(Fotos: Michel Monteiro)
Fotos estão expostas no tamanho A4, coladas em expositores de madeira e separadas por temas
A ideia inicial era editar um livro fotográfico. Das 300 fotos clicadas, Luiz Octavio Salgado Soares selecionou em torno de 54 e montou a exposição "As cores da Cidade do Aço: Um novo olhar sobre Volta Redonda". As fotografias podem ser vistas até 28 de fevereiro, no hall do acesso A do campus do UGB, no Aterrado. No tamanho A4, coladas em expositores de madeira e separadas por temas, tais como Vistas Panorâmicas, Logradouros, A CSN e a Cidade, Educação e Natureza e Lazer, abaixo de cada foto há uma legenda, identificando os locais.
O fotógrafo nasceu em Volta Redonda em 1952, dois anos antes de sua emancipação, quando ainda era chamada Santo Antônio de Volta Redonda e distrito de Barra Mansa. Seus pais foram uns dos primeiros funcionários da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), onde também trabalhou por 16 anos. Sua história, portanto, se confunde com a da cidade que cresceu sob a chancela da empresa.
É casado, tem dois filhos e um neto de 12 anos. A fotografia é um hobby desenvolvido desde a juventude. Possui até hoje uma máquina fotográfica Nikon, analógica, com a qual já tirou centenas de fotos. Gosta, principalmente, de fotografar paisagens e pretende editar um livro de fotografias de Volta Redonda para preservar a memória da cidade para as gerações futuras.
Em seus planos também está viajar com a mulher dele pelo país fotografando pontos pitorescos, lugares e paisagens que retratem a vida e a cultura popular.
Confira a entrevista com Luiz Octavio Salgado Soares
Luiz Octavio Salgado Soares tem a fotografia
como um hobby e fonte de realização pessoal
Como e quando surgiu a ideia de montar a exposição "As cores da Cidade do Aço - Um novo olhar sobre Volta Redonda"?
A princípio foi um desejo de fazer um livro fotográfico sobre Volta Redonda. Após ter tirado aproximadamente 300 fotos, senti a necessidade de ouvir as opiniões e críticas de pessoas próximas para uma melhor avaliação e algumas acharam que as fotos mereciam uma exposição e foi assim que aceitei o convite da professora Lucia Costa, assessora de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão do UGB, para expor no campus de Volta Redonda.
Por que a escolha do tema "desde as primeiras obras de urbanização da cidade até os dias atuais"?
Evitei a comparação entre presente e passado. Preocupei-me mais em retratar, com um novo olhar, em diferentes perspectivas, a Volta Redonda atual, com o objetivo de homenagear as pessoas que contribuíram para a sua transformação até hoje.
Fotografias podem ser vistas até 28 de fevereiro,
no hall do acesso A do campus do UGB, no Aterrado
As fotos passaram por um processo de digitalização, ou são todas atuais?
As fotos são todas atuais, tiradas com uma máquina fotográfica digital: Nikon D-90. Foram impressas em impressora fotográfica própria.
A ideia da exposição é contar um pouco da história de Volta Redonda? Ou o foco principal é a arte de fotografar?
A ideia principal é mostrar uma Volta Redonda viva e colorida e buscando uma maior perspectiva na imagem, como se evidencia em muitas fotos com visão panorâmica. Essa proposta tem despertado no público que comparece à exposição uma percepção mais clara e satisfação em descobrir uma nova perspectiva mais agradável e bonita da cidade em que vivem.
Quais as fotos da exposição você destaca? Por quê?
As fotos que mais destacaria são as panorâmicas e as que retratam a natureza e lazer, justamente porque elas destacam a proposta de buscar uma visão mais viva e colorida da cidade.
Abertura da exposição em Volta Redonda atraiu apreciadores da fotografia
Foi difícil fazer a seleção das fotos? Muitas ficaram de fora da exposição?
Sim, foi muito difícil, pois ficaram de fora muitas fotos interessantes, mas que fugiam um pouco da proposta inicial, que era retratar a cidade numa perspectiva mais abrangente e ampla.
A montagem da exposição segue uma ordem cronológica da história da cidade? Ou não?
Não, meu interesse não foi fazer uma cronologia e sim demonstrar o quanto a cidade evoluiu, e como eu e muitos outros voltarredondenses fizemos parte dessa história.
Já pensa em levar essa exposição para outros locais? Projetos, o que vem por aí?
Sim, tenho convites da Associação dos Aposentados de Volta Redonda e do UGB/Ferp no campus de Barra do Piraí. A fotografia para mim é um hobby e fonte de realização pessoal, portanto, como projetos futuros, pretendo continuar fotografando Volta Redonda para editar o livro e fazer fotos de paisagens de locais que pretendo visitar em viagens pelo país.
Serviço
> As cores da Cidade do Aço: Um novo olhar sobre Volta Redonda - Até o dia 28 de fevereiro, no hall do acesso A do campus do UGB, em Volta Redonda. Rua Deputado Geraldo Di Biase, 81, Aterrado. Telefone: (24) 3345-1700. Site.