Postada em: 07/04/2014 - 12:51:37
Atualizada em: 20/04/2014 - 11:22:42
(Fotos: Divulgação)
"Efêmera" teve como ponto de partida de pesquisa dois pilares: o humano e o amor
"Deslocar o espectador para dentro do lugar onde acontece a ação, avançando o proscênio para a plateia, dando mobilidade ao espaço e ao público, oferecendo uma multiplicidade de ângulos de visão e estimulando a participação ativa do público" (Ines Linke em O espaço performático). "Efêmera", que será apresentada em 26 e 27 de abril (sábado e domingo), às 20h, no Gacemss (Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva), em Volta Redonda, bebe dessa fonte. A peça é a atração deste mês do projeto Cena Papagoiaba, uma parceria entre o Coletivo Teatral Sala Preta (Barra Mansa) e o Gacemss.
O projeto, segundo o Sala Preta, está aberto para artistas e grupos artísticos regionais, com trabalhos autorais. Estreou em março, com "Galo na rinha" (veja aqui a reportagem).
O inevitável assunto é a morte
Em 2013, o espetáculo se reinventou; teve sua reestreia
em setembro, no Teatro do Sesc, em Barra Mansa
"Efêmera", segundo o material de divulgação da peça, é uma obra híbrida. "Uma arte em trânsito, uma pesquisa que converge teatro, performance, artes visuais e música. Conexões como amar e perder, amar e ser só, amar em segredo, fazer amor, doer de amor ou temer o amor, tornam-se reflexões neste encontro onde o inevitável assunto é a morte", resume o Sala Preta na sinopse do espetáculo. O texto de apresentação de "Efêmera" detalha melhor a peça:
"A Efêmera sempre teve como ponto de partida de pesquisa dois pilares: o humano e o amor. Nos primeiros anos trabalhamos com uma compreensão mundial e histórica sobre o tema. Usamos como referência artistas plásticos e músicos brasileiros, grandes poetas e escritores universais. Para a nova Efêmera a pesquisa amadureceu bastante, desta vez partimos de células que foram desenvolvidas e apresentadas pelos atores. Essas células são parte de pesquisa individual, o amadurecimento de uma poética pessoal que persistia dentro de outros laboratórios artísticos e que resolvemos nos debruçar diante disso e iniciar o trabalho partindo do micro. Descobrimos que dentro de cada célula existia um universo rico de desejos e questionamentos que poderiam alimentar um corpo. Assim, o corpo da Efêmera tem sido alimentado pelo desdobramento desse material e meu papel foi encontrar o que perpassava estas células. O processo criativo é mágico, ele nos conduziu à essência da pesquisa da Efêmera: o humano e o amor. Dentro de cada célula havia o essencial, não foi difícil descobrir que o que ligava todas elas era o inevitável desejo de se ter amor. E o amor pode ser o desejo de encontrar o outro para compartilhar a solidão, a perda, os segredos, o sexo e a dor".
Um pouco sobre o Coletivo Teatral Sala Preta
O Coletivo Teatral Sala Preta é o encontro de artistas de diferentes vertentes que carregam consigo uma trajetória teatral, poética, estética e empreendedora diferentes e, desde 2009, se dedicam à produção, pesquisas e novas experimentações. Desde sua união, o Sala Preta cria obras que investigam o espaço: a rua, as casas noturnas, escolas, fachadas de prédios, florestas, os rios e parques. Para o grupo, todo espaço é potencialmente palco.
A "Efêmera", espetáculo criado a partir de um núcleo de pesquisa do teatro pós-dramático do Sala Preta, teve sua estreia em 2011 e por duas vezes foi apresentada em um espaço não convencional - o Piano´s Bar Embaixador, em Volta Redonda. Em 2013, o espetáculo se reinventa ocupando de maneira não-convencional um edifício teatral. Teve sua reestreia em setembro, no Teatro do Sesc (Serviço Social do Comércio) em Barra Mansa.
Quem é quem no espetáculo
. Direção: Nathália Dias Gomes
. Autor: Dramaturgia Coletiva
. Elenco: Bianco Marques, Danilo Nardelli, Lucas Fagundes, Thiago Delleprane e Viviane Saar
. Luz: Rafael Crooz
. Técnico: Marcelo Bravo
. Som: Bianco Marques
. Cenografia: Thiago Delleprane e Nathália Dias Gomes
. Figurino: Thiago Delleprane
. Artistas colaboradores: Ana Costa, Marina Coni, Cambar Coletivo, Diego Molina, Fernando Lopes Lima, João Bosco Millen, Isabel Carneiro
. Produção: Viviane Saar
. Assistente de produção: Kaline Leigue, Suzana Zana e Clarissa Anastácio
Serviço
> Efêmera - Espetáculo em três atos. Duração: 2h30. Classificação: acima de 18 anos. Dias 26 e 27 de abril (sábado e domingo), às 20h, no Gacemss. Rua 14, nº 22, Vila Santa Cecília, em Volta Redonda. Telefone: (24) 3342-4202.