Publicidade

RH

Não é Doença

Entenda sobre a Síndrome de Down

Saiba como melhorar o desempenho das crianças na escola, o diagnóstico, tratamento e a importância do acompanhamento médico

Artigos  –  20/09/2023 17:33

11097

 

(Foto Ilustrativa)

Além das características físicas, as pessoas com a síndrome podem ter déficit cognitivo, dificuldade de comunicação e redução do tônus muscular

 

Luciana Brites 

Antes de tudo é fundamental explicar que a Síndrome de Down não é uma doença. Ela acontece quando a criança apresenta trissomia do cromossomo 21, ou seja, nasce com a ocorrência genética de um cromossomo 21 a mais nas células. Os pais devem estar cientes de que elas podem se desenvolver de modo a alcançar autonomia e qualidade de vida. 

As pessoas com Síndrome de Down apresentam algumas características físicas, como baixa estatura; olhos puxados e amendoados; sobrancelhas unidas e face achatada. Além disso, podem apresentar questões de saúde, como atraso no desenvolvimento; déficits auditivos, de visão e de coluna, e problemas neurológicos. 

Também podem apresentar déficit cognitivo, dificuldade de comunicação e redução do tônus muscular. Na escola, o desempenho delas melhora quando as instruções dadas são mais visuais. A aprendizagem desses pequenos é facilitada quando são usados modelos e exemplos que possam ver, de preferência com ilustrações grandes e símbolos. 

A repetição das orientações em sala de aula também é essencial. É importante reforçar comandos e solicitações para que os estudantes possam compreendê-las.  Deve-se sempre utilizar uma linguagem verbal simples. Lembre-se de que crianças com Síndrome de Down não são todas iguais. Aliás, toda criança típica ou atípica tem sua individualidade e especificidades e, como qualquer criança, não merecem ser colocadas em uma caixinha. 

O diagnóstico da Síndrome de Down pode ser feito durante a gravidez, através de exames realizados no pré-natal. Porém, o diagnóstico também pode ser realizado no pós-parto. 

O tratamento é feito de acordo com a identificação das necessidades de cada criança. Além disso, há programas de intervenção precoce com equipe multidisciplinar que promovem uma melhor qualidade de vida para as pessoas com Síndrome de Down. 

É de suma importância que o acompanhamento médico seja mantido desde o nascimento. Portanto, por mais que não exista cura, o tratamento precoce é indispensável, pois ele pode propiciar uma ótima qualidade de vida e avanços significativos no desenvolvimento. 

É sempre importante lembrar que a partir da compreensão das semelhanças e diferenças podemos, juntos, enquanto sociedade, garantir o tratamento e a educação baseada em evidências científicas, o desenvolvimento e o crescimento saudável de todas as crianças. 

> Luciana Brites é CEO do Instituto NeuroSaber, autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem, pedagoga, palestrante, especialista em Educação Especial na área de Deficiência Mental e Psicopedagogia Clínica e Institucional pela UniFil Londrina e em Psicomotricidade pelo Instituto Superior de Educação ISPE-GAE São Paulo, além de ser mestra e doutoranda em Distúrbios do Desenvolvimento pelo Mackenzie 

 

Por Assessoria de Comunicação  –  contato@olhovivoca.com.br

Seja o primeiro a comentar

×

×

×