
(Foto: Divulgação)
Com direção de Adriano Melo e roteiro do ator baiano Luque Lacerda, “Sapatilha 37” é uma produção do coletivo Artífice Lux
A Mostra Avoantes de Cinema, no Centro Cultural Justiça Federal, no Rio de Janeiro, recebeu no sábado (16 de agosto) o curta-metragem “Sapatilha 37”. O filme marca um momento especial para a atriz e preparadora de elenco Gabi Luz, de Niterói, que atua em um duplo papel: no set, como intérprete da terapeuta Dra. Marina, e também nos bastidores, como responsável pela preparação de elenco.
Com direção de Adriano Melo e roteiro do ator baiano Luque Lacerda, “Sapatilha 37” é uma produção do coletivo Artífice Lux, fundado por Gabi Luz, Carla Purcina e Luque Lacerda. O grupo nasceu como espaço de pesquisa e criação entre atores, com encontros regulares de estudo da técnica de Ivana Chubbuck (que Gabi aprendeu com a preparadora Marina Rigueira, de quem, atualmente, faz parte da equipe) e outras técnicas. Hoje, o coletivo se firma como núcleo de autoprodução artística.
A força de um coletivo
Para Gabi, a experiência de atuar e preparar colegas no mesmo projeto foi natural.
- É a continuação de um trabalho que já fazemos há muito tempo no Artífice. A técnica Chubbuck nos dá autonomia para estarmos preenchidos e prontos em cena, então o processo fluiu de forma orgânica. Enquanto eu preparava, também me preparava. Foi um encontro muito vivo - conta.
O curta, que mergulha nas crises de um casal em sessões de terapia, é interpretado por Luque Lacerda e Carla Purcina, com participação de Edu Gardell. Gabi dá vida à terapeuta que media os impasses, construindo um espaço de escuta e revelação.
Cinema independente como ato de luz
A trajetória de “Sapatilha 37” reafirma a importância da colaboração no cinema independente.
- Esse filme só existe porque nos juntamos como coletivo e acreditamos no nosso propósito. É também um lembrete de que não podemos esperar sentados, precisamos criar, nos autoproduzir e mostrar ao mercado como queremos ser vistos - afirma Gabi.
O filme contou ainda com a direção de fotografia de Neon Maia, direção de arte de Bea Palma, figurino de And Santana, assistência de arte de Dan Vendramini e assistência de direção de Thai Aguiar.
A exibição do filme significou, para o Artífice Lux, uma celebração de encontros, de parcerias e de um propósito comum: transformar a arte em ofício e o ofício em luz.