(Fotos: Divulgação)
"A dança é meu tudo, é o ar que respiro, minha fonte de energia, algo que não sei viver sem"
Estilos? Davi D´Souza é amante de todos... Tudo que o faça mexer o corpo, e mostrar que na dança o corpo fala, faz com que ele se sinta atraído. Ele enfatiza que ama dançar e se sente único quando dança samba e hip-hop. Um pouquinho desse talento o público pôde conferir recentemente na "Quinta Cult" (parceria OLHO VIVO + Cana Café). Davi diz que foi contemplado com o dom de dançar. Ele conta que dança desde os 4 anos, com 5 fez sua primeira apresentação.
- Foi hilário. Desde então, não parei mais, toda festa que eu ia, lugares que ia, a qualquer momento que tocasse música, lá estava eu dançando sem parar, animando e puxando todos em minha volta, uma sensação de ser livre, misturada com alegria e emoção - fala.
Estudou balé, jazz e até ginástica olímpica, tudo que o pudesse ajudar e que envolvesse dança estava fazendo. Os anos foram passando, ele foi conhecendo outros ritmos e se apaixonando mais e mais.
- Hoje em dia a dança é meu tudo, é o ar que respiro, minha fonte de energia, algo que não sei viver sem. Se estou triste eu danço, se estou feliz eu danço em dobro, sou do tipo que acordo e durmo dançando. Confesso que desse dom quero morrer, costumo dizer sempre aos meus amigos: Quero que o mundo acabe em dança, pois quero morrer dançando. E afirmo: Quem dança é mais feliz!
Confira e entrevista com Davi D´Souza
"Bailarino não tem sexo e sim arte, dançamos quando a música
nos envolve, quando a batida vem do coração e nunca da razão"
A Soraya é sua parceria fixa de dança, ou você trabalha com outras dançarinas? Fale um pouquinho sobre a relação de cumplicidade na dança entre vocês dois.
Na verdade, Soraya é mais do que uma parceira, é minha irmã. dançamos juntos desde que nos entendemos por gente. Já trabalhei com outras damas, sim, mas nada melhor do que minha parceira e fiel Soraya Alice.
Como é a sua preparação (física, alimentação, cuidados estéticos) para a dança?
Musculação pra mim é essencial, diante do balé (que é a base para qualquer outro tipo de dança), alongamento, e minha alimentação é normal. Gosto de comer bem, mas não dispenso um fast-food (risos). A estética sempre em alta, procuro estar sempre bem aparentemente, pois a presença é o ponto crucial, cartão de visita é um dos quesitos que chamam a atenção!
Você vive da dança, ou tem outra profissão paralela? É difícil viver da dança aqui na região? Em que está trabalhando atualmente?
Já vivi de dança sim, mas atualmente não vivo. Sou do Rio de Janeiro e há aproximadamente cinco meses estou morando em Barra Mansa. Trabalhava em rádio, é um departamento que gosto muito, e estou me dedicando em outros estilos de dança. No momento, fazendo apresentações e eventos que envolvem a dança, digamos que estou reconhecendo o território Sul Fluminense.
Ainda existe preconceito com o homem que se dedica à arte de dançar, ou isso é coisa do passado?
Infelizmente, o preconceito já faz parte de nossa cultura, pessoas que não enxergam a dança como arte, certos estilos que julgam ser somente femininos. Aprendi que bailarino não tem sexo e sim arte, dançamos quando a música nos envolve, quando a batida vem do coração e nunca da razão... Literalmente do sentimento, do corpo e da alma!
Geralmente onde são suas apresentações? Já se apresentou em que cidades da região? Dançou em outros estados? Países?
Geralmente são feitas no Rio de Janeiro, até por ser a cidade em que moro, mas já me apresentei em Porto Real, Cabo Frio, Valença, Três Rios, Volta Redonda, Barra Mansa etc. Também em São Paulo e Brasília. Países, tive oportunidades, mas deixei passar, por família, estudos, trabalho, entre outros. Confesso que ainda mostrarei meu talento e dança por aquele lado de lá.
Você procura estar sempre se atualizando? Onde busca essas atualizações? Quais dançarinos influenciaram no seu processo criativo?
Procuro sempre estar por dentro de tudo no mundo da dança, workshop, reuniões, palestras e cursos. Minha influência maior chama-se Valdeci de Souza (meu pai), um professor de dança de salão renomado no Rio de Janeiro, foi o que me fez nascer dançarino, foi o que me ensinou o samba que hoje sei, foi o mestre que me ensinou a usar meus pés como canetas e o salão como uma folha de papel. Onde lá rabiscarei e deixarei minha marca, meu desenho, meu sentimento, minha arte!
Veja uma apresentação de Valdeci de Souza
Em sua trajetória, quais os trabalhos você destaca, aqueles que foram mais gratificantes e prazerosos?
Inesquecível mesmo não tenho como não cogitar a primeira vez em que me apresentei pro meu pai, foi a primeira vez que ele me viu dançando em público, foi a primeira vez que ele viu o aprendiz fazendo aquilo que ele ensinou, me lembro que foi uma emoção que ninguém (nem os convidados) conseguiu conter, foi um choro só. Assim que entrei no salão e olhei pra ele, eu já estava em prantos e ele também. A dança na teoria, prática, foi um fracasso, erros, falhas, deslizes, mas foi uma dança 100% sentimental. O público foi ao delírio, lágrimas por todas as mesas com crianças, adultos. Foi realmente o que marcou minha trajetória de dança. Foi uma apresentação surpresa que fiz no baile de aniversário dele, dancei com minha irmã Soraya Alice e uma outra grande amiga, foram tantas emoções que no fim da minha apresentação meu pai precisou tomar remédio, água, precisou de cuidados, pois o emocionou muito, foi sensacional!
Veja a apresentação que mais marcou a trajetória de Davi
Gostou da participação na "Quinta Cult"? Acha uma boa ideia as boates abrirem espaço para os dançarinos em suas festas semanais,como fazem com os cantores e bandas?
Achei sensacional, pra falar a verdade, a região sul fluminense precisa muito mais de lugares, espaços que divulguem arte, toda a arte, não só a arte da dança, isso atrai, faz bem, todo ser humano deve sim ter alguma arte dentro de si. A arte alegra a vida, deixa o ser humano mais feliz, então uma salva de palmas para o Cana Café com o evento "Quinta Cult", que abriu a porta para tais oportunidades, talentos que precisam ser vistos e descobertos.
Projetos. O que vem por aí?
Vêm coisas boas por aí sim, estou me aperfeiçoando em outros estilos, futuramente tenho projetos para trazer a minha dança para Barra Mansa e região. Aguardem!
Veja uma apresentação de Davi em uma festa de aniversário
Serviço
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