
(Foto: Divulgação)
Maria Bunita, seis meninas que tocam um repertório
variado que vai de Guns N´Roses a Anitta, passado
por Ana Carolina, Leoni e Madonna; tudo acústico
André Aquino
Em meio ao exíguo universo alternativo de Volta Redonda, apresento e recomendo uma excelente opção de lazer noturno a esse público: "Baladinha", do promoter Flávio Lavigne. A festa, que é realizada uma vez por mês no Bosque da Lua, no Laranjal, é o triunfo de diversão para aqueles que já estão chegando aos 30 e querem curtir uma noite com os amigos sem esbarrar com adolescentes de fabricação em série e com os hormônios à flor da pele.
Na sexta-feira, 25, fui com um grupo de amigos na terceira edição da festa ("Tributo Madonna"). Todos meus companheiros de balada saíram satisfeitos, dizendo que iriam voltar na próxima edição. E eu também.
A organização acertou em cheio na escolha da banda ao vivo: Maria Bunita, seis meninas que tocam um repertório variado que vai de Guns N´Roses a Anitta, passado por Ana Carolina, Leoni e Madonna. Tudo acústico. Boa música e com o volume suficiente para que não precise gritar para conversar com a pessoa ao lado e nem volte para casa com zumbido no ouvido. Um bom set dos DJs intercalando com os intervalos da música ao vivo.
O Bosque da Lua é o cenário ideal para "Baladinha": aconchegante e arborizado, integrando o bar com o bosque do Laranjal. "É muito romântico", definiu um amigo. E ele tem razão. A festa é para aqueles casais que querem dançar, conversar, namorar e encontrar com pessoas interessantes. "É tudo light", comentou outra amiga. "Volta Redonda estava precisando disso", complementou.
Havia tempo que andava insatisfeito com a noite alternativa de Volta Redonda. Acreditava que as poucas opções de lazer noturnas estavam abarrotadas de pessoas com a metade de minha idade e do meu bom senso. Aquelas que ficam a metade da balada buscando um cenário perfeito para apenas postar uma foto no Facebook e levantam a mão só para mostrar a pulseira da área vip. Não tinha mais paciência também para aquelas bissexuais sebosas, drogadas e com brincos no corpo inteiro. Mas a "Baladinha" do Bosque da Lua me mostrou que Volta Redonda tem boas opções e que vale a pena sair de casa para curtir uma noite com os amigos.
Só espero que donos de muquifos eletrônicos alternativos, que sobrevivem por décadas fazendo vista grossa ao uso de drogas e à prostituição, não se invejem e atrapalhem uma festa tão cult.
> André Aquino é jornalista
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Nota do editor
A festa foi bem legal mesmo, e é uma boa opção, sim. Só erraram no nome. Não foi um tributo a Madonna. De Madonna, só tinha mesmo os clipes que eu emprestei, um ou outro remix pelos DJs e umas três canções ao vivo interpretadas pela banda. Para quem é fã de verdade da Rainha, como eu (não era o caso da maioria do público, ao que me pareceu), o "tributo" ficou devendo. E só mais um detalhe: Madonna se escreve com dois "Ns" e não com apenas um, como estava no flyer. Mas o projeto "Baladinha" merece vingar. Recomendo. (Cláudio Alcântara)