Postada em: 27/06/2014 (23:08:13)
Atualizada em: 25/07/2014 (07:46:21)
A Secretaria Municipal de Cultura injeta rock na veia do público em julho. Tem atrações internacionais, 13 bandas locais, três palcos, camarotes e telões. A estrutura será montada na Ilha São João para os shows que vão rolar nos dias 25 e 26. Os roqueiros da cidade (alguns dizem que foram sorteados; outros, que foram selecionados para as apresentações no Volta Redonda do Rock; o OLHO VIVO apurou que houve uma seleção e depois o sorteio), em sua maioria, parece que estão satisfeitos com a sétima edição do evento. Cada grupo receberá R$ 2 mil de cachê. Todo o evento será gravado e transformado em DVD - as bandas ganharão 30 unidades desse material.
Blaze Bayley, ex-vocalista da banda Iron Maiden; Tim Ripper Owens, ex-vocalista do Judas Priest; e a banda brasileira Dr. SIN se apresentam no dia 25 (sexta-feira), na abertura da festa, que ainda contará com a participação da Banda Municipal de Volta Redonda tocando clássicos de rock. No dia 26 (sábado), os shows ficam por conta do Sepultura, Project 46 e Kiara Rocks. Os organizadores pedem que as pessoas levem 1 quilo de alimento não perecível (menos sal e açúcar) ou uma caixinha de leite (1 litro). Conversamos com as bandas de Volta Redonda que estavam na programação oficial até o fechamento desta reportagem (poderá haver alterações). Confira:
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Atualização da programação
. Sexta-feira
> Banda Municipal de Volta Redonda - Clássicos do Rock
> Stone House On Fire
> Eu Você e a Manga
> Banda Imóvel
> Dr. SIN
> Dancing Flame
> Tim Ripper Owens
> Iguanas
> Blaze Bayley
> Mavericks Punk
. Sábado
> D´Hanks
> Metalthorn
> The Alchemists
> Quarto do L
> Kiara Rocks
> Amplexos
> Project 46
> DFront SA
> Inabitual
> Sepultura
> Black Mula
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(Fotos: Divulgação)
# 20h - Stone House on Fire: "É a nossa primeira vez tocando no evento sendo realizado na Ilha São João, já tocamos em uma edição menor em 2012, no Memorial Zumbi. Como lançamos nosso primeiro disco no fim do ano passado, participar dessa edição será uma ótima oportunidade para divulgá-lo, pois será um evento que trará muita gente de fora da região e também pessoas daqui que não têm costume de frequentar os eventos independentes". (Kleber Mariano, vocal e guitarra)
# 20h40 - Amplexos: "Pelo que me lembro, é a primeira vez que a gente toca no evento. Acho que é um palco bacana, com boa estrutura legal e vão ter muitos amigos juntos, tocando no mesmo dia e nos outros dias. Vamos tocar pra um público essencialmente de rock/metal, no mais, é um show tão especial e importante como todos os outros. A gente gostou da seleção das bandas ter sido baseada no trabalho autoral e em quem tá se movimentando, acho que isso é o que mais agradou a gente, e não as atrações principais, que a gente nem conhece muito bem - exceto o Sepultura, que a gente é fã". (Guga, vocal e guitarra)
# 21h40 - Imóvel: "Esta é a primeira vez da Imóvel no Volta Redonda do Rock. Tocar em Volta Redonda para nós sempre tem um grande valor, temos muito orgulho de ser daqui, e para onde vamos levamos o nome da cidade conosco. Este ano as escolhas das bandas regionais foram muito coerentes, todas as bandas têm um trabalho legal, rodam outras cidades, têm apresentações muito enérgicas e originais, trabalhos diversificados, buscam aperfeiçoamento e alcançando um público. De certa forma, essas bandas têm representado Volta Redonda em outros lugares, por onde passamos sempre ouvimos bem dos trabalhos dos amigos e boas referências da cidade. Este ano o head line ficou bem segmentado, acabou pegando um público mais restrito e fechado, que infelizmente tem pouca comunicação com outras expressões culturais. Mas isso não restringe nem enfraquece nosso desejo de fazer o festival bonito, com músicas boas, com boas vibrações e muito rock em sua verdadeira essência". (Ciro Oliver, bateria)
# 22h - Dr. SIN
# 23h20 - Dancing Flame: "Tocamos quatro vezes no evento e agora vamos também poder divulgar nosso segundo CD, "Carnival of flames". É a coroação de anos de trabalho, já que por várias vezes fomos banda de abertura e tocamos para um público pequeno. Desta vez teremos a oportunidade de fazer um grande show para o que talvez seja o maior público de nossa carreira, já que estamos abrindo para dois grandes vocalistas internacionais que passaram pelas bandas que fizeram história no heavy metal mundial. O momento é muito positivo, já que estamos tendo um imenso apoio do público que acompanha nosso trabalho e nos tem prestigiado. Sendo assim, estamos muito empolgados e com foco total para o evento. Com certeza, a estrutura está mais profissional, palcos melhores, atrações internacionais de calibre, espaço de divulgação de nossas mídias. Tem tudo pra se solidificar e cada vez mais revelar o trabalho dos músicos, provar para o público que rock pesado não é barulho e sim música de muita qualidade e com muito coração, no qual nós, músicos, nos dedicamos muito, ao estudo e ao esmero de nossa arte". (Emerson Mello, guitarra)
# 0h - Tim Ripper Owens
# 1h20 - Iguanas: "Participamos de algumas edições do Volta Redonda do Rock, não fomos sorteados na edição do ano passado. Na edição deste ano, que parece ter dado uma atenção maior a bandas com trabalhos autorais, fomos sorteados e vamos tocar. Estamos bem animados, embora as atrações principais fujam muito ao nosso estilo, o que pode ser bem estranho. O fato mais legal desta participação é que coincide com a volta do nosso baterista original, Lando Valério, ou seja, vamos tocar com a formação original da banda, dando atenção às músicas do início da carreira". (Carlos Braz, vocal e guitarra)
# 2h - Blaze Bayley
# 3h20 - Mavericks Punk: "Contando com a edição de 2014 será a terceira participação da banda no evento, sendo que todos os formatos foram diferentes deste. Para o Mavericks Punk é um prazer tocar no VR do Rock, pois 80% de nossos shows são fora da nossa cidade, isso dá oportunidade para o público local que nos acompanha desde o início estar mais próximo de nós. As novidades deste ano tanto em questão de organização e estrutura do evento mostram uma evolução para a cidade, esperamos que isso continue a evoluir e o VR do Rock definitivamente fique consolidado dentro do circuito musical brasileiro e quem sabe até internacional. A Mavericks Punk existe desde de 2010, tem um EP lançado pela MPCP Records em 2013 que teve repercussão internacional com participação da banda em coletâneas nos EUA e Europa, além de resenhas em meios de comunicação especializados no exterior. Recentemente lançamos um single com clipe em comemoração à venda de todas as cópias produzidas do disco". (Daniel McCury, vocal e guitarra)
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# 19h - D´HanKs: "A D´HanKs já tocou no VR do Rock III (2005), no IV (2007), na primeira edição que aconteceu Vila (2008), no V (edição competitiva, 2010) e na segunda edição da Vila, em 2012. No início bastava insistir muito e ser chata, até aceitarem a gente no festival. A partir da nossa terceira participação, onde já acontecia algum tipo de seleção por parte da Secretaria, nosso show foi entre 80% e 100% autoral, ao longo dos anos. Desde a primeira participação, tocamos pelo menos quatro músicas nossas e até sofremos algum tipo de crítica mais pesada, por misturar muitos estilos, entre cover e autoral. Com o passar dos anos, percebemos que uma oportunidade como esta de mostrar nossas músicas para o público do meio não podia ser desperdiçada mesmo! A edição do ano passado aconteceu por sorteio das bandas inscritas e ficamos de fora - infelizmente, pois foi uma produção muito bacana e inovadora, em relação a todas as outras. Estamos muitíssimo animados em participar neste ano, quando prometeram superar a qualidade do anterior. E, também, pelos fatos de a banda ter sido pré-selecionada com base no material enviado e de estarmos ansiosos para tocar ao vivo, pela primeira vez, algumas músicas novas. Um evento como esse, além de divertidíssimo, por juntar colegas e amigos do meio em um fim de semana - o que é muito difícil - é ótimo para quem já curte a banda poder assistir a um show (mesmo que curto) num palco bacana, com boa estrutura e, muitas vezes, uma porta de entrada, para pessoas conhecerem nossa banda. Além disso, não posso negar que o cachê - melhor do que das outras edições - certamente será muitíssimo útil na finalização do nosso futuro projeto". (Angélica Ribeiro, vocal)
# 20h - Metalthorn: "A banda tocou duas vezes, uma em 2010 e outra em 2012. Na primeira, o evento era uma competição, um formato que não agrada aos integrantes da banda. Na segunda, o porte era menor, pois foi realizado no Memorial Zumbi. Para nós, tocar no VR do Rock é uma oportunidade de mostrar nosso trabalho e se divertir com o público. Thrash metal (estilo da banda) se faz na interação da banda com o público: no palco e no mosh. No geral, o formato atual agrada a banda porque nos permite mostrar nosso trabalho para um público maior, num espaço maior e com um som melhor. É uma pena que algumas bandas pesadas da região não participarão dessa edição. Esperamos poder representar o estilo com qualidade e peso, quebrando tudo!". (Schneider Souza, vocal e guitarra)
# 20h40 - The Alchemists: Tentamos contato duas vezes com a banda, mas sem sucesso.
# 21h20 - Quarto do L: "Em 2014, o Quarto do L se apresentará pela primeira vez no festival. Tudo indica que essa edição será uma das maiores, em termos de produção, estrutura e line up. Particularmente, essa apresentação representa o retorno da banda à sua terra natal. Após quase um ano do lançamento do disco que contou com um show histórico no Memorial Getúlio Vargas, o grupo partiu para apresentações fora do Sul Fluminense: Rio de Janeiro, Minas Gerais e o interior paulista conheceram de perto o trabalho da banda. Ainda estamos na estrada, na semana que antecede o Volta Redonda do Rock, o Quarto terá apresentações em Brasília e cidades vizinhas. Entretanto, sabemos que de certa forma de nada adianta uma enorme estrutura sem o envolvimento do público - Eles sim são o festival! Aguardamos ansiosos por esse momento. Que seja verdadeiro. Que seja muito intenso!" (Vitor Fontes, vocal e guitarra)
# 22h - Kiara Rocks
# 23h20 - Eu, você e a Manga: "É a segunda vez que a banda participa do evento. Ano passado foi um grande show, ótimo evento e ficamos muito contente em participar. Este ano o investimento foi maior, atrações internacionais de peso, porém, atrações de um só estilo de rock, o que é bem diferente do que acontece na cidade. Temos aqui, em Volta Redonda, uma diversificação muito ampla do gênero rock. Mas não deixa de ser uma festa linda, a recepção do público foi negativa, ao ser divulgado o nome da nossa banda entre as atrações locais. Uma pena ver certa intolerância no meio de um gênero musical que sempre se disse revolucionário, tanto como música mas também como forma de vida. Ainda assim, estamos animados. Será um show incrível, muito incrível". (Ton Pereira, teclado)
# 0h - Project 46
> Até o fechamento desta reportagem a Inabitual não
tinha foto com a formação da banda que tocará no evento
# 1h20 - Inabitual: "Com esta edição de julho de 2014 é a quinta vez que a banda Inabitual toca no evento. Para a banda, representa uma responsabilidade muito grande de representar a nossa cidade em um evento que contará com a presença de grandes bandas internacionais e sempre uma oportunidade de mostrar o nosso trabalho. As novidades nos agradam muito, mudanças são sempre bem vindas". (Eduardo Henrique, vocal)
# 2h - Sepultura
> A banda Black Mula tocará no lugar de Figurótico (foto)
# 3h20 - Figurótico: "Nós tocamos na primeira edição, 2004, no dia do Ultraje e Ira! e mais em outros VRs do Rock. Ficamos anos de fora de alguns também, e tocamos no do ano passado. Não tenho com exatidão quantas vezes tocamos neste evento. Este contrataram atrações internacionais, mais para o lado do metal, com isso o nome do festival se elevará, certamente. Para nós é muito positivo estar na agenda do rock, pois vivemos de fazer shows, a banda sempre tem de estar em movimento. No do ano passado estávamos com nosso segundo disco fresquinho. Neste ano já começamos a preparar as músicas do terceiro disco, mas ainda não tocaremos essas, só para o segundo semestre. Muitas bandas que não tocaram no ano passado entraram neste. Achei positiva a iniciativa da secretaria selecionar as bandas que entrariam nos festivais em vez de serem "sorteadas". Não sou a favor de sorteio, nesses casos. O sorteio faz com que bandas que nasceram na semana passada toquem, deixando bandas com carreira de fora". (Figurótico, vocal e guitarra)
Edição impressa
Capa oficial
Capa opcional (não foi impressa por prtoblemas técnicos)