(Foto: Divulgação)
“A poesia nos ajuda sustentar o sentimento do mundo”
Afonso Guerra-Baião é professor e escritor. Publicou recentemente “Sonetos de Bem-dizer / de Maldizer”. Colabora em revistas e sites, além de publicar em suas páginas no Facebook e no Instagram.
Confira a entrevista com Afonso Guerra-Baião
> Segundo a sua percepção, esta época de pandemia mundial (novo coronavírus/Covid-19) é boa ou é ruim para a criação literária? Você se sente mais ou menos inspirado?
Inpiração, para mim, vem com a adrenalina produzida pelo ato de escrever. A pandemia ajuda na medida em que o isolamento me deixa mais focado e menos distraído.
> Quando iniciou o seu interesse pela poesia?
Meu interesse pela poesia vem das primeiras leituras que fiz na adolescência.
> Sente na sua obra a influência de algum ou alguns poetas?
Sim. Jorge de Lima, Drummond, Camões, João Cabral, Brecht.
> Qual é a reação dos leitores? Eles curtem? Enviam sugestões?
Recebo muitos retornos gratificantes de leitores nas redes sociais.
> Você gosta de interpretar poemas? Como se sente declamando?
Eu não sou um bom declamador.
> Afonso, alguns falam que a poesia não tem utilidade prática, que não serve para o mundo de hoje. Qual é a sua opinião?
A poesia nos ajuda sustentar o sentimento do mundo.
> Você acha que em poesia o título é importante ou é supérfluo?
Ás vezes é importante. Ás vezes é chave para interpretar o texto.
> Se você fosse obrigado a escolher um poema de sua autoria que represente o seu estilo, a sua voz poética, qual escolheria?
Ninguém faz ode à tristeza:
mesmo a canção mais triste
soletra o alfabeto da alegria.
> E 2021 continua o problema da pandemia. Quais são os projetos para o segundo semestre?
Ler muito, escrever bastante.
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