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Novo Mundo

Pedro Augusto C. R. Garcia - A arte como forma de superar mazelas

Escritor quer que suas obras ajudem na recuperação do mercado literário brasileiro

Entrevistas  –  18/09/2021 15:01

 
Arte entrevista Pedro Garcia

(Fotos: Divulgação)

 

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“Outro ponto que me surpreendeu em minhas revisões da obra foi a complexidade que consegui imprimir nas relações das personagens e como eu fugi da mesmice, expondo que o mal não é só mal e nem o contrário” 

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Shirley M. Cavalcante 

Pedro Augusto C. R. Garcia, formado em administração de empresas pela Faculdade Network de Nova Odessa (SP) e em gestão de recursos humanos pelo Centro Universitário Uninter de Sumaré (SP). Iniciou sua jornada há alguns anos, quando evidenciou o abandono da biblioteca de sua faculdade, pelos alunos, deixando claro que seus colegas não foram incentivados à leitura, portanto decidiu contribuir para eliminar essa defasagem, através da produção de livros não técnicos, que são a porta de entrada para o mundo da literatura.
Boa leitura! 

Confira a entrevista com Pedro Augusto C. R. Garcia

Escritor Pedro Augusto C. R. Garcia, é um prazer contarmos com a sua participação. Conte-nos como se deu o início e desenvolvimento da escrita em sua carreira literária?

É muito bom estar convosco nesta data especial. Percebi que gostava de escrever quando os poemas da escola se mostraram mais do que atividades curriculares e cada pergunta da prova se tornava uma nova dissertação. Quando, na faculdade, escrevi um texto para uma atividade de filosofia e meu professor disse que esse se assemelhava a um manifesto francês, percebi que poderia ir além. Como passatempo resolvi escrever um livro, colocando no papel todas as histórias e personagens que rondavam minha mente. Nunca tive a intenção de publicá-lo, até minha mãe me incentivar a tal e eu aceitar a ideia.

O que o inspirou a escrever “Academia de Magia Laetus”?

Minha conturbada vida e os desafios de minha condição. A deficiência física que me acompanha desde tenra idade e as dificuldades impostas pela falta de preparo da sociedade e da infraestrutura me tornaram um observador da vida, me permitindo apreciar o desenvolvimento das relações humanas e do ambiente em uma posição privilegiada. Aliado a isso está o fato de eu sempre ter que recorrer à minha mente para buscar a diversão e o alívio necessários para a sobrevivência e para a superação de minhas sessões de fisioterapia. As histórias que crio sempre me auxiliaram a me manter sóbrio e conectado à realidade, buscando superar minhas dificuldades. Elas se uniram à minha família e me levantam após cada queda. Desejava que assim o fizessem a todos que necessitam.

Qual é sua deficiência e porque ela é/foi importante?

Sou afligido pela deficiência de G6PD e distrofia muscular de cintura, além de outras disfunções em nível celular que minam meu organismo. Minha condição é importante porque me permitiu enxergar a desigualdade de muitos aspectos na vida para qualquer mínima diferença. Explicarei! As pessoas que possuem um corpo sem quaisquer lesões - E não faço menção a um machucado ou hematoma - costumam ignorar a diferença que o vento ou um toque provocam em sua caminhada. O fato de eu ter esses conhecimentos não só me fazem buscar por retratar as diferenças entre os humanos, como me levam a valorizar cada detalhe e sempre presar pela lógica dos acontecimentos.

Quais critérios foram utilizados para escolha do título, em especial o nome Laetus?

Academia de Magia Laetus é o nome da instituição onde se centraliza a ambientação da história, concedido à essa pela diretora e fundadora, Joana. “Academia” é a própria denominação do local, “Magia” é seu objeto de estudo e “Laetus” é um nome reservado em um cantinho especial da mente de Joana. O motivo da palavra Laetus é explicitado no livro, mas, para dar uma explicação razoável sem, no entanto, revelar qualquer spoiler, digo que ela significa, em latim, felicidade, estar contente. Pode parecer algo simples, mas para uma criança abandonada no mundo, apavorada, com as marcas da tortura física e mental e algo de assombroso em si própria, pode ser o tênue fio que sustenta sua esperança.

Apresente-nos a obra

Em um mundo permeado pela Mana, energia vital presente na natureza, mas apenas manipulável por mulheres, pois a elas são reservadas as instituições especializadas no ensino da magia; resta aos homens apenas as academias militares. No entanto, apesar de a ideia de um homem invadir o ambiente dominantemente feminino ser rechaçada, o jovem Petrus é aceito como novo aluno da Academia de Magia Laetus. Com o tempo, todos perceberiam que essa estranha excepcionalidade nada seria, frente à imensa tempestade que conturbaria suas pacatas vidas, recordando-se de que nunca deveriam ter olvidado que seu ingresso indicava o retorno do rei demônio. Entretanto, suas intenções demonstravam-se em desalinho com seu título. Seria um indicativo de uma mudança de paradigma? Por que essa mudança ocorreu?

O que mais o atrai em “Academia de Magia Laetus”?

A riqueza de detalhes e a complexidade das relações. Por ser minha primeira experiência profissional como escritor, pensei que não conseguiria cumprir tão bem a tarefa de expor aos leitores tudo o que eu enxergava em minha mente, por isso me empenhei em detalhar as cenas e situações muito bem. Fiquei muito satisfeito com o resultado positivo de meu esforço, pois pude entregar uma imersão mais profunda e agradável. Outro ponto que me surpreendeu em minhas revisões da obra foi a complexidade que consegui imprimir nas relações das personagens e como eu fugi da mesmice, expondo que o mal não é só mal e nem o contrário.

Quais os principais desafios para escrita da obra?

Como dito anteriormente, por ser minha primeira obra, minha principal dificuldade foi retirar a história de minha mente e colocá-la no papel, afinal eu, que já havia formado todas as cenas e situações, não precisava de uma explicação aprofundada, não precisava que me dissessem as posições dos objetos, muito menos o estado mental dos personagens. Outro desafio foi separar meus pensamentos e desejos dos de meus personagens, para conseguir construí-los com suas próprias individualidades e seus carismas próprios, assim sendo mais naturais.

Onde podemos comprar o seu livro?

Todos que desejarem podem adquirir “Academia de Magia Laetus” pela página reservada para a obra no site da Editora Viseu (clique aqui) ou visitar um dos parceiros da editora, como Amazon, Kobo ou Apple, para a versão digital e Americanas ou Shoptime para a versão física. A lista de todos os parceiros também se encontra na página acima mencionada. A terceira opção é comprar diretamente comigo, com desconto. Para isso me contate em @entremagasedemonios no Instagram ou Facebook e aproveite para conferir meu conteúdo. Não se esqueça de me seguir, caso queira acompanhar meu trabalho ou me ajudar em minha caminhada.

Quais os seus próximos projetos literários?

Pretendo encerrar a história que comecei em mais dois livros, fechando a trilogia, porém não tenho um prazo para realizar esse feito, afinal nem eu consigo prever os próximos passos de minha mente em fúria. Hoje posso escrever dez páginas de uma história, amanhã posso acordar inspirado e escrever 50 de outra completamente diferente. Por esse motivo é extremamente importante que, quem quiser ficar a par de todas as etapas de criação e receber em primeira mão a notícia de uma nova obra, me sigam em minhas redes @entremagasedemonios no Instagram ou Facebook.

Quais os seus principais objetivos a serem alcançados como escritor?

O primeiro é o de estabelecer um trabalho rentável no mundo da literatura. Não escondo de ninguém que desejo esse fim, pois não sou ganancioso, apenas quero alcançar a meta que todos almejam. Acordar todos os dias para trabalhar com algo que amo e me sentir mais leve e confortável com minha profissão. Meu segundo grande objetivo é ser responsável, mesmo que minimamente, pela recuperação do mercado literário brasileiro. Por quê? Por diversos motivos que vão, desde a criação de diversos postos e trabalho e consequente auxílio para a recuperação de nossa economia, até o fomento da cultura e consequente aumento da escolarização. O terceiro, como explicado na segunda questão, é de produzir interessantes e divertidas histórias que apoiem as pessoas a superarem suas mazelas.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Pedro Garcia. Agradecemos sua participação. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Sou eu quem agradeço o espaço que me concederam. Fico feliz em ver que estão apoiando os novos autores brasileiros. Para você, escritor, nunca desista de seus sonhos e sempre dê seu melhor para criar uma obra que te deixe orgulhoso e satisfeito. Com isso será possível superar a dificuldade de encontrar apoio no início de sua jornada e de continuar sua caminhada nesse novo mundo. Espero ver-te com energia para juntos recuperarmos nossa literatura. Para os leitores quero afirmar que nós estamos sempre trabalhando duro para entregar-lhes boas narrativas que superem suas expectativas, porém precisamos de vosso voto de confiança. Deem mais valor à literatura nacional. 

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Por Assessoria de Comunicação  –  contato@olhovivoca.com.br

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