(Foto: Divulgação)
“O graffiti e a pichação vieram do mesmo berço; a mesma ideologia da resistência popular e manifestação”
O graffiti é um dos elementos pertencentes à cultura hip hop, assim, como a dança (breakdance), o DJ (disc jockey) e a música. Originou-se entre as comunidades afro-americanas do subúrbio de Nova York, no fim da década de 1960. Os desenhos, letras, paisagens e cenários grafitados, consolidam reações às desigualdades sociais, violências, e menção às diversidades.
. Breve currículo: Douglas Nosm, nascido em 1997, goiano, produtor de conteúdo artístico. O profissional, em evidência, @douglas_nosm, aborda a inclusão, o protesto e a distribuição da justiça social em seu trabalho, com o graffiti. Em algumas obras, dá ênfase ao vitiligo (manchas brancas na pele, causadas pela redução das células produtoras de melanina).
Confira a entrevista com o grafiteiro Douglas Nosm
. Como começou seu envolvimento com o graffiti? Discorra sobre a concepção artística.
Eu comecei no graffiti no final de 2009, fazendo letras, com o passar dos anos, desenvolvi o meu próprio personagem, através dele, realizo críticas, protestos e passo informações.
. Qual a diferença entre o graffiti e a pichação?
O graffiti e a pichação vieram do mesmo berço. A mesma ideologia da resistência popular e manifestação.
. Comente sobre técnicas empregadas, tipos de letras e desenhos.
Tem as letras: Wildstyle (distorcidas), Throw-up (estilo simples), Bomber (letras gordas). Desenhos: New school (muitas cores, degradês e volume). Explorando o abstrato, o realismo e várias outras características e estilos.
. Quais medidas, você crê, ao serem implementadas pelo poder público, iriam favorecer a produção artística?
Apoiar os artistas de diversas áreas e linguagens criativas. Viabilizando a aceitação de projetos apresentados.
. Cite locais nos quais podemos ter acesso aos seus trabalhos.
Em meu ambiente Studio de Produção Poderi. Localiza-se no setor Campinas em Goiânia - Goiás. Também na Capital goiana, o público, estabelece contato com minhas artes na Rua do Lazer, no Beco da Codorna, no Parque Mutirama, no Parque Lago das Rosas, em vários pontos de Goiânia, e em outros Estados.
. Quando vocês vão intervir num espaço, existe curadoria para a escolha dos grafiteiros?
Geralmente, para determinadas produções, sim.
. Como você percebe, hoje, o mercado do graffiti? É possível manter-se financeiramente?
Sim, Ronaldo, é possível viver da arte através da criação de murais, exposições etc. O mercado tem crescido, cada vez mais, a arte está conquistando e consolidando espaço, na sociedade e na economia mundial.