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Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Arte, Emoção e Fé

Grupo Perspectiva encena vida, morte e ressurreição de Cristo

Espetáculo ganha versões para o Teatro do UGB/Ferp, Igreja do Monte D´ouro, em Valença, e Igreja Matriz de Santo Antônio, em Conservatória

Educação  –  16/04/2014 17:13

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(Fotos: Divulgação)

Espetáculo foi encenado na sexta-feira, 11, no Teatro do UGB/Ferp - campus Barra do Piraí 

O Grupo Teatral Perspectiva encena um espetáculo de arte, emoção e fé nesta quarta-feira, 16, às 20h, na Igreja do Monte D´ouro, em Valença. Na sexta-feira, 11, a experiência foi no Teatro do UGB/Ferp - campus Barra do Piraí. E, na sexta, 18, às 19h, será apresentado na Igreja Matriz de Santo Antônio, em Conservatória. Formado em 1997, conta com dez integrantes, entre atores, diretora e cenógrafo. O grupo monta o espetáculo desde 2006 e já foram mais de dez encenações. 

A diretora do Perspectiva, que é a professora de teatro do Programa Arte, Educação e Cidadania do UGB, Aline Batista, explica que a linha de trabalho do grupo é voltada para assuntos emblemáticos e atuais, usando uma linguagem simples que atinge públicos variados: crianças, adultos e idosos. Os trabalhos mais significativos são: "O circo dos brinquedos" (espetáculo infantil), "Vamos falar de sexo", "O pagador de promessas" e "A Paixão de Cristo". O grupo está trabalhando um texto de comédia, o projeto é para o fim do ano. 

Confira a entrevista com Aline Batista  

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Montagem em 2014 contou com os alunos do Programa
Arte, Educação e Cidadania, do Centro Cultural do UGB

Como foi o processo de concepção da peça "A Paixão de Cristo"? Quanto tempo levou para tudo ficar pronto? 

A ideia de montar o espetáculo surgiu em 2005, com o objetivo de atingir um público que pudesse assisti-lo de forma mais confortável, uma vez que a maioria das apresentações da "Paixão de Cristo" é itinerante, havendo a necessidade de locomoção e acompanhamento dos atores. A primeira apresentação foi em 2006, sendo que o processo criativo de produção e ensaios levou cerca de seis meses, abrangendo a confecção de figurinos e cenários, escolha da trilha sonora, gravação de áudio etc.

Essa nova montagem em 2014 com os alunos do Programa Arte, Educação e Cidadania, do Centro Cultural do UGB, estabeleceu novos desafios para o grupo, pois muitos são iniciantes e inexperientes. Para a construção dos personagens foi levada em consideração as características de cada aluno. Quanto ao figurino e cenário, foram mantidas as propostas da antiga apresentação com algumas adaptações, visto que é um texto histórico e as roupas seguem um determinado padrão. Já a luz e o som dependem muito do local onde vai ser apresentado, mudando de acordo com cada apresentação. O teatro do UGB oferece recursos técnicos que não temos na Igreja Matriz de Santo Antônio, em Conservatória. 

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O grupo monta a peça desde 2006 e já foram mais de dez encenações de sucesso na região

Qual a diferença entre encenar um texto que remete a um fato histórico de profunda emoção e outro texto fictício? 

São muitas as diferenças, mas a principal, que gostaríamos de destacar, é que no texto fictício o diretor tem mais liberdade de criação, adaptação e produção, já no texto histórico é preciso ter atenção e comprometimento, principalmente quando se trata de um texto bíblico como "A Paixão de Cristo". E, além da questão da religiosidade, o texto é previamente conhecido pelo público. 

Como o Grupo Teatral Perspectiva trabalhou a inserção de alunos do Programa Arte, Educação e Cidadania no espetáculo? Como surgiu essa parceria? 

A inserção dos alunos no espetáculo e a parceria surgiram devido uma proximidade entre as iniciativas, uma vez que além de diretora do Grupo Perspectiva sou a professora de teatro do Programa Arte, Educação e Cidadania. A montagem do espetáculo com os alunos foi um novo desafio e acrescentou muito na experiência, aprendizado e o desenvolvimento dos alunos. 

Qual foi a reação desses alunos ao saber que participariam da peça? Quantos são os alunos?  

A reação foi a melhor possível, encararam a proposta como um desafio a ser vencido. São 16 alunos: Ana Carla Garcia Pereira, Bruno Barbosa da Cruz, Cindy Christine dos Reis, Flaviany Carlos da Cunha Andrelino, Carolayne Vitória Jacinto Ferreira, Gabriel Garcia de Paula, Isabel Cristina Pereira Neves, Joice Carlos Elias, Luis Alan Santana, Marcos Nunes de Miranda Junior, Maria Eduarda Nogueira do Nascimento, Pablo de Oliveira dos Santos, Ramon Pereira Nogueira, Raphael Barbosa Amaral, Victor Hugo Jacinto Ferreira e Yasmin de Andrade Ambrósio. 

Foram realizadas três apresentações: uma no teatro do UGB e as outras em igrejas (Igreja do Monte D´ouro em Valença e na Igreja Matriz de Santo Antônio em Conservatória). O que muda basicamente de uma apresentação para outra, já que os espaços são bem diferentes? 

O que muda basicamente entre as apresentações é a estrutura da produção, a iluminação, a sonorização e também a marcação das cenas é bem diferente. Encenar no palco do teatro do UGB, um teatro equipado em padrões profissionais, é totalmente diferente de um altar de uma igreja, porém, ambos espaços são importantes e proporcionam aprendizados e emoções distintas para os atores. 

Como o público reage em cada um dos dois espaços? Os públicos são diferentes? 

A expectativa de público varia de acordo com os espaços, visto que o público alvo é bem diferente: no UGB o espetáculo é direcionado para os acadêmicos, professores e funcionários do campus Barra do Piraí; além dos pais, parentes e amigos dos alunos do programa, e a comunidade geral. Nas igrejas o público esperado são os fiéis e frequentadores das missas da Semana Santa. 

Serviço

> Centro Cultural Aracy Carvalho Di Biase - Rodovia Benjamin Ielpo, Km 11 (Estrada Barra do Piraí/Valença), Barra do Piraí. Telefone: (24) 2447-4726. Site.

Edição impressa

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Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

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