(Fotos: Divulgação)
Capa é uma fotografia da Acza Roosewelt; parte gráfica foi
desenvolvida por José Felipe Gaspariam e Ítalo Figueiredo;
gravação foi feita por Júlio Vitor pelo selo da Pandario
Já está disponível virtualmente o novo EP da banda Eu, Você e a Manga. Mariana Freitas (voz e guitarra), Maylson Pereira (guitarra e voz), Túlio Freitas (bateria), Fernando Gomes (baixo e voz) e Ton Pereira (teclado e sintetizadores) se dedicaram ao máximo para finalizar "Equinócio". São seis faixas que vão surpreender muita gente. A banda foi formada em 2011, segundo Maylson Pereira, com a ideia de experimentar sintomas diferentes.
- Sem muitas pretensões, as coisas foram se encaminhando para um lugar bom e assim os planos mudaram e com eles a banda também mudou. O que seria apenas um som de ukulele e escaleta agora é um banda completa e bem fixada num som densamente gostoso - diz.
Com o EP de estreia e um single, a banda já se apresentou nas casas mais representativas do cenário independente do Sul do Estado. O que mudou?
- O som mudou, a pegada também, mas continuamos com a mesma intenção de sempre: nos divertir! - enfatiza.
Veja uma apresentação da banda no show "Unir-Versos"
Confira a entrevista com Maylson Pereira (guitarra e voz)
De que trata "Equinócio", musicalmente falando?
O segundo EP da Manga é o trabalho mais bem elaborado que fizemos, pode-se dizer que é um uma mostra da cara que a banda sempre quis adotar. Mais guitarras, peso, e um pouco de algo que nem nós conseguimos definir.
Como foi o processo de concepção do EP? Quanto tempo levou para compor as músicas? Existe um conceito no disco?
A concepção do EP aconteceu de forma natural. Tínhamos músicas que precisavam ser gravadas. Assim todos podem ter a Manga no fone, bem pertinho, na hora que quiser. O EP tem uma mescla de músicas novas, algumas inéditas e outras que são conhecidas do público. O foco é mostrar o que somos de forma clara, ou seja, levar à tona o que está encoberto de alguma forma!
Como foi a experiência em estúdio? Muito diferente do palco?
A diferença do estúdio para o palco é bem clara. As gravações foram feitas durante todo o período do inverno. Gravamos a maior parte do disco na casa do nosso ex-guitarrista e hoje produtor musical da banda (Julio Vitor), é um ambiente familiar e costumeiro para nós, isso fez com que as gravações fossem executadas com o mínimo de tensão possível.
Faça um faixa a faixa do disco comentado, por favor.
1 - O mar sem ela: Fala de amor, porque o amor é a melhor coisa do mundo. Mas pra muita gente amar nunca é o suficiente. Essa música fala de esperança sem falar de expectativa.
2 - Contos de segunda-feira: A música foi composta pelo vocalista da banda Quarto do L, Vitor Fonte. Ele nos ofereceu a música num ensaio em que acompanhou e de cara todos gostaram e resolvemos gravá-la fazendo também um convite ao Vitor.
3 - Despertador: É um impulso que tira você da inércia. Te tira da cama e ao mesmo tempo diz: vai lá, a vida é agora, se vira!
4 - Vitória/ES: Trata da negação da existência do acaso, como se as coisas acontecessem porque têm de acontecer, mas pode também ser o hino dos relacionamentos à distância (risos).
5 - Carne: Foi toda construída em cima de um cavaquinho de três cordas. Alguns acordes invertidos e a pegada swingada provêm de experiências do samba boladão.
6 - Tereza: É um romance. Poderia ser um livro de Euclides da Cunha. O Nordeste é um mar de diversidades.
Vamos dar crédito à parte técnica do EP (capa, trabalho gráfico, gravação, masterização etc.).
A capa é uma fotografia da Acza Roosewelt, uma amiga que nos cedeu um trabalho lindo. Toda a parte gráfica foi desenvolvida pelo Zé (José Felipe Gaspariam) e pelo Ítalo Figueiredo, que nos acompanha desde o primeiro EP. A gravação foi feita pelo Júlio Vitor (ex-guitarrista da banda) pelo selo da Pandario, que também fez o trabalho de máster e mix junto comigo.
Hoje em dia não se ganha dinheiro com CD ou EP, é mais uma questão de registro do trabalho. Vocês concordam com isso? E a questão da pirataria, de baixar um CD inteiro pela internet de graça. Qual a avaliação da banda sobre essa questão?
Realmente dinheiro com venda de materiais da banda não aparece mesmo. Normalmente a venda de discos e camisas ou qualquer outro material nos shows serve para bancar o custo do próprio evento mesmo: rango, som e passagem. Acho que as bandas independentes já se adaptaram a isso e hoje a maior parte delas disponibiliza o trabalho gratuitamente. Forma fácil e simples de ter o público próximo com esse acesso fácil ao material.
Como está o mercado para as bandas que não são comerciais aqui na região? O que pode ser feito para melhorar essa questão?
Para as bandas que não são comerciais não existe mercado, existe uma cena onde as próprias bandas ou alguns produtores organizam os eventos. Acho que ser comercial ou não é uma escolha do artista e não de algum tipo de mercado.
Vai rolar clipe de alguma música do EP?
Sim, já estamos trabalhando juntamente com o Diego Bonifacio e Marcela Aguiar, ambos da Casulo Roots, e em breve teremos um clipe maneiro na rede.
Além do lançamento virtual, vai rolar show de lançamento?
Não temos nada confirmado ainda. A ideia é seguir a agenda de show normalmente e talvez bolarmos uma festa em alguns dias para celebrarmos tudo isso com nossos amigos.
Já pensam na gravação de um CD completo? Projetos, o que vem por aí?
Para nós os planos de longa data não funcionam muito bem, as coisas fluem como se não existissem pré-concepções. Quando nos sentirmos prontos para um álbum com mais de nove faixas, sem dúvidas, faremos. E sobre projetos estamos trabalhando num clipe e numa contratação de um piloto de helicóptero.
Serviço
> Eu, Você e a Manga - Equipe: Juliana Freitas (gerente de mídias sociais), Letícia Angelin (fotografia), Beto Oliveira (assistente de som) e Beto Freitas (foto e vídeo). Acompanhe as novidades no Facebook da banda. Faça o download EP Equinócio. Ouça o EP aqui.