(Foto Ilustrativa)
Giglio: “Queremos editais que promovam espetáculos, exposições, oficinas e ações que promovam novas formas de atuação nas redes sociais”
O multifacetado Carlos Eduardo Giglio, da Guerrilha Produções, está preocupado com o presente/futuro dos artistas de Volta Redonda, e escreveu uma carta aberta ao prefeito Samuca Silva. Confira:
Prefeito Samuca Silva,
Somos centenas de pessoas na cidade que tiveram seu trabalho atingido em cheio pela quarentena. Imediatamente paramos nossas apresentações, shows, exposições, saraus presenciais. E imediatamente migramos para as redes sociais para com nosso trabalho amenizar o sofrimento das pessoas. Seguimos fazendo lives com música, teatro, poesias. Seguimos porque o show não pode parar. Mas precisamos comer, pagar aluguel, pagar contas. Somos artistas e técnicos que trabalham por conta própria, em coletivos ou individualmente, seja prestando serviço, trabalhando em espaços culturais e de diversão, nas ruas e esquinas (esses últimos, em situação ainda mais grave). E a nossa cadeia produtiva também cria divisas para o município.
O comércio vai abrir suas portas, e nós? Nós continuaremos sem trabalhar, pois as aglomerações ainda causam risco, e entendemos isso. Sabemos que teremos pela frente um longo tempo sem trabalhos presenciais.
É urgente a necessidade de uma ação do poder público para nos ajudar.
Queremos ações como as de Niterói ou do governo estadual, de editais e contratações para trabalhos nas redes.
Queremos trabalhar e precisamos sobreviver.
Propomos um edital na Área da Cultura que seja abrangente para atingir todas as linguagens artísticas e aos técnicos e trabalhadores da Cultura e Artes.
Editais que promovam espetáculos, exposições, oficinas e ações que promovam novas formas de atuação nas redes.
Que sejam pensadas ações para cada setorial representado no Plano de Cultura. Que o poder público Executivo, junto ao Legislativo, se dediquem com afinco a viabilizar essas ações e a desburocratização, para que o dinheiro público possa cumprir sua função social emergencial para esta parcela específica da população.