Publicidade

RH

Popular e Tradicional

Sala Preta estreia "Contos Brasileiros" no Sesc Barra Mansa

Serão cinco novas histórias, das diferentes regiões do país; histórias encenadas têm aproximadamente 20 minutos cada, para público a partir de 6 anos

Teatro  –  18/08/2013 10:50

1

(Fotos: Divulgação/Marcelo Bravo)

Projeto Viajando na História, realizado pelo Sesc Barra Mansa
desde 2002, vem despertando nas crianças o gosto pela leitura

Algumas das principais formas de registro e preservação da cultura de um povo são os contos populares e tradicionais. Despertam sentimentos universais em cada comunidade à sua maneira. Seus enredos tratam de personagens característicos do imaginário popular. Vivenciar essas histórias possibilita ao espectador a experiência única e singular de trilhar diferentes caminhos de aprendizagem. Por isso, o Coletivo Teatral Sala Preta de Barra Mansa criou o projeto Contos dos Continentes, que está em cartaz no Sesc (Serviço Social do Comércio) Barra Mansa, desde 2012, todos os domingos às 15h30. Tudo isso faz parte do projeto Viajando na História, realizado pelo Sesc Barra Mansa desde 2002 e que vem despertando nas crianças o gosto pela leitura.

O coletivo chama a linguagem de "histórias encenadas", pois o formato se distancia de uma contação de história tradicional, com o livro na mão. Na programação já definida até dezembro, as histórias são contatadas a cada mês sobre um continente, e a cada semana um país. Ao todo já são 20 histórias e aproximadamente 20 minutos. Em agosto o Sala Preta aproveitará o mesmo formato desenvolvido há dois anos para oferecer uma programação especialmente dedicada a Contos Brasileiros. Serão cinco novas histórias, das diferentes regiões do país.

Para serem levadas a qualquer lugar

2

Para um dos produtores do projeto, Bianco Marques, os "Contos dos Continentes" se propõe a adequar-se a diferentes ambientes e para um público amplo e eclético, justamente por seus aspectos peculiares. O artista além de produzir o projeto ainda dirige ou atua em pelo menos dez dos 20 contos. As histórias encenadas têm aproximadamente 20 minutos cada, para um público a partir de 6 anos. Bianco destaca a capacidade de adequação das histórias que foram concebidas para serem levadas a qualquer lugar e completa:

- Apesar de o projeto ter sido concebido, em sua plenitude, para apresentar todas as histórias, é possível, sem subtrair sua importância, apresentar uma história isolada para um público específico.

A pesquisa dos diferentes sotaques

3

Nathália Dias Gomes, atriz do Sala Preta, destaca a pesquisa dos diferentes sotaques e considera esse o maior desafio da nova programação:

- De manhã estamos no nordeste, e logo depois do almoço nos debruçamos em bombachas e chimarrões.

Para Danilo Nardelli, que dirige a história que se passa no Vale do Araguaia, entre os estados de Mato Grosso e Goiás, o projeto cresceu muito e a cada história os artistas aprendem mais, e podem ter contato mais estreito com as diversas formas de cultura que existem no mundo todo. Para Rafael Crooz, que dirige o conto “Pavão misterioso”, a programação especial de contos brasileiros estará bem recheada de músicas e canções populares do nosso país.

Recomendado para escolas, centros culturais e organizações que estimulam a leitura e a fruição cultural e artística de diferentes povos.

Um formato de histórias encenadas

4

Desde de 2002 o Sesc Barra Mansa realiza o projeto Viajando na História. Em 2011 o Sala Preta insere-se na programação desse projeto, com a proposta inicial de apresentar histórias diferentes semanalmente. O coletivo lançou mão de sua experiência com o teatro de rua e, aliado à linguagem das contações de histórias, transformou suas apresentações em pequenos espetáculos teatrais. Ampliaram-se consequentemente as investigações em elementos cênicos, como os figurinos, adereços, músicas, manipulação de objetos, e a ocupação de espaços não convencionais. Os artistas chegaram a um formato de histórias encenadas, uma nova abordagem que desperta o interesse de um público cada vez maior.

O êxito das histórias levou a prorrogação das atividades para 2012. Naquele ano foi criado o projeto Contos dos Continentes, focado em pesquisa de histórias que representem diferentes partes do mundo. A cada mês um continente é representado, e a cada semana um país. Dessa forma, as histórias teatralizadas compõem o repertório do Sala Preta, com a possibilidade de apresentações em diferentes formatos. Em dezembro de 2012, os Contos dos Continentes integraram a programação da Tomada Urbana - Ato IV, com uma linguagem de rua, destacando a versatilidade das montagens para adaptarem-se a diferentes ambientes. Em 2013, o Sala Preta retoma a agenda do ano anterior e volta a ocupar as tardes de domingos no Sesc Barra Mansa. Neste mesmo ano estreia a programação especial dedicada aos Contos Brasileiros. São cinco histórias das diferentes regiões geográficas do país.

Confira a programação completa

6

(Foto: Divulgação/Clarisse Melo)

# Dia 4 agosto - A salamanca do Jarau (Rio Grande do Sul). Com Kaline Leigue e Rafael Crooz. Direção: Bianco Marques. O Cerro do Jarau é um lugar mítico que fica em Quaraí (RS) onde existe uma lenda e muitos mistérios. Dizem que em uma das cavernas existentes por ali habita a Teiniguá, um ser mágico com corpo de lagartixa e cabeça de pedra preciosa. Quem capturar esse ser será herdeiro de uma enorme fortuna. Uma história cheia de magia contada por dois boiadeiros encantados.

# Dia 11 - Quem tem medo de assombração? (Minas Gerais). Com Clarissa Anastácio e Suzana Zana. Direção de Thiago Delleprane Quando a noite vai caindo, a luz ficando mais baixa, dá aquele frio na barriga. Já é hora de dormir, mas sempre dá tempo de contar uma boa história sobre fantasmas. É pra arrepiar o esqueleto e ficar de cabelo em pé. Vamos brincar com a luz e a sombra e descobrir quem tem medo de assombração.

# Dia 18 - O Araguaia dos Carajás (Vale do Araguaia). Com Thiago Delleprane e Bianco Marques. Direção: Danilo Nardelli. Uma dupla sertaneja, Pirão e Piranha, chega do sertão de Goiás e entre modas de viola sertaneja conta histórias dos índios Carajás, que vivem às margens do belíssimo Rio Araguaia.

# Dia 25 - Pavão misterioso (Sertão Nordestino). Com Nathália Dias Gomes e Danilo Nardelli. Direção: Rafael Crooz. Adaptado de um romance em cordel, é a história de amor mais conhecida do Nordeste brasileiro. Evangelista, jovem rico e de outras terras, encontra Creuza, uma donzela fadada por seu pai ao confinamento. Com uma invenção misteriosa e encantadora ambos cruzam os céus por amor.

# Dia 1 de setembro - O boto (Amazônia). Com Clarissa Anastácio e Rafael Crooz. Direção: Nathália Dias Gomes. No norte do nosso país reza a lenda de que mulher que engravida sem marido espera filho de boto. O caboclo jura que é verdade. Será? Para desvendar esse mistério vamos contar uma das histórias mais conhecidas da Amazônia brasileira revelando a imensa e diversa cultura daquela região.

Serviço

> Projeto Contos dos Continentes - Todo domingo, às 15h30, no Sesc Barra Mansa. A Classificação é livre. Mais informações aqui.

Por Bravo  –  marcelobrv@gmail.com

Seja o primeiro a comentar

×

×

×