(Fotos: Divulgação) 

Pré-Carnaval: Um mar de foliões lota ruas do Aterrado; é a autêntica manifestação popular 

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“Ilha (São João) que nada! Pré-Carnaval é na rua”. A afirmativa é da universitária Glauce Ribeiro, 21 anos, entre um gole e outro de cerveja, durante o desfile do Galo Vermelho. O bloco estreou neste ano na festa do momo em Volta Redonda. E começou bem. Segundo informações da Polícia Militar, mais de cinco mil foliões participaram da concentração, na Avenida 17 de Julho, no Aterrado. 

O mar de gente começou a se formar às 13h ao som de sambas enredos, marchinhas e músicas atuais. 

- O verdadeiro Carnaval está nas ruas. É uma festa popular. Não podemos perder essa essência - resume Glauce, que confirmou a presença para em 2017. 

- Estarei aqui novamente. 

Luciano Campos, presidente do Galo Vermelho, conta que teve apenas 20 dias para organizar o bloco, inclusive as documentações necessárias. 

- Fomos um dos poucos blocos que conseguiram sair na rua. Havia muita exigência - diz ele, que continuou: 

- Estou com sentimento de dever cumprido. Não só pela missão de colocar nosso bloco na rua nesse primeiro ano, mas por ter colocado nosso bloco na rua de verdade. Isso pra mim foi a maior vitória, ver as pessoas se divertindo, muitas famílias, muitos idosos e um público jovem que deu exemplo do que deve ser um Bloco de Carnaval. 

O presidente do bloco confirmou que, em 2017, terá uma novidade: Galinho Vermelho, voltado exclusivamente para as crianças e começará duas horas antes do bloco dos adultos. 

- É para os pais levarem as crianças e ensiná-las como se brincar de verdade o Carnaval - adianta Campos. 

Um toque político na folia 

Galo Vermelho já faz sucesso nas principais capitais, como Rio e SP, e agora chegou à região

Para quem não sabe, Galo Vermelho é um bloco nacional, que existe principalmente nas capitais, como Rio e São Paulo, e que agora está chegando na região.  

- São organizadas por pessoas com ideias progressivas, de esquerda. São aqueles que acreditam em cultura popular - diz Luciano Campos. 

As “Piranhas” do São Geraldo 

Outra turma que conseguiu se divertir neste fim de semana nas ruas de Volta Redonda foi o tradicional Bloco das Piranhas. Sem brigas ou impedimento da prefeitura. Centenas de foliões se reuniram na Rua Tenente Antônio João, em frente à igreja católica do bairro. 

- Já é uma tradição o bloco. Quem nunca participou de um bloco das piranhas? Lembro quando era criança que meus pais me levavam no bloco na Vila Santa Cecília. Hoje, eu trago os meus dois filhos. A única regra aqui é se divertir, sem medo de ser feliz - afirma o metalúrgico Gustavo Ramos, 37 anos, que não dispensou a peruca amarela com as roupas largas da sogra. 

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Público LGBT 

Enquanto as ruas de Volta Redonda ficam vazias nos quatro dias de folia, o pré-Carnaval da cidade ganha força a cada ano. E têm opções para todos. A boate Auê, voltado para o público LGBT, realizou a sua festa no sábado passado. 

- Acredito que não existe clima de festa maior do que o Carnaval. Não podíamos deixar a data passar em branco, com isso surgiu a ideia de uma festa carnavalesca - disse Fábio Fernandes, promoter da casa noturna. 

- Essa foi a décima edição da festa “Santaloka” que apresentou um baile de Carnaval com referências dos anos 80 e 90. A ideia era relembrar as matinês que a gente ia quando era criança, os DJs tocaram as músicas de Carnaval que faziam sucesso na época. A cenografia foi elaborada pelo Markos Paulo, que também assinou as decorações das últimas edições. A decoração é muito importante, o cenário faz com que a gente entre mais rápido no clima da festa, por isso buscamos elementos que se associavam à época, ficou incrível. No Carnaval as pessoas se permitem mais, não tem clima igual, dá vontade de fazer festa com tema de Carnaval o ano todo.