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Crônicas de Humor e Entrevistas Poéticas

Isabel Furini

isabelfurini@hotmail.com

Obras Beneficentes

Maria Antonieta Gonzaga Teixeira - Eterna troca de aprendizagem

Poeta, artista plástica e professora fala sobre a sua trajetória, a arte de escrever, os seus livros publicados e o que vem por aí

Entrevistas  –  16/06/2023 11:24

maria

(Foto: Divulgação) 

“Acho difícil que todo leitor entenda as entrelinhas. No coração e na mente das pessoas ninguém consegue chegar”. 

Nossa entrevistada é Maria Antonieta Gonzaga Teixeira.
Maria Antonieta é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Didática e Psicopedagogia. Professora. Poeta. Escritora e artista plástica. Tem sete livros publicados e alguns em andamento. Participação em várias antologias poéticas. Integrante de cinco Academias de Letras. Tem participação em exposições de arte e poesia no Brasil, Portugal, Argentina, Chile, Colômbia e Espanha. Exposições organizadas pela Yapó Arte e pelo curador Carlos Zemek. 

Confira a entrevista com Maria Antonieta Gonzaga Teixeira 

> Falam que escritores e poetas escrevem para comunicar-se com as outras pessoas, com o mundo. Na sua opinião: O que leva uma pessoa a escrever? 

São muitos os motivos que levam uma pessoa a escrever: A vontade de mostrar ao mundo os seus desejos e suas esperanças de um mundo melhor.
Um grito de alerta aos problemas que angustiam as pessoas.
Desabafo.
Despertar a consciência das pessoas para ajudar aos necessitados.
Demonstrar ao(à) amado(a) o seu amor e aos seus amores.
A necessidade de extravasar o que sente no coração e na mente.
Sensibilizar e despertar sentimentos.
Muitos escrevem para aprender com seus leitores, conhecer suas opiniões…
Também para ensinar às pessoas a beleza e a estética da escrita. 

> Quando despertou o seu interesse pela Poesia? 

Não sei exatamente quando me despertou esse interesse. Sempre escrevi. Mas publicação só de 2014 em diante. A poesia é fascinante, é comovente. Escrevo quando estou alegre, para mostrar minha alegria. Escrevo quando estou triste, para que eu entenda que mesmo triste tenho que mostrar ao mundo que a vida vale a pena. Escrevo para deixar minha história de vida à minha família, aos meus leitores e aos meus amigos. 

> Tem alguma mensagem que você quer passar ao leitor? Alguma ideia que domina a sua obra? 

Aos meus leitores deixo a seguinte mensagem: Nunca deixem de ler. Leiam meus poemas e retirem deles alguma coisa que lhes fará bem ao coração e principalmente uma palavra ou verso de alegria, de otimismo e de esperança. Minha obra ora é histórica, ora poema. Nelas mostro que podemos aprender com todos e deixar exemplos de cidadãos de bem. 

> Contam que Hegel no leito de morte disse: “Só tive um discípulo”. Os amigos que estavam no quarto se aproximaram para ouvir o nome. Hegel disse: “Só tive um discípulo e me compreendeu mal”. Ou seja, existe um abismo entre os seres humanos. Ler, ouvir, não é o mesmo que compreender. Minha pergunta é: Você acredita que existe um leitor ideal? Existe o leitor capaz de entender as entrelinhas? 

Acho difícil que todo leitor entenda as entrelinhas. No coração e na mente das pessoas ninguém consegue chegar. 

> Fale um pouco de seus livros. Qual é o livro que a representa de maneira mais fiel? 

Gosto de meus livros e todos eles me representam como artista, como poeta, como professora e como pessoa humana.
Meus livros:
1 - “Dos Pequizeiros às Araucárias”. São de poemas e telas.
2 - “Encruzilhadas”. São poemas.
3 - “Uma Vida: Affonso e Marieta”. História de família.
4 - “Instituto Cristão: Arte e Vida”. História dos 100 anos da instituição.
5 - “Cavanis: 50 Anos no Brasil”. História dos 50 anos dos Cavanis no Brasil.
6 - “Castro: Cidade que se Reinventa”: História de Castro-Paraná.
7 - “Das Lembranças às Saudades”: Poemas.

> Quais são seus autores preferidos? 

São muitos os autores que são meus preferidos. Difícil citar todos. E temos excelentes escritores que nos ensinam muito. 

> Poderia citar cinco autores? 

Citarei e complementarei com um pequeno verso de cada um deles:
1 - Cecília Meireles: “… Não sou alegre e nem triste: sou poeta”.
2 - Mário de Andrade: “… Olhar preso no meu, perdidamente”.
3 - Vinícius de Moraes: “... Pensem nas crianças”.
4 - Cora Coralina: “… O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada”.
5 - Olavo Bilac: “… Foste o beijo melhor da minha vida”. 

> Antonieta, você já tem o perfil de seus leitores? Ou seja, seus livros circulam mais entre estudantes? Literatos? Pessoas idosas ou jovens? Homens ou mulheres? Você já traçou o perfil de seus leitores? 

Escrevo os meus livros para jovens, idosos, estudantes, literatos, crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres. Meus poemas já foram temas para apresentações em várias escolas daqui da cidade de Castro. Tenho um poema, “Gralha Azul”, do livro dos Pequizeiros que fez parte dos livros analisados pelos cursinhos que preparam para o Enem. Recentemente publiquei no Facebook. Realização de sonhos e alegria no coração. Muitas coisas lindas encontrei no Google, ver meu poema em questões de Vestibulares por esse nosso Brasil é muito gratificante. Outro exemplo: Criada em 2020, Estrategia, ferramenta de orientação aos vestibulandos. Na UFMS - Enem - 2015, a primeira universidade a usar esse poema na questão número 11 de matéria de Biologia. E vi em outros cursos pré-vestibulares que também usaram esse poema. Gratidão eterna de poder contribuir! A todos estudantes desejei e continuo desejando sucesso. Que Deus abençoe a todos!

Três livros tiveram um público mais específico, mas também, muito bem aceitos. Talvez pelos temas abordados e também porque minhas obras, tanto de artes plásticas quanto de literatura, são beneficentes. Toda a renda remeto às obras sociais. 

> Como escolhe os títulos de seus livros? 

Os títulos quase sempre revelam o conteúdo dos livros. Não obrigatoriamente, mas quase sempre. 

> Escreva um poema seu para que os leitores conheçam seu estilo. 

Felicidade 

Felicidade
é coração seguro.  

Mel e doçura
agora e no futuro.  

Felicidade
é olhar de amor,
sorriso de luz.  

É cantiga de ninar,
aconchego e paz.  

Felicidade
é amor-volúpia,
estado de graça,
escolha da vida.
não importa a idade,
lugar ou cidade.  

Felicidade
mora na mente,
na sabedoria do mestre,
na imensidão do cosmo,
nos deleites do coração.  

Felicidade
encontra-se no amigo,
no afago do bem-querer,
na emoção da arte,
na estesia poética,
na vida a escorrer. 

> Quais são os seus planos para o segundo semestre 2023? 

Pretendo publicar dois livros:
1 - “Estradas e Caminhos” já está quase pronto, com ISBN e faltando ver a editora para edição do livro.
2 - Está em fase de pesquisa um livro sobre a história do Lions Clube de Castro.
3 - Participar de mais eventos. Como exemplo, no presente momento estou na VII Exposición Internacional Arte Postal en Avilés-Astúrias-España, El Origen, no palácio de Valdecarzana na plaza del sol. 

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Por Isabel Furini  –  isabelfurini@hotmail.com

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