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Alerta

Vacinar é questão de segurança

Irresponsabilidade de não vacinar os filhos abre a porta para o retorno do sarampo e a poliomielite, entre outras doenças que estavam sob controle

Viver bem  –  02/08/2018 09:42

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(Foto Ilustrativa)

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"A vacinação é o caminho para tirar crianças, adultos e idosos das estatísticas de mortes por gripe; e o alerta, agora, vale para as outras doenças, que não podem fugir de controle, ceifando vidas inocentes ou deixando sequelas graves, como a paralisia" 

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Paulo Cesar Guimarães 

Retrocessos não são bons para o país, principalmente quando estamos falando de salvar vidas. Ver a queda da cobertura vacinal da população é motivo de tristeza e preocupação para quem trabalha na área médica. 

Enquanto pesquisadores buscam avanços contra doenças e agentes de saúde divulgam a importância da vacinação, principalmente entre as crianças, muitos pais seguem ignorando todo esse esforço. 

A irresponsabilidade de não vacinar os filhos abre a porta para o retorno do sarampo e a poliomielite, entre outras doenças que estavam sob controle. Movimentos migratórios nas fronteiras ou campanhas antivacinais desinformadas na internet não podem seguir prejudicando nossas vidas. 

Vale reforçar que, contra o sarampo, a primeira dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) deve ser tomada aos 12 meses de vida, e a segunda dose, aos 15 meses. O adulto não vacinado na infância deve tomar as duas doses com um intervalo mínimo de um mês entre elas. 

Já a vacina contra a pólio deve ser tomada três vezes: aos dois, quatro e seis meses (VIP - Vacina Inativada Poliomielite), com reforços da vacinação nos Dias Nacionais de Vacinação contra a poliomielite (VOP - Vacina Oral Poliomielite). Ou seja, todas as crianças devem estar vacinadas até os 5 anos. Adultos não precisam se vacinar, nesse caso. 

Além do sarampo e da poliomielite, preocupam a diminuição na cobertura vacinal contra a coqueluche, a difteria e a hepatite A, no Brasil. 

Sem falar na campanha nacional contra a gripe, que precisou ser prorrogada algumas vezes diante da baixa procura por parte dos grupos de risco. 

Muitos fogem da agulha com o argumento de que a vacina vai deixá-los gripados. Repetindo: na maioria dos episódios não se trata de gripe e, sim, resfriado, provocado por outros vírus, não pelo influenza. Isso porque a vacina é produzida com vírus inativado e fracionado, um vírus morto. 

A vacinação é o caminho para tirar crianças, adultos e idosos das estatísticas de mortes por gripe. E o alerta, agora, vale para as outras doenças, que não podem fugir de controle, ceifando vidas inocentes ou deixando sequelas graves como a paralisia. 

Os profissionais de saúde precisam se engajar na mobilização contra a desinformação dos pais e a disseminação de falsas notícias. O recado vale também para os futuros médicos, que precisam ser orientados sobre doenças que não conheciam, como fazemos aqui na faculdade, que, aliás, acaba de receber o certificado de acreditação de escola de qualidade do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Educação Médica. Nesses tempos difíceis, a informação continua a ser a melhor receita contra a ignorância. 

> Paulo Cesar Guimarães é do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro, professor e diretor da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase)

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Por Assessoria de Comunicação  –  contato@olhovivoca.com.br

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