dois. Se a obra pode passar os dois, melhor ainda. Ganhamos muito com isso! 

A Vibe chegou a divulgar oficialmente que sua próxima produção seria o filme “Nex”. O que levou à mudança de planos? 

O “Nex” foi adiado, ou seja, nós ainda pretendemos produzir essa história fantástica! Por ser uma produção grandiosa pelo enredo e horários que pessoas do elenco que não estavam batendo, achamos melhor adiar e começamos a investir em outras ideias. 

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"Ir pelo caminho mais fácil, como acontece muito, nem sempre vale a pena, porque às vezes você não tá fazendo aquilo que curte".

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São poucos os casos de filmes independentes e baratos que alcançaram sucesso comercial. Isso não desanima a Vibe em seguir por esse caminho? 

Não na verdade. Por um lado é bom, produções independentes costumam ter mais liberdade criativa do que quando a obra envolve grandes produtoras onde tem várias pessoas decidindo várias coisas e muitas vezes por questões de lucro, o que é compreensível. Quem investe quer o retorno financeiro alto. 

“Conectados” é a produção da Vibe de maior sucesso. A série cumpriu as expectativas? É um produto que não “morre”, em termos de alcance de público, por estar na internet. Isso deixa a produtora animada de que ainda possa alcançar um número bem maior de pessoas? 

Sim, a série é nossa obra que teve mais visualizações, embora tenhamos só duas séries para contar (risos). A série venceu um prêmio de melhor conteúdo digital, conquistou fãs de diversos lugares do país e sendo um projeto iniciante um grande laboratório de atuação, direção, edição, produção e roteiro, foi um grande aprendizado. E sim, a internet é algo muito bom por isso, você pode tornar uma obra sua imortal, colocando-a na internet. Um lugar de fácil acesso a muitos. Mais pessoas podem ver, a hora que quiserem. Isso anima sim! Não temos a pressão de atingir determinada audiência e podemos ir aumentando o público com o tempo, com certa tranquilidade. 

O que motiva os integrantes da Vibe a continuar produzindo, mesmo sem patrocínios significativos? 

Fazer o que a gente ama. Os integrantes da produtora todos, se não me engano, vieram do teatro, que é uma grande paixão. Hoje, pelo menos pra mim, e imagino que pros outros integrantes também, não só o teatro, mas o audiovisual também é uma paixão. O teatro, o cinema, a web, a música. Enfim, fazendo o que se ama, a gente tem energia pra seguir em frente e fazer mais e mais! 

A produção para web é cada vez maior (e muitas vezes sem qualidade). Há produtos sem qualquer preocupação estética ou de conteúdo significativo com milhões de visualizações? Em algum momento a Vibe já pensou em seguir por esse caminho? Ou, pelo contrário, isso estimula a produtora a seguir na contramão? 

Já passou pela minha cabeça, admito. Mas mais como estratégia de marketing, mas pra produtora não acho legal, sei lá. Ir pelo caminho mais fácil, como acontece muito, nem sempre vale a pena, porque às vezes você não tá fazendo aquilo que curte. E nós seguimos querendo fazer o que queremos, com qualidade e almejando sucesso. 

Cite alguns momentos que marcaram a trajetória da Vibe até agora... 

Acho que foi ter conquistado fãs, ter vencido o Prêmio OLHO VIVO 2016 - Categoria Conteúdo Digital, ser indicado no Festival Internacional Rio WebFest e, claro, ter criado um laço de amizade maravilhoso que nós integrantes criamos. 

Projetos. O que vem por aí? 

Temos ideias para filmes e séries, mas é algo pra bem mais pra frente. É só o começo.

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Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

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