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"Pau-Brasil", o segundo CD e trabalho atual de Vitor Pirralho

Disco se baseia na tríade da colonização brasileira: o português (branco), o índio e o negro africano

Música  –  24/04/2013 19:45

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(Foto: Divulgação/Maíra Gamarra)

Pirralho faz rap, não no sentido restrito da palavra, ele faz rap sem preconceitos

Hoje cedo no Facebook, na minha página principal havia uma postagem da Cris Braun falando de Vitor Pirralho. Abri o link e lá estava o site do cara com dois álbuns para download. Claro que baixei, ouvi e pensei: Tenho que compartilhar isso já! Seguem então para deleite dos leitores da editoria de "Música" o release do trabalho do Vitor, link para baixar os discos e tudo mais.

"O homem que come self serve-se a si próprio" 

Foi com seu rap-repente antropofágico de origem afro-indígena sustentado na cultura alheia que Vitor Pirralho (Vitor Lucas Dias Barbosa) ganhou a graça, não só de artistas como Ney Matogrosso, Zeca Baleiro e Pedro Luiz, mas também de conselheiros, curadores, jurados e produtores dos projetos culturais mais respeitados do país. 

O Vitor Lucas Dias Barbosa é professor de literatura brasileira e língua portuguesa, em sua atividade diária entrou em contato com a antropofagia oswaldiana e encontrou no discurso do Manifesto a inspiração para suas músicas. A partir daí, entra em cena o Vitor Pirralho, rapper que assume o princípio da devoração crítica da cultura inimiga, para assim aprimorar a sua própria cultura. 

Pirralho faz rap, não no sentido restrito da palavra, ele faz rap sem preconceitos. Sua música se utiliza de batidas eletrônicas que remetem ao estilo americano, no entanto, não se limita a isso, incorpora elementos regionais, africanos e jamaicanos. Seus temas são variados, mas com coerência, vão do social ao regional, do linguístico ao paisagístico, do cultural ao desbunde. Uma verdadeira miscelânea rítmica e temática com sotaque alagoano. 

A banda Unidade é composta por Pedro Ivo Euzébio (bateria e programações), Dinho Zampier (teclados), Luciano Rasta (percussão), André Meira (baixo) e Aldo Jones (guitarra). 

"Pau-Brasil", seu segundo CD e trabalho atual, se baseia na tríade da colonização brasileira: o português (branco), o índio e o negro africano. Tríade responsável por toda essa miscigenação cultural e social dos dias de hoje. Nesse disco, ele ainda conta com as participações, mais que especiais de: Wado, Cris Braun, Marcelo Cabral e Chamaluz. 

Discografia 

- Vitor Pirralho e Unidade - Devoração Crítica do Legado Universal (2008)
- Vitor Pirralho e Unidade - Pau-Brasil (2009).

Prêmios

- Premiado em 2003 pelo Alagoas em Cena, programa do governo estadual de incentivo às artes, com isso conseguiu recursos para gravação de seu primeiro trabalho.
- Em 2008, foi selecionado entre mais de 3.000 inscritos de todo o Brasil para participar do Programa de Mapeamento Cultural Rumos do Instituto Itaú Cultural edição 2007 - 2009, que mapeia as mais importantes formas e expressões artístico-culturais de todo território brasileiro. O fruto desse mapeamento é a série de shows no programa Rumos da Música exibidos pela TV Cultura nacional e uma série de DVDs com entrevista e apresentação do artista no teatro do Instituto Itaú Cultural na Avenida Paulista em São Paulo.
- Selecionado em 2009 pela Funarte (Fundação Nacional de Artes) e MinC (Ministério da Cultura), Vitor Pirralho é um dos 54 artistas de todo o Brasil que integram o Projeto Pixinguinha 2008-2009. Prêmio que possibilitou a gravação de seu segundo CD, "Pau-Brasil", e o lançamento do mesmo em um circuito de apresentações em três cidades do estado alagoano.

> Contatos: Pedro Ivo Euzébio / 55 82 8824 1313 / shows@vitorpi.com.br / site

Por Márcia Tunes  –  marciatunes@gmail.com

2 Comentários

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  • Ilda

    É UMA FORMA VALIDA DE MOSTRAR Á REALIDADE CULTURAL BRASILEIRA.

  • Claudio

    Perfeita associação entre letra e musica. Bom!