(Foto: Divulgação)
Sucesso: Evento reuniu mais de 300 pessoas de municípios da região sul fluminense
A oportunidade de debater o assunto, trocar diferentes tipos de conhecimentos e experiências. Assim foi o III Simpósio do Transtorno do Espectro Autista: Um Olhar Transversal, realizado em 4 de abril no UGB - Centro Universitário Geraldo Di Biase, campus Barra do Piraí, a partir das 8h. Contou com a participação de palestrantes renomados e com experiência na área. A Casa de Brincar organizou o evento.
- A Casa vem se empenhando para manter a qualidade do simpósio, com o aumento de sua experiência no assunto e os contatos feitos em cada evento estão propiciando o crescimento dos profissionais da região e melhorando a qualidade de vida das famílias de crianças com autismo. É também uma grande oportunidade para a região ser conhecida em todo o Brasil - diz a coordenadora geral do Centro Cultural do UGB, Luana Oliveira.
Foram quatro palestrantes convidados. Carla Gikovate, neurologista infantil, mestre em psicologia e especialista em educação especial inclusiva. Berenice Piana dá nome à Lei Brasileira de Proteção aos Autistas, Lei 12.764, mãe do autista Dayan. Marie Dorión Shenk, relações públicas, fez cursos sobre autismo, incluindo de RDI, nos Estados Unidos, e é mãe do Pedro, 8, e do Luís, de 6 anos - ambos autistas. Sonia Falcão, terapeuta ocupacional, especialista em saúde mental da criança e do adolescente. Atua com técnicas do programa Son Rise. Fundou o Programa Realizza com "Férias mais Divertidas" e "Autismo Encanta".
A primeira palestrante abordou o tema "Sugestões práticas para o dia a dia com criança TEA - Transtorno do Espectro Autista". A segunda falou sobre a sua experiência e luta na garantia de direitos e dignidade para os autistas.
A terceira focou o comportamento emocional. E a quarta: Aprendizagem lúdica e interativa.
Confira a entrevista com Luana Oliveira
Como surgiu a ideia de promover o III Simpósio do Transtorno do Espectro Autista: Um Olhar Transversal? Qual o objetivo?
A Casa de Brincar organizou o III Simpósio do Espectro Autista: Um Olhar Transversal com o objetivo principal de levar informações importantes sobre o autismo à sociedade. Em abril ocorre um movimento mundial de conscientização do autismo e a Associação Casa de Brincar promoveu essa iniciativa a fim de divulgar e ampliar o conhecimento da sociedade acerca da temática.
Por que a escolha do Centro Cultural para a realização do evento pela Associação Casa de Brincar? Já existia algum tipo de contato entre os dois envolvidos?
A Associação Casa de Brincar escolheu o UGB, por ser uma instituição de ensino reconhecida e respeitada na região sul fluminense. Além disso, de 2008 a 2011, o projeto anterior desenvolvido pela mesma equipe, o Espaço Educacional Casinha do Lago, já realizava suas mostras de artes no espaço do Centro Cultural do UGB, o que estabeleceu uma relação de parceria e já é o segundo ano que o simpósio é realizado no UGB.
O evento atraiu público de aproximadamente 300 pessoas. É um número bem significativo. A que os organizadores atribuem esse alcance?
A grande procura e o vasto alcance do evento são atribuídos pela atualidade e relevância do tema, a qualidade da programação com palestrantes renomados e reconhecidos e o pouco oferecimento de cursos de capacitação específica sobre o tema na região.
A temática autista vem conquistando cada vez mais espaço na mídia. Recentemente foi tema de uma novela. Isso é positivo? Ou existem pontos negativos nesse tipo de divulgação?
É positivo pela divulgação e abertura do tema para a sociedade geral. O ponto negativo é que, segundo os especialistas, na maioria das vezes, o mostraram de forma muito superficial. Algumas pessoas pensam ser apenas um isolamento do mundo ou até mesmo a simples mania de ficar se balançando, porém, o autismo vai muito além disso. Ele não é uma síndrome e sim uma alteração cerebral ou comportamental que afeta a capacidade da pessoa de se comunicar, de estreitar relacionamentos e de responder ao ambiente que a rodeia. Até hoje não existe uma causa específica, apenas suposições. Na verdade, é um leque de possibilidades, sem se descobrir as pontas.
O que é, desde quando existe e como atua a Casa de Brincar? Onde fica localizada?
A Casa de Brincar, uma Associação sem fins lucrativos, tem como principal objetivo o desenvolvimento de ações práticas em prol das crianças com autismo e suas respectivas famílias, por meio de intervenções amorosas e eficazes no dia a dia de seus filhos, proporcionando o fortalecimento do vínculo familiar, tão essencial ao saudável desenvolvimento do ser humano. Tem como presidente Carla Muller F. de Carvalho; como coordenadora técnica, Érica Messias; e coordenadora administrativa, Rosângela Abbud Fernandez.
A Casa de Brincar nasceu em março de 2012, como um projeto experimental, no mesmo espaço em que funcionava o Espaço Educacional Casinha do Lago, na Metalúrgica Barra do Piraí, mas com algumas adaptações. A equipe envolvida observava a necessidade de auxiliar as famílias de autistas.
Em 2014, a Casa de Brincar tem muito a comemorar e um dos motivos é o aumento representativo do número de famílias beneficiadas com o acolhimento e orientações que são prestados. Neste ano a Associação passou a assistir 30 famílias e a expansão é motivo de muito orgulho, pois crescer quase 50% em tão pouco tempo, de forma ordenada, mantendo a qualidade e determinação, sem perder seu foco no planejamento e compromisso em prol dos autistas não são fatores que acontecem ao acaso. Nos bastidores muito trabalho árduo, pesquisas, reuniões, comprometimento e amor fazem parte do cotidiano de quem veste a camisa e essa tem sido a fórmula do sucesso.
Que balanço o UGB e a Casa fazem do evento?
O evento foi um sucesso para as duas instituições, pois com uma programação de qualidade levou para o campus UGB de Barra do Piraí mais de 300 pessoas de vários municípios da região sul fluminense. O público destacou a organização e comprometimento da equipe da Casa de Brincar para a realização do simpósio, que contou com a estrutura das instalações e apoio do Centro Cultural do UGB na acolhida e realização do evento.
O Centro Cultural pensa em manter ativo esse contato com a Casa de Brincar?
Para o Centro Cultural foi um privilégio receber pelo segundo ano o Simpósio do Espectro Autista: Um Olhar Transversal, pois reconhecemos a importância e a qualidade do trabalho desenvolvido pela Casa de Brincar.
Novos eventos podem ser desenvolvidos em parceria?
Esperamos que a parceria se mantenha e estamos de portas abertas para organizações e eventos como este.
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