(Foto Ilustrativa)

Se condenado, empresário pode

pegar até 20 anos de prisão

 

Quanto vale a vida de uma pessoa? Até quando pessoas irão cobrar dívidas tirando a vida de outras? Uma tentativa dessas, diferente do caso do universitário de Capinas, assassinado a facadas em um restaurante no Guarujá (SP), em 31 de dezembro, por causa de dívida de R$ 7, terminou com final feliz e prisão em Volta Redonda. 

Sob a suspeita de tentar matar um homem por causa de uma dívida de R$ 67, o empresário, do ramo de venda de veículos, João Batista de Almeida Junior, de 25 anos, acabou preso. Ele foi apresentado na tarde de ontem, 17, pela Polícia Civil. O empresário é suspeito de tentar matar a tiros o auxiliar de serviços gerais João Carlos Matias Ramos, 34, em dezembro do ano passado. Na ocasião, a vítima registrou na delegacia que João Batista teria disparado cinco tiros contra ele, no bairro Retiro.

 O que a polícia apurou 

Tudo começou em função de um acidente entre as motos da vítima e do suspeito. João Batista teria admitido que o acidente tinha sido por sua culpa e aceitou pagar o prejuízo. O serviço custou R$ 67 e o empresário teria combinado com o auxiliar que ele passasse em sua agência de revenda de veículos, no Aterrado, para ser ressarcido.

Segundo a polícia, João Carlos teria ido à revendedora receber o combinado, mas o empresário teria alegado dificuldades financeiras e que não poderia pagar naquele momento. Quando o auxiliar voltou à empresa, para cobrar novamente, João Batista teria se irritado e o ameaçado com uma pistola e um revólver calibre 38.

Registro de ocorrência

Segundo o registro de ocorrência, o auxiliar pegou uma pedra e atirou no capô de um veículo que estava à venda, para que o empresário também ficasse com um prejuízo.

Ainda segundo a versão da vítima, quase uma semana após o episódio o auxiliar de serviços gerais passava de moto pela Avenida Retiro, quando notou que estava sendo seguido por uma Saveiro. O carro teria emparelhado com a motocicleta de João e o motorista disparado cinco vezes contra ele. Segundo a polícia, João Carlos conseguiu tombar a moto, proteger o próprio corpo e se esconder atrás de um muro. Dois tiros teriam acertado o veículo dele e três pegaram num muro. A vítima diz ter visto que Junior era o atirador.

Empresário nega acusações

O empresário, que já tem passagem na polícia por receptação, nega as acusações e diz que não é culpado. João Batista vai responder por tentativa de homicídio qualificada, por motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima. Se condenado, pode pegar até 20 anos de prisão.

Infelizmente nem todos os casos desse tipo têm esse desfecho.