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Cultura e Tradição

Encontro de Folia de Reis reúne 15 grupos em Barra Mansa

Evento no bairro Água Comprida atraiu um público de mais de 2 mil pessoas

Geral  –  11/01/2016 11:11

(Fotos: Divulgação/Aricya Garcia)

Encontro de Folia de Reis contou com a participação de grupos de várias cidades e estados 

O domingo, 10, foi de cultura e tradição em Barra Mansa. Fui conferir o III Encontro de Folia de Reis, realizado no bairro Água Comprida. O evento foi organizado por Roberto Beleza, e reuniu 15 grupos de várias cidades e estados, atraindo um público de mais de 2 mil pessoas. E você sabe de onde surgiu essa manifestação cultural?

De origem portuguesa, a Folia de Reis é uma festa católica ligada à comemoração do Natal, comemorada desde o século XIX. Segundo a lenda, quando Jesus nasceu, três reis magos foram visitá-lo, levando presentes.

Essa data, fixada em 6 de janeiro, passou a ter grande importância em países de origem latina, especialmente os que a cultura é de origem espanhola. Em alguns lugares essa comemoração se tornou mais importante até do que o próprio Natal. Em Muqui, no Espírito Santo, por exemplo, acontece desde 1950 o maior encontro nacional de folia de reis, reunindo cerca de 90 grupos de foliões de regiões como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura.

Cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, realizam folias até o dia 20 de janeiro, Dia de São Sebastião, padroeiro do estado. Em outros estados a comemoração acontece com frequência em cidades do interior. Grupos de foliões visitam as casas que os acolhem e fazem doações, cantando e tocando músicas de louvor a Jesus e aos Santos Reis, em volta do presépio, com muita alegria. Os instrumentos utilizados normalmente são a viola caipira, o acordeom ou sanfona, a gaita, o reco-reco e a flauta. Liderados pelo Capitão da Folia, seguem reverenciando a bandeira, carregada pelo bandeireiro. A bandeira carrega o símbolo da folia. Decorada com figuras que levam ao menino Jesus, feita geralmente de tecido, é enfeitada com fitas e flores de plástico, tecido ou papel, sempre costuradas ou presas com alfinete, nunca amarradas com nós cegos, para segundo a crença não “amarrar” os foliões ou atrapalhar a caminhada. 

Modas de viola e danças 

Ao chegar às casas que os recebem, a primeira a entrar é a bandeira, que fica hasteada e todos então cantam a canção de chegada. Em seguida acontecem as paradas para os almoços e jantares, oferecidos pelos donos das casas e que são agradecidos pelos foliões com modas de viola e danças como o cateretê e catira.

O Bastião ou palhaço, que usa roupas coloridas, máscara e carrega uma espada e é o responsável por abrir passagem para a Folia, também recita poesias e cita passagens da Bíblia. Os demais participantes se dividem de forma que cada um cante de uma maneira no coro de vozes e isso traz um som muito agradável.

O mestre, sempre inicia os cânticos, é a posição mais importante do bando, pois ele é o responsável pelo andamento dos cantos, da colocação das vozes, é uma espécie de maestro, além de ser o que conhece a origem do grupo, o fundamento e a história da trajetória.

Com versos improvisados de agradecimento pela acolhida, os demais, cada qual na sua voz e vez, repetem os versos acompanhados pelos seus instrumentos. Esses instrumentos são sempre enfeitados com fitas coloridas, cada cor representa um simbolismo, rosa, amarela e azul, podem representar Maria, a branca o Espírito Santo. 

Na casa que recebe os foliões tem o festeiro, que é o responsável pela preparação da festa da chegada da bandeira. Ao sair os foliões então cantam a canção de despedida e agradecem os donativos e partem para outra casa que os receberão.

Esse folclore nacional, embora um pouco desconhecido das grandes cidades, tem grande significância no interior de grandes estados. Algumas dessas cidades são: Araraquara, Barretos, Bebedouro, Bom Jesus dos Perdões, Campinas, Franca.

> Fonte: Wikipedia

Por Rodrigo Raó  –  rodrigorao.hairstyle@hotmail.com

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