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Colunistas: Natural da cidade do Rio de Janeiro. Docente universitário. Filósofo. Biólogo. Poeta. Articulista. Pesquisador e docente convidado em Filosofia da Cultura, Educação e Política do Grupo BILDUNG/IFPR. Pesquisador em Filosofia Africana no grupo AFROSIN/UFRRJ. Docente na especialização em Direitos Humanos, Racismo e Saúde DIHS/FIOCRUZ/ENSP.
É assustador perceber que há pessoas que não se importam com os que se foram e com os que ficaram experimentando a dor da perda de entes ou amigos queridos, vítimas da Covid-19
O direito à vida e as ações coordenadas entre os poderes, seus agentes e a sociedade devem ser o núcleo de esforços por parte de todo o corpo social
Em um momento de tamanha gravidade, necessitamos mudar o nosso olhar sobre a existência humana e por consequência rever prioridades e condutas
Movimento negacionista sustenta-se em teorias e discursos conspiratórios, sem aprofundamento, que acabam favorecendo disputas ideológicas, interesses políticos e religiosos
Bem que o coronavírus, à semelhança de pestes que alteraram o curso da existência humana, poderia funcionar pedagogicamente para nos desafiar a deixarmos de ser o que somos, para buscarmos ser de outro modo
Nunca acreditamos que nós ou nossos entes queridos serão infectados; tal ideia nos aterroriza e assim precisamos negá-la
Em nossa atualidade a sombra do autoritarismo se torna cada vez mais intensa, muito talvez pela culpa da própria democracia
O que aconteceu no caso do Capitólio nos EUA, na forma de um espetáculo grotesco e irresponsável, em meio a uma pandemia, revela uma prática antidemocrática mais e mais comum: a da violência
Já que tanto se fala em um novo tempo pós-pandemia do novo coronavírus (Covid-19), precisamos nos movimentar ainda no interior dela, para criarmos e praticarmos novas relações e atitudes
Devemos valorizar o reino da vida; trocar reinos pueris, individualistas e egoístas por uma vacina que seja comprovadamente eficaz e segura
Em nossa contemporaneidade da indústria cultural, da tecnificação, planificação, consumo e produção, tal atividade é percebida como um luxo, coisa de maluco ou de alguém que não tem nenhum tipo de ocupação
Aprenderemos algo com tudo que estamos passando e nos esforçaremos para mudar, ou no fim das contas muito deste ano só se tornará uma reprodução disfarçada de algo novo?
Deve-se começar admitindo-se, e mais do que isso, conscientizando-se de que somos uma sociedade racista
A sociedade, em todos os seus segmentos, precisa atuar na luta antirracista de modo mais intenso e compromissado
Comum em nosso país, é desvalorizada, ocultada e tenta-se inclusive destruí-la completamente