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Aruanas

Sentinelas da natureza

Produção original Globoplay inspira reflexão e questionamentos sobre o papel de cada um de nós na preservação e defesa do meio ambiente e no cenário político atual

Crítica  –  20/07/2019 12:19

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(Foto: Divulgação)

Protagonistas: Clara (Thainá Duarte), Verônica (Taís Araújo), Natalie (Debora Falabella) e Luiza (Leandra Leal)

 

E lá vamos nós mais uma vez destacar uma produção brasileira. Desta vez falo de “Aruanas”. A nova série com o selo global, produção original Globoplay, foi lançada em meio a grande expectativa, principalmente pelos temas abordados. A questão ambiental é colocada de maneira contundente, com a proposta de mostrar a destruição e depredação estrangeira da Amazônia, com foco no desmatamento, mas também abrindo o leque e mostrando a realidade pesada da região, como a dizimação de povos indígenas e a exploração sexual infantil.

“Aruanas’ é baseada em fatos reais, com livre adaptação de Estela Renner e Marcos Nisti, e a colaboração de Pedro Barros. A direção artística é de Carlos Manga Jr. e a direção geral também é de Estela.  Coproduzida pela Maria Farinha Filmes, estreou com sua segunda temporada já garantida. O que é uma ótima notícia, diante da qualidade do que foi apresentado na primeira. O desenvolvimento do trabalho foi tão cuidadoso que os autores e atores tiveram consultoria do Greenpeace, com atuação no Brasil e em outros países. A parceria foi tão produtiva que a organização internacional está colaborando na distribuição internacional. Além do Greenpeace, os produtores contaram também com a colaboração da Anistia Internacional, WWF, Global Witness, Rainforest Foundation e Avaaz, em um total de 28 ONGs, em todo o mundo. 

Quarteto feminino; grandes atuações 

A trama acompanha Luiza (Leandra Leal), Natalie (Debora Falabella) e Verônica (Taís Araújo), fundadoras de uma ONG de defesa do meio ambiente, e a estagiária Clara (Thainá Duarte), na investigação de uma denúncia anônima, crimes e uma série de evidências que ligam uma poderosa mineradora a garimpos ilegais na Amazônia. Esse quarteto traduz o núcleo principal de “Aruanas”, que entrelaça os temas polêmicos com seus dramas pessoais que também envolvem do início ao fim, sem que o roteiro perca o ritmo ou o rumo. Quanto às atuações, são todas grandiosas e mostram mais uma vez o amadurecimento do segmento de séries brasileiras.

Se prepare para sentir revolta, indignação e muita emoção durante os dez episódios cheios de reviravoltas do início ao fim. No pacote vem também a dura constatação de que a noção do que acontece por lá e em outras regiões do país é mínima por grande parte da sociedade. O Brasil é um dos líderes em assassinatos de ativistas que trabalham nas questões ambientais e fundiárias. “Aruanas”, palavra de origem tupi que significa “sentinelas da natureza”, inspira reflexão e questionamentos sobre o papel de cada um de nós na preservação e defesa do meio ambiente e no cenário político atual. 

A segunda temporada não terá Taís Araújo. Ela se desligou do elenco fixo do projeto para se dedicar à novela “Amor de mãe”. Mesmo é certo que fará uma participação especial na continuação.

Uma curiosidade: O tema “Quem?”, de Maria Gadú, é a trilha de encerramento da primeira temporada. A cantora e compositora fez uma versão especialmente para a série.

“Aruanas” estreou no dia 2 de julho na plataforma Globoplay e em mais 150 países. Na TV aberta entrou na programação no dia 3. 

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Por Silvaninha Medeiros  –  silvaninhamedeiros@live.com

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