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Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Premiação

Sala Preta vence Prêmio de Cultura do Rio de Janeiro

Coletivo de Barra Mansa foi escolhido pela comissão especial e mista; da região, também foram premiados o Defeso Cultural, Jongo Caxambu e Cine Centímetro

Indicados ao Prêmio OLHO VIVO  –  13/05/2014 14:15

Publicada em: 13/05/2014 (08:06:47)
Atualizada em: 13/05/2014 (14:15:28) 

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(Foto: Reprodução/Facebook)

Coletivo Teatral Sala Preta, de Barra Mansa, recebe o Prêmio de Cultura do Rio de Janeiro 

> Leia também: Saiba como foi a festa de premiação
> Banda Quarto do L e Parque de São João Marcos vencem votação popular
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> Sala Preta completa cinco anos de dedicação ao teatro 

O Coletivo Teatral Sala Preta, de Barra Mansa, venceu o Prêmio de Cultura do Rio de Janeiro, na escolha da comissão especial e mista. Os vencedores (incluindo os ganhadores pela votação popular) foram premiados em 9, 10 e 11 de maio, na mostra destacando as manifestações culturais do estado realizada no Parque Laje, no Rio. Da região, também foram premiados o Defeso Cultural de Paraty; a Associação Afro Jongo Caxambu Renascer, de Vassouras; e o Cine Centímetro, de Valença/Conservatória.

O vice-presidente do Sala Preta, Marcelo Bravo, entende o prêmio como um reconhecimento importante por parte do Estado, mas enfatiza que a principal consequência de eventos como esse é o estabelecimento de redes de atuação:

- Quer dizer que é fundamental que o Estado repouse sua mão sobre as ações culturais no que diz respeito à manutenção, preservação, ao investimento e à estrutura, para que especialmente essas organizações possam realmente continuar produzindo o que lhes chamou a atenção ao prêmio. Todos os grupos ali buscam formas autônomas de captação. Alguns estão inseridos no sistema das leis de incentivo, mas via de regra todos "passam o chapéu". O Estado não se posicionou em razão dessas ações. Pode-se identificar nos discursos dos premiados um certo lamento pelas condições dos projetos de todo o Estado atualmente. Alguns foram em tom jocoso, outros firmes e diretos. Mas é sabido que realmente "não tá fácil pra ninguém". Dessa forma esperamos que haja em algum momento essa atitude do Estado em prover os mínimos necessários para cada uma dessas organizações que eles julgaram ter relevância para a cultura fluminense.

Próximos passos dos Pretos

O Sala Preta este ano já se lançou na produção do projeto Nasce Uma Cidade com os processos de pesquisa e articulações entre as agrupações participantes. Além disso, está em fase de planejamento de projetos, como a Tomada Urbana - Ato VI, além de espetáculos e pesquisas que poderão estrear ainda este ano. Segundo Bravo, o maior foco do Sala Preta atualmente está na atuação política na luta pela democratização do acesso à ocupação da Sala de Espetáculos Tulhas do Café, no Parque da Cidade.

- De todas as batalhas recentes e expressivas da sociedade cultural de Barra Mansa, essa é a única que falta ser vencida. O espaço parece que será inaugurado no fim de junho, mas não se sabe como será ocupado depois da inauguração. O Sala Preta está em busca da publicação de um edital público que permita quaisquer interessados a apresentarem propostas para a ocupação por dois anos no lugar. Mas ainda não se tem nenhuma posição formal e oficial da Fundação de Cultura - diz.

Bravo conta que em reunião com o prefeito de Barra Mansa, Jonas Marins (PCdoB), em relação ao Nasce Uma Cidade, o Tulhas do Café estaria à disposição do projeto para sua plena utilização até a data de seu encerramento.

- Mas, ainda assim, não há qualquer garantia de que será ocupada dessa forma - ressalta.

No fim do mês o Sala Preta participa com seis "Contos dos Continentes" e o espetáculo "Muito além do jardim, na Mostra Paraíba Cena Sul, em Paraíba do Sul. 

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Os premiados do primeiro dia

1 - Quilombo de Marambaia, de Mangaratiba
2 - Defeso Cultural de Paraty
3 - Meeting of Favela de Duque de Caxias
4 - Folia de Reis Flor do Oriente, também de Duque de Caxias
5 - Redes de Desenvolvimento da Maré
6 - Bienal de Música Brasileira Contemporânea
7 - Associação Afro Jongo Caxambu Renascer, de Vassouras
8 - Ocupação Fábrika/Gargarulio, de Miguel Pereira
9 - Associação de Bordadeiras, de Itaperuna
10 - Grupo Cara da Rua, de Miracema

Os premiados do segundo dia

1 - Casa Carlos Scliar, de Cabo Frio
2 - Oficina de Luteria, de Angra dos Reis/Rio das Ostras
3 - Cine Centímetro, Valença/Conservatória
4 - Corujão da Poesia, de Niterói
5 - Associação de Oleiros de Itaboraí
6 - Banda Sociedade Musical Lira de Apolo, de Campos dos Goytacazes
7 - Fado de Quissamã
8 - Ecomuseu Rural de Barra Alegre
9 - Família Clou, de Nova Friburgo
10 - Sala Preta, de Barra Mansa

Os premiados do último dia

1 - Grupo Teatrama, de Araruama
2 - Sociedade Musical Camerata Rioflorense, de Rio das Flores
3 - Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, de Rio Claro
4 - banda Quarto do L, de Volta Redonda
5 - Escola Livre de Cinema, de Nova Iguaçu
6 - Cia. Holos de Dança, de Niterói
7 - Cine Literário, do Rio de Janeiro
8 - Sementes da Capoeira, de Porciúncula
9 - Banda Cervical, de Macaé
10 - Latex - Laboratório de Artes e Teatro Experimental

Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

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