Publicidade

Premiação 2026

Olhar Pop

Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Combate à Homofobia

Parada do Orgulho LGBT de Volta Redonda espera reunir 15 mil pessoas

Evento será realizado neste domingo pela Associação Colorindo, com o apoio da prefeitura

Geral  –  20/11/2013 12:07

1

(Fotos: Divulgação) 

Rafael Delgado com o prefeito Neto; o presidente do Colorindo
afirma que a prefeitura nunca se recusou a apoiar a Parada

Uma comemoração pelo trabalho desenvolvido pelo Colorindo em 1 ano de existência na região, e também um momento de combate à homofobia. Esse será o foco da I Parada do Orgulho LGBT de Volta Redonda, segundo o presidente da Associação Colorindo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros do Sul Fluminense, Rafael Delgado. Será realizada dia 24 de novembro, a partir das 14h, na Praça Brasil, Vila Santa Cecília, com percurso na Rua 33 até a Praça Pandiá Calógeras. O tema: "Cidade cidadã é cidade sem homofobia".

A Parada terá como apresentadora a drag queen Ariel Hikaro. Entre as atrações, estão os DJs Flávio Lupere, Flávio Lavigne e Henerson. A madrinha do evento é a drag Yuli Veneno (Volta Redonda). Nos shows, estão confirmadas: as drags do Rio de Janeiro Gabrielly Rodin, Cyndi Pereba e Hagtha Medellyn. E show das celebridades do funk LGBT: a MC Paloma, a TranStornada do Funk (Volta Redonda), e a Mulher Marmita (drag funkeira destaque na Rede Globo, SBT e Record). 

Confira a entrevista com Rafael Delgado 

Como surgiu a ideia da I Parada do Orgulho LGBT de Volta Redonda? De quem é a organização? Qual a expectativa de público?

A ideia surgiu numa conversa minha (Rafael Delgado) com Claudio Nascimento (superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e coordenador do Programa Rio Sem Homofobia), após uma reunião do Conselho Estadual LGBT do Rio de Janeiro, onde a Associação Colorindo de LGBT do Sul Fluminense representa o município de Volta Redonda e os demais 22 municípios do Sul Fluminense. A I Parada do Orgulho LGBT de Volta Redonda está sendo realizada pela Associação Colorindo de LGBT do Sul Fluminense com o apoio da Prefeitura de Volta Redonda e da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Estado de Assistência Social e do Programa Rio Sem Homofobia. A expectativa de público é de 15 mil pessoas. 

Qual o objetivo do evento? Ele terá como foco a conscientização ou será apenas um evento festivo?

A Parada para toda a equipe da Associação Colorindo de LGBT do Sul Fluminense será uma comemoração pelo trabalho que estamos desenvolvendo neste 1 ano de associação na região, e será também um momento de combate à homofobia e conscientização da sociedade voltarredondense em respeito à comunidade LGBT. 

Corrija-me, se eu estiver errado. Mas já não houve uma Parada desse tipo em Volta Redonda?

Não estou ciente. 

2

Na opinião dos integrantes do Colorindo Volta Redonda precisa
ter urgentemente uma lei municipal de combate à homofobia

Como está a questão do respeito ao grupo LGBT em Volta Redonda?

Estou muito feliz, pois em Volta Redonda estamos sendo muito bem recebidos e respeitados em todos os órgãos públicos de âmbito municipal e estadual, em especial agradeço toda atenção nos dada por todos os funcionários da Prefeitura de Volta Redonda e do 28º Batalhão de Polícia Militar, que nos recebem sempre com muito respeito, educação, atenção e dando credibilidade ao nosso trabalho. 

Há quem não aprove eventos desse tipo, alegando que não há necessidade porque todos somos iguais. Sabemos que no dia a dia as coisas são bem diferentes. Como você analisa essa questão?

Bom, é simples essa resposta. Em Volta Redonda tivemos a Marcha Para Jesus, A Marcha da Umbanda, a Marcha da Família e outras marchas. Em nenhum momento nem eu (Rafael Delgado) e nem ninguém da Associação Colorindo de LGBT do Sul Fluminense estiveram nessas marchas em modo de repressão, pois cremos que esse era o momento específico para que cada uma dessas marchas fossem às ruas e reivindicassem os seus direitos individuais, por isso em nenhuma dessas marchas foi encontrada nenhuma bandeira do Movimento LGBT, pois acredito que temos que amar ao nosso próximo e respeitar as suas diferenças, deixando-os livres para que reivindicassem os seus direitos sem que ninguém os incomodassem, e é baseado nesse amor (o amor ao próximo) que peço que a Comunidade LGBT também seja respeitada pelos mesmos que foram respeitados. E de antemão convido a todos para que se colorem e se juntem a nós nesse momento a favor da diversidade sexual. 

Quais as conquistas mais importantes do grupo LGBT em Volta Redonda?

A Associação Colorindo de LGBT do Sul Fluminense hoje faz parte do Conselho Estadual LGBT do Rio de Janeiro representando Volta Redonda e os demais 22 municípios do Sul Fluminense. Em 29 de outubro de 2012 com o Apoio da RNP+ do Médio Paraíba e da Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda realizamos o I Encontro Prevenção e Saúde da Comunidade LGBT de Volta Redonda no Hotel Bela Vista. Em novembro de 2012, fomos convidados pela OAB de Volta Redonda para fazermos parte da Comissão de Direito Homoafetivo da OAB de Volta Redonda. A Associação Colorindo de LGBT do Sul Fluminense em parceria com o Programa DST?Aids da Secretaria Municipal de Saúde de Volta Redonda no ano de 2012 distribuímos cerca de 20 mil preservativos. Em maio de 2013 fomos a única ONG LGBT com representação no II Encontro Estadual Juventude de Terreiros do Rio de Janeiro. Em agosto de 2013, juntamente da ONG Amigos na Cultura, fizemos o I Cine Diversidade + Bate Papo em Volta Redonda. 

3

Associação Colorindo de LGBT do Sul Fluminense hoje faz parte do Conselho Estadual LGBT
do Rio de Janeiro representando Volta Redonda e os demais 22 municípios do Sul Fluminense

O que precisa ser conquistado urgentemente pelo grupo LGBT em Volta Redonda?

Uma lei municipal de combate à homofobia. 

A única casa voltada ao público LGBT em Volta Redonda é o Auê. Outras já foram abertas e fecharam em curto espaço de tempo. Não há público para mais de uma casa LGBT na cidade? Por quê?

Creio que a Equipe Auê conquistou o seu espaço, o Auê é um local de fácil acesso, com uma programação atraente e com preços acessíveis. 

O evento conta com o apoio da prefeitura. Houve algum tipo de rejeição no início? Como foi o processo de negociação para conseguir o apoio?

A prefeitura em nenhum momento se recusou a apoiar a Parada realizada pela Associação Colorindo de LGBT do Sul Fluminense.

4

Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

4 Comentários

×

×

×

  • Lucas Braga

    O Rafael na frente do movimento LGBT foi a melhor opção para nossa região!

  • Sheylla Verneck

    Adoooooooooro.....
    Não perco por nada!!!

  • Mais comentários