(Fotos: Divulgação)
Até o fim do ano, filme também será exibido em Barra Mansa e Barra do Piraí
O premiado documentário “Entroncamentos: Vida e Memória nas Estações Ferroviárias do Vale do Paraíba”, da Quiprocó Filmes, que aborda a ascensão e o declínio do transporte ferroviário na região do Vale do Paraíba fluminense, segue em circuito no interior do Estado do Rio de Janeiro. O filme terá exibição gratuita no dia 29 de setembro, às 19h, no recém-inaugurado Cinema Abílio Augusto Rodrigues Netto, em Areal. Depois da exibição, os diretores e roteiristas, Gabriel Barbosa e Fernando Sousa, irão promover um debate sobre o longa.
Além disso, no dia 28, das 14 às 18h, e no próprio dia 29, das 16 às 18h, Barbosa e Fernando Sousa vão conduzir uma masterclass sobre argumento, direção, roteiro e pesquisa no cinema documentário, destinada aos interessados em conhecer a linguagem cinematográfica. As atividades são gratuitas. As vagas para a masterclass são limitadas e as inscrições já estão abertas pelo formulário (clique aqui).
O documentário também será exibido gratuitamente, com a realização de novas masterclasses, em outras cidades até o fim do ano: Barra Mansa, nos dias 27 e 28 de outubro, e Barra do Piraí, ainda sem data definida, num circuito que tem iniciativa do Sesc RJ, em parceria com a Quiprocó Filmes.
A estreia do documentário aconteceu no dia 26 de julho, às 19h, em sessão gratuita no Teatro Sesc Rosinha de Valença. E nos dias 25 e 26, das 14 às 18h, os diretores e roteiristas também conduziram uma masterclass. No dia 26, após a exibição do filme, participaram de um bate-papo que revelou curiosidades sobre o processo criativo e de produção da obra, que exalta parte da história da região, mostrando como se formou o maior entroncamento ferroviário da América Latina.
(Foto: Elisângela Leite)
O filme “Entroncamentos”, primeiro longa da Quiprocó Filmes, teve sua estreia internacional no Festival de Buenos Aires; foi exibido no Sydney Australian Film Festival (SAFF); no 46º Encontro da Associação Nacional de Pesquisa em Pós-Graduação em Ciências Sociais, a ANPOCS; no Festival Visões Periféricas; e no IX Festival Internacional de Cinema em Língua Portuguesa (Lisboa), onde recebeu o prêmio de melhor roteiro na categoria de documentários longa-metragem.
- O documentário aborda um pouco da memória da região e poder exibi-lo nas cidades que estão retratadas ali é imenso para nós. É uma forma de aproximar a população da sua própria história - afirma Dora Motta, coordenadora de produção da Quiprocó Filmes e diretora de produção do projeto.
Masterclass vai abordar aspectos do cinema documentário
Dividida em dois dias, com quatro horas de duração cada, a masterclass aplicada por Fernando Sousa e Gabriel Barbosa - que recentemente receberam uma moção de aplausos da Câmara de Vereadores de Barra do Piraí pela realização do longa - vai revelar aspectos da produção de um documentário e é direcionada a estudantes, cinéfilos, pesquisadores, roteiristas e demais interessados em aprender sobre os processos de construção, produção e realização de um filme em estilo documentário.
A primeira aula vai tratar da elaboração do argumento e pesquisa no cinema documentário, explorando os dispositivos de elaboração de um argumento, passando pelo trabalho de pesquisa de conteúdo, arquivos de imagem e sons em acervos, a pesquisa bibliográfica e cinematográfica sobre o tema do documentário. A construção da abordagem do documentário também será o tema do primeiro dia.
Já no segundo dia, os alunos vão aprender sobre a direção cinematográfica documental.
- Oferecer oficinas de cinema e debates com os diretores é uma maneira de incentivar a cultura e a arte na região, contribuindo para a formação de novos cineastas e para o desenvolvimento da indústria cinematográfica no interior do Estado do Rio de Janeiro - afirma Dora Motta.
Filme mostra a história das ferrovias do Sul Fluminense
O documentário “Entroncamentos”, primeiro longa da Quiprocó Filmes, traz uma narrativa construída a partir de entrevistas e vasto material de arquivo de cine-jornais, fotografias, mapas e litogravuras. Em meio a esses registros heterogêneos e às ruínas das estações ferroviárias, a narrativa é costurada pela experiência dos personagens, suas reminiscências de relações de amizade, afetos, paixões e tensões forjadas nos trilhos do trem.
- Muitos trabalhadores dessas estações, hoje sucateadas e fora de funcionamento, ainda moram no seu entorno, o que nos permite vislumbrar uma forte relação ainda não rompida com esses lugares, que são centrais para a formação social da região do Vale do Paraíba e do Estado do Rio de Janeiro - afirma Gabriel Barbosa, que é nascido e criado em Barra do Piraí.
As histórias dos personagens envolvidos diretamente com as estações e o vasto material de arquivo são o fio condutor do documentário. A Estrada de Ferro D. Pedro II, uma das primeiras linhas férreas do Brasil, tinha como objetivo inicial escoar a produção de café do Vale do Paraíba e, posteriormente, contribuir para estruturar a industrialização da região no século XX. Assim, cidades nasceram ao longo do seu traçado, consolidando um estilo de vida intimamente ligado ao trem e às estações.
Sinopse
A partir de entrevistas e material de arquivo composto por cine-jornais, fotografias, mapas e litogravuras, o documentário aborda a ascensão e declínio do transporte ferroviário no maior entroncamento da América Latina, no Vale do Paraíba fluminense. Em meio a esses registros heterogêneos e às ruínas das estações ferroviárias, a narrativa é costurada pela experiência dos personagens, suas reminiscências de relações de amizade, afetos, paixões e tensões forjadas nos trilhos do trem.
Quem é Gabriel Barbosa
(Foto: Elisângela Leite)
Nascido em Barra do Piraí, Gabriel é doutor e mestre em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense, graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atuou como consultor da ONU-Habitat Brasil para a implantação e coordenação de políticas públicas em favelas da cidade do Rio de Janeiro (Programa Rio+Social). Colaborador em projetos sobre a Região Metropolitana do Rio de Janeiro da Casa Fluminense. Começou trabalhando no mundo do cinema como assistente de direção do curta-documentário “Intolerâncias da Fé”. Assina a direção, argumento e roteiro dos documentários “Nosso Sagrado”, “Nossos Mortos Têm Voz”, “Memórias de Aço”, “Respeita Nosso Sagrado”, “Entroncamentos” e “Rio, Negro”.
Quem é Fernando Sousa
(Foto: Elisângela Leite)
Mestre em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPCIS/Uerj), possui especialização em Sociologia Urbana pela Uerj e graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro. Possui experiência de pesquisa nas áreas de Antropologia e Sociologia. Atuou como consultor da ONU-Habitat Brasil para a implantação e coordenação de políticas públicas em favelas da cidade do Rio de Janeiro. Criou o argumento e realizou a pesquisa para a produção do documentário “Manobreiro de Água” e a direção, roteiro e argumento do filme “Intolerâncias da Fé”, ambos produzidos no âmbito do edital da faixa Sala de Notícias do Canal Futura. Assina a direção, roteiro e pesquisa do documentário “Nosso Sagrado”, “Nossos Mortos Têm Voz”, “Entroncamentos” e “Rio, Negro”, ambos produzidos pela Quiprocó Filmes. É cofundador e diretor executivo da Quiprocó Filmes.
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