(Fotos: Angela Do Bem)
Concentração foi na Praça Brasil, na Vila Santa Cecília, depois
participantes seguiram pela Rua 33 até a Praça Pandiá Calógeras
A Parada do Orgulho LGBT de Volta Redonda, realizada ontem, 24, na Vila Santa Cecília, foi considerada um sucesso pelos organizadores do evento, embora o número de participantes tenha ficado bem abaixo da expectativa (eram esperadas 15 mil pessoas - veja entrevista com o presidente da Associação Colorindo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros do Sul Fluminense, Rafael Delgado). Segundo a Guarda Municipal, 1,5 mil pessoas compareceram à Praça Brasil e seguiram pela Rua 33 até a Praça Pandiá Calógeras. Mas, para Delgado, esse número chegou a 3 mil.
- A chuva pode ter atrapalhado, mas cumprimos o nosso objetivo, tudo transcorreu na mais perfeita ordem, não houve nenhum tipo de tumulto, não houve brigas, quem veio entendeu o sentido da Parada. Vamos realizar o evento anualmente, sempre em novembro - argumentou.
Respeito aos direitos de cada um
Maria Aparecida, de 34 anos, que estava em um dos pontos de ônibus da Rua 33, quando a Parada passou pelo local, lamentou o fato de "poucas pessoas" terem comparecido ao evento. Ela tem uma explicação:
- É o primeiro evento, a chuva pode ter atrapalhado, sim. Mas acho que muitos gays não se sentem à vontade, e ainda têm medo de participar, o que é uma bobagem. Até porque se juntar à Parada não significa necessariamente que a pessoa é homossexual, quer dizer apenas que ela respeita os direitos de cada um.
Ainda há preconceito e rejeição
Na Parada, havia, é claro, algumas pessoas rotuladas de "simpatizantes", incluindo casais heterossexuais com filhos, mas a maioria era LGBT. E outras pessoas na rua, mesmo que moderadamente, rejeitaram o evento.
- Não aprovo, acho desnecessário e exagerado. Nunca pensei que viveria para ver isso em Volta Redonda - disse um senhor, que preferiu não se identificar, ao amigo que estava com ele, em frente a um restaurante na 33, enquanto fotografava tudo.