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Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

No Espaço das Artes Zélia Arbex

Ana Júlia Auad expõe em fotos a vida da comunidade ribeirinha de Santarém do Pará

Hábitos e costumes do Aruari se transformam em arte sob a ótica da fotógrafa e designer

Indicados ao Prêmio OLHO VIVO  –  06/03/2014 23:04

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(Fotos: Divulgação) 

Vinte e quatro peças com o tamanho de 87 x 58cm, em impressão
digital, expostas em módulos; como suporte, painéis em PVC
 

O cenário principal são os hábitos e costumes do povo ribeirinho de Santarém do Pará. Vinte e quatro peças com o tamanho de 87 x 58cm, em impressão digital, expostas em módulos. Como suporte, painéis em PVC distribuídos estrategicamente. A exposição "O sentido simbólico e o recorte do quadro da comunidade do Uruari" vem chamando a atenção de quem passa pela Vila Santa Cecília, em Volta Redonda. Os trabalhos da fotógrafa e designer Ana Júlia Auad podem ser vistos até domingo, 9, no Espaço das Artes Zélia Arbex. 

Formada pelo UniFOA (Centro Universitário de Volta Redonda), a mostra apresenta a proximidade entre o design e a fotografia. Ela explica que os dois conceitos utilizados no trabalho foram do teórico e fotógrafo Arlindo Machado; o primeiro sendo "Revestir a cena de uma sentido simbólico"; e o segundo, "Espaço ilusório do extraquadro". 

- Com base nesses dois conceitos que a exposição criou vida nesse projeto de conclusão do curso de design. A pesquisa conta também com o auxilio da metodologia criativa de Rodolfo Fuentes, que se apresenta em três fases: analítica, criativa e executiva - diz. 

Confira a entrevista com Ana Júlia Auad 

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Como surgiu a ideia da exposição, quanto tempo levou para ficar tudo pronto? Por que a escolha do tema? 

A ideia da exposição surgiu por causa da faculdade, esse tema foi o meu projeto de TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). A escolha desse assunto foi devido a uma matéria de fotografia que tive acesso no decorrer do curso. 

Foi difícil fazer a seleção das fotos, muitas ficaram de fora? Qual o critério você usou para selecionar? Existe um conceito na exposição? 

Tive um pouco de dificuldade para selecionar, pois foram em torno de 900 cliques, tive que selecionar 60 imagens para tirar delas 24. O critério utilizado para a escolha dos painéis foi de qual estava mais próximo de transmitir os conceitos, embora todas elas transmitiam. 

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Você é designer. De que forma isso te influencia na hora de fotografar? Que análise você fado mercado fotográfico em Volta Redonda? 

Com base no que estudei no curso, pude analisar cada cena que surgia e de que forma poderia utilizar essas imagens, fora o processo que pude utilizar para desenvolver o projeto até chegar ao resultado final, que era a exposição.

O que inspira você na hora de fotografar? O que pesa mais: a emoção ou a técnica? 

Não sei se posso afirmar o que mais me inspirou, mas uma das coisas que mais me impressionaram foi o estilo de vida deles e a precariedade que eles vivem. Acho que a emoção foi algo que aconteceu muito, porém é algo muito forte na exposição, mas também não deixei de usar técnicas. 

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O número de fotógrafos aumentou bastante na região, e há quem critique esse aumento, argumentando que não se forma um fotógrafo profissional em pouco tempo. Como você avalia essa questão?

Acho que devemos respeitar todos, ainda mais os que estão mais tempo no mercado, e estar aberto a aprender com os iniciantes, pois sempre podemos aprender alguma coisas. O mercado é para todos. 

Do ponto de vista mercadológico, o trabalho do fotógrafo profissional é valorizado como arte na região?

Vejo que tem sido valorizado como arte sim, mas nem todos ainda veem dessa forma, acham que qualquer pessoa com uma boa câmera pode ser um bom profissional, com isso desvalorizando aquele que estudou e tem anos de trabalho no mercado. 

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Quais são os fotógrafos que te influenciaram? E de que forma? 

Acho que o que teve maior influência foi Sebastião Salgado e o Antônio Calino, de Volta Redonda, que desde pequena pude acompanhar seu trabalho, e para mim é uma grande fotógrafo. 

Quais os momentos mais marcantes na sua trajetória? 

Acredito que a experiência que pude obter nessa viagem para estar capturando essas imagens. Mas sei que surgirão outras experiências e essa foi só o começo.

Projetos? O que vem por aí? 

Tenho dois projetos em mente, praticamente na mesma linha, porém com outro tipo de comunidades (com estilos de vida diferentes). 

Serviço 

> O sentido simbólico e o recorte do quadro da comunidade do Uruari Santarém do Pará - De Ana Júlia Auad. Curadoria: Otávio Guerra. Visitação: até 9 de março, das 10 às 19h, no Espaço das Artes Zélia Arbex. Rua 14, Vila Santa Cecília. Contatos com a fotógrafa: (24) 7814-5527 e (24) 9-9833-8780. Acompanhe as novidades pelo Facebook. E-mail: jujuauad@hotmail.com 

Edição impressa

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Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

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