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Dhiogo José Caetano

dhiogocaetano@hotmail.com

Opinando e Transformando

André Café é o 29º entrevistado na série sobre cultura

Objetivo é formar um mosaico com o que cada um pensa desse universo multifacetado

Pelo Brasil  –  22/02/2017 22:19

Publicada: 11/02/2017 (10:56:38) . Atualizada: 22/02/2017 (22:19:34)

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(Foto: Divulgação)

“Sejamos provocadores, saibamos compartilhar e contribuir na formação de olhares críticos” 

> Clique e confira todas as entrevistas da série sobre Cultura "Opinando e Transformando"

O 29º convidado na série de entrevistas “Opinando e Transformando” é André Café. Uma oportunidade para os internautas conhecerem um pouco mais sobre os profissionais que, de alguma forma, vivem para a arte/cultura. Confira: 

> Nome: André Oliveira da Silva (André Café)
> Breve currículo: Jornalista, estudante de contábeis, fundador do Coletivo Sociedade dos Poetas Por Vir
> Reside: Teresina (Piauí) 

> Em sua opinião, o que é cultura?

Considero a cultura como o conjunto de elementos socialmente aceitos (em níveis gerais - toda a sociedade - e em níveis específicos - agrupamentos), que se apresentam através das expressões humanas, repassados via educação e noções de moral em determinado recorte temporal das civilizações. 

> Você se considera um difusor cultural?

Acredito que agiria mais como um provocador cultural. É bem verdade que nossas atividades que envolvem a arte disseminam as produções poéticas, plásticas, etc., mas me apetece muito mais provocar o sentimento de produzir nas pessoas do que simplesmente difundir a produção. 

> Qual é o seu papel neste vasto campo da transformação mental, intelectual e filosófica?

Provocador, assuntador, observador e compartilhador. É muita dor, mas tem muita alegria. (risos) 

> Como você descreve o processo de aculturação, ao longo da formação da sociedade brasileira?

Não vejo um processo de aculturação no Brasil. Se a gente pensar numa cultura única, ela deixa de ser diversificada e tende à estabilidade. Mas o processo de aculturalização se expressaria na negação de se socializar ou oferecer para alguns povos acesso a alguns conhecimentos, como também negação das expressões culturais de pessoas e grupos historicamente marginalizados. Uma cultura única serve para manter o status de disparidade e opressões em uma sociedade. 

> A cultura liberta ou aprisiona os indivíduos?

Depende do seu uso. Ela liberta, no sentido da vastidão de sensações que as pessoas têm quando adentram no universos cultural. E aprisiona, quando a cultura é utilizada como mecanismo de controle, principalmente pelo Estado e pelo capitalismo. 

> Que problemática você destaca na prática da difusão cultural?

Certamente a falta de acessos pra maioria das pessoas e a falta de incentivos, tanto da ordem pública, quanto privada. 

> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância no cenário cultural brasileiro e mundial?

A possibilidade de se estabelecer trocas de impressões e de produções num plano de interatividade maximizada proporciona muito o desenvolvimento das pessoas, que podem colher elementos de várias realidades e assim desenvolver e aumentar sua bagagem cultural. 

> Qual mensagem você deixa para todos os fazedores culturais?

Sejamos provocadores, saibamos compartilhar e contribuir na formação de olhares críticos e que todas as culturas possam coexistir e se respeitarem mutuamente, para engrandecimento dos povos, para plenitude de partilha de valores e conhecimentos.

Por Dhiogo José Caetano  –  dhiogocaetano@hotmail.com

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