
(Fotos: Divulgação)
Autor convida o leitor a refletir sobre fé, mistério e condição humana
Entre as pedras milenares de uma ilha grega e o rumor das ondas do Mediterrâneo, Adib Khoury recria em “Patmos” uma jornada literária que ultrapassa os limites da ficção histórica. Mais do que narrar aventuras no século I, o autor tece um enredo onde fé, silêncio e destino se entrelaçam em um convite à reflexão sobre a condição humana. “Há lugares que guardam segredos eternos. Patmos é um deles”, resume o escritor. Clique aqui para comprar o livro.
O romance acompanha um jovem viajante que, movido por circunstâncias que parecem acaso - mas se revelam parte de algo maior -, atravessa cidades vibrantes como Éfeso, aldeias de pescadores às margens do Lago de Genesaré, desertos silenciosos e portos fervilhantes de mercadores. Nesse percurso, ele encontra personagens que desafiam sua compreensão do mundo: o sábio estrangeiro, a mulher marcada pela guerra que conserva intacta a dignidade, o primo misterioso que esconde mais do que revela.
Khoury explica que cada personagem carrega um fragmento de um enigma maior.
- A narrativa é como um espelho partido. O leitor precisa juntar os pedaços, decifrar o que não está dito, intuir o que permanece velado - afirma.
Mais do que reconstruir cenários históricos, Patmos se apresenta como uma meditação sobre a condição humana, sobre a tênue fronteira entre mito e realidade, fé e razão, visível e invisível. O autor defende que “a literatura pode ser uma fresta aberta no céu nublado - uma luz que guia, mas não entrega todo o mistério”.
A densidade do romance também se explica pela trajetória pessoal de seu autor. Adib Khoury nasceu em Beirute, no Líbano, em meados do século XX, em uma família cristã marcada por antigas tradições intelectuais. Desde jovem, dedicou-se ao estudo das línguas e das espiritualidades do Oriente, cultivando uma devoção especial às obras místicas que atravessaram séculos. Formado em Letras e Filosofia pela Universidade Saint-Joseph de Beirute, especializou-se em literatura e culturas antigas em Paris, dialogando com correntes contemporâneas da hermenêutica e da filosofia. Sua experiência como professor e escritor é marcada pela busca de uma palavra que una reflexão e beleza.
- Entre o estudo, o silêncio contemplativo e a escrita, aprendi que a literatura pode ser não apenas memória, mas também revelação - diz.
Com estilo poético e acessível, o livro busca emocionar o leitor comum e, ao mesmo tempo, provocar reflexões nos mais exigentes estudiosos. A obra se destina a amantes da ficção histórica, leitores de espiritualidade e filosofia, jovens e adultos em busca de inspiração.
- É uma narrativa que une aventura, beleza e mistério, mas também um convite a olhar para dentro de si - acrescenta Khoury.
No fim, “Patmos” não se resume a um romance histórico: é uma experiência literária e espiritual. Cada página carrega a tensão de um segredo prestes a ser revelado, conduzindo o leitor a perceber que as perguntas dos personagens - sobre coragem, destino e transformação - são, de alguma forma, também as nossas.
Quem é Adib Khoury
. Origem: Nascido em Beirute, Líbano, em meados do século XX, em uma família cristã de tradições intelectuais.
. Formação: Graduado em Letras e Filosofia pela Universidade Saint-Joseph de Beirute; especialização em literatura e culturas antigas no Institut Catholique de Paris.
. Carreira: Professor e pesquisador, estabeleceu diálogo constante entre as raízes espirituais do Oriente e o pensamento crítico do Ocidente.
. Estilo: Combina rigor histórico com escrita poética e contemplativa, unindo espiritualidade, filosofia e narrativa literária.
. Visão: “A literatura pode ser não apenas memória, mas também revelação”, define o autor.