(Foto: Aline Gouvêa)
Integrantes da SPA comemoram reviravolta no casoApós a SMMA (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) divulgar uma nota oficial para a imprensa, na manhã de terça-feira (11), informando que o “acesso de pessoas não autorizadas ao local está proibido, o que é previsto no TAC feito com o Ministério Público”, ou seja, esclarecendo o motivo da proibição da entrada do grupo de voluntários da SPA (Sociedade Protetora dos Animais) e dos Amigos dos Animais no aterro de resíduos sólidos de Volta Redonda, conhecido como Lixão, a Prefeitura de Volta Redonda voltou atrás, e logo à noite liberou a entrada dos voluntários e a retomada dos trabalhos a partir da manhã desta quarta-feira (12).
A notícia sobre a liberação foi dada na noite de terça, por telefone, quando a jornalista do OLHO VIVO entrevistava a presidente da SPA, Carmem Marques, conhecida como Carminha, e parte dos integrantes dos grupos (Carla Ramos, Barbara Leal, Neide Aparecida da Silva, Maria Aparecida Alves Ferreira, Rayssa Kozlowski e Fábio Alves Ferreira, o Fabinho Ferreira), que imediatamente comemoram a autorização. A assessoria de comunicação da prefeitura foi procurada na noite de terça e aguardada até às 15h, da tarde desta quarta, porém não retornou informação oficial sobre o assunto. De acordo com informações do grupo, nesta quarta os voluntários conseguiram entrar no local e retomar o trabalho que tem como único intuito ajudar a tratar, reabilitar e preparar os cães para a adoção.
- É uma vitória para nossos animais. Cidade legal é a que cuida do animal - disse Carminha, ao comemorar a notícia.
- A vitória é da cidadania e da mobilização pública que sensibilizou as autoridades - destacou outra integrante do grupo, Barbara Leal.
Como começou a polêmica
Segundo Carla Ferreira e Maria Aparecida, integrantes dos grupos, a proibição começou na quinta-feira (6), quando os voluntários que há dois meses faziam atendimento aos cães do Lixão foram barrados, e não puderam entrar para fazer o procedimento de rotina. Com o impedimento, o grupo formalizou o pedido junto à prefeitura e criou um movimento na rede social (Facebook), que em quatro dias teve mais de duas mil adesões à causa. De acordo com outra integrante do grupo, Neide Aparecida, no local há animais em tratamento, tomando antibiótico e que agora tiveram retomados os trabalhos de alimentação, vacinação, castração e de procura por lares temporários e para adoção.
- Duas diretoras do grupo (Lanir Cavalcanti e Cleide de Lima Leão) estiveram na prefeitura para dar entrada e oficializar esse pedido para a liberação na quinta passada, data em que o grupo, ao comparecer ao local para fazer o trabalho de rotina, foi impedido de entrar - contou Carminha.
- Após isso, começou o movimento do grupo no Facebook e até ontem (10) já tínhamos duas mil assinaturas - lembrou Maria Aparecida.
- A nossa vitória é resultado de uma luta antiga e o grupo conseguiu se unir mais e mostrar que a união faz a força em benefício dos animais - comemorou Carla.
O OLHO VIVO acompanhou tudo desde o primeiro dia e recebeu informações sobre o assunto no “Você é o Repórter” do site e no Facebook, mas como o jornal online não publica apenas o que o internauta envia sem checar, segurou a notícia.
A entidade
A SPA foi criada há 14 anos, conta com cerca de 500 integrantes, que se dividem para realizar trabalhos em aterro de resíduos sólidos da região, como o de Barra Mansa e de Volta Redonda, com apoio de grupos de voluntários, como o Amigos dos Amigos, criado há dois meses.
A equipe conta com o trabalho voluntário também de dois veterinários, Bruno Freitas e Fernanda Gonzales, que há dois meses desenvolvem atendimento gratuito para cerca de 60 cães que foram abandonados no aterro de resíduos sólidos de Volta Redonda.