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Olhar Pop

Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

Um Som Eletrizante e Enérgico

Electric Dolls é a novidade no cenário musical de Volta Redonda

Banda faz pop dançante que busca associar música, figurino, teatralidade e presença de palco

Música  –  30/10/2014 16:10

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(Fotos: Divulgação/Tamer Brito)

Banda foi formada em outubro deste ano; base do repertório é composta
de hits de divas como Lady Gaga, Beyoncé, Katy Perry, Alicia Keys, Pink...
 

Electric Dolls é a nova banda de Volta Redonda que chega com a proposta de dar uma sacudida no cenário musical da região. Velás Velassco (vocais), Ian Kova (guitarras), Macauley (baixo) e Túlio Freitas (bateria) formaram a Bonecos Elétricos em 13 de outubro deste ano e já têm uma canção autoral. Mas a base do repertório é composta de hits de divas como Lady Gaga, Beyoncé, Katy Perry, Alicia Keys e Pink, entre tantas outras.

- A banda surgiu do meu desejo de voltar a cantar que o Ian me despertou. Na verdade nunca parei de cantar, eu canto o tempo inteiro. E com o Ian eu vi a oportunidade perfeita para juntar as ideias e fazer um som, já que ele era guitarrista e eu havia acompanhado o trabalho em sua antiga banda Licking The Curb - conta Velás Velassco (isso mesmo, o Will Velasco, que em 2012 ganhou o Prêmio OLHO VIVO - Categoria Cantor - e foi vocalista da Independence).  

Ian Kova completa:

- A Electric Dolls foi oficializada em 13 de outubro, quando convidamos nossos parceiros de música Túlio e Macauley para juntarem-se a nós e fazermos esse som pop, trazendo elementos oníricos, feéricos e lúdicos. 

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Quem é quem na banda
 

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# Velás Velassco: "Eu cresci em meio à música. Meus pais, os pais dos meus pais, sempre foram ligados a isso. Minha maior fonte veio da minha mãe, que aos 7 anos já tocava violão e aprendera sozinha. Comecei tendo aulas de teclado e piano, no Instituto Musical Rogério Valente, quando tinha 12 anos. E lá permaneci até os 18, depois fiz três anos de canto e hoje não paro mais de cantar".

# Ian Kova: "Comecei com 11 anos com cavaco, mas meu primeiro instrumento foi uma gaita, presente dos meus avós, Zulaine e Germano, em Itaqui (RS). Meu avô é um percussionista de mão cheia, tendo atuado como Montano numa peça de Shakespeare. Fiz dois anos de teatro com Stael de Oliveira, mas minha verve artística remonta meu bisavô polonês, que tocava qualquer instrumento de corda, e meu bisavô argentino Mário, que é um dos maiores gaiteiros do RS. Minha mãe, Silvana, sempre me incentivou. Na casa dos meus tios avós, Mara e Luis Biasi, sempre rolou um caldo musical e minhas primas Janice, Jalusa e Maiara Biasi, que cantam muito, me trouxeram influência e incentivo. Na música tenho dois ídolos, Cássia Eller e Steven Tyler".

# Túlio Freitas: "Ganhei minha primeira bateria aos 3 anos, de Natal, em troca das minhas chupetas. Consegui fazê-la durar até os 5, quando as peles todas rasgaram. Até os 7, quando ganhei minha primeira bateria profissional, usei panelas e um cinzeiro de vidro pra acompanhar as músicas no rádio. Fiz aulas de bateria no Instituto Musical Rogério Valente por um bom tempo e tô aqui hoje".

# Macauley: "Sempre fui influenciado desde a infância por tios e avós músicos, aos 8 anos costumava brincar com o violão que meu irmão ganhou de Natal, porém nunca aprendeu a tocar. Aos 10, tive minha primeira guitarra, influenciado por amigos de classe que queriam formar um conjunto, dentre eles, o Túlio Freitas. Desde então, nunca parei, praticando sempre em casa e recebendo aulas de guitarra e violão. Sempre fui admirador do estiloso som do baixo, e por intermédio do Ian e Velás voltei para esse instrumento que sempre admirei, mas pouco tive chance de tocar em conjuntos". 

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Confira a entrevista com Velás e Ian
 

Qual o significado do nome da banda? Foi escolhido pensando já na identificação com a sonoridade musical? 

Velás - Electric Dolls significa Bonecos Elétricos e com certeza foi pensado para que traduzisse bem nossa musicalidade e intenção de palco. Um pop eletrizante, enérgico. O pop é marcado por batidas dançantes, ele cria uma atmosfera vívida ao seu redor. Como vocalista, o estilo traduz todas as minhas potencialidades. Notas agudas, melismas, improvisação. E ele não fica incoerente se misturado a tons comparativamente elétricos de outros gêneros, como o rock, por exemplo.Você pode agregar diferentes ideias à forma de expor o pop. E ele vai se transformar sempre em algo positivamente maior. 

Qual a proposta musical específica da banda? 

Velás - Você não vai conseguir não nos notar. Não passaremos despercebidos. Se você estiver na plateia, estará provavelmente dançando. Nosso pop vai além do gênero musical. Nós vivemos ele. O figurino, a teatralidade, a presença. Não tem como soar "errado" quando nós quatro nos juntamos. Nós nos doamos por completo. 

Como está sendo montado o repertório de shows, quanto tempo de duração média terá, quantas músicas? 

Velás - Nós montamos o repertório com os hits e referências sonoras do pop internacional, de hoje e os que marcaram uma época. Tocamos "Bad romance", da Lady Gaga; "Single ladies", da Beyoncé; "Toxic", da Britney Spears; "Royals", da Lorde; "Girl on fire", da Alicia Keys, entre outros que totalizam um set list de 1h30 de duração distribuídos em 13 músicas. 

Após começarem os shows, vocês têm planos de produzir algo autoral. Ainda é cedo para falar em EP? Mas é possível incluir uma ou duas canções próprias nos shows?

Velás - Eu e Ian Kova já temos uma música pensada e criada. Temos planos de gravá-la juntamente com materiais demos para mostrar melhor nosso plano de trabalho. 

O pop tem no aspecto visual uma de suas marcas. Qual a identidade visual da banda?

Ian Kova - A estética é algo muito fundamental no nosso trabalho. É um dos componentes da performance. "O estilo é o próprio homem" já diziam. E podemos nos apropriar da ideia de um ícone, Coco Chanel, que defendia que "a moda passa e o estilo permanece", em todo caso a mensagem visual é uma forma de comunicação tão importante quanto a sonora. Não vamos nos contentar em atingir só um dos sentidos, nós vamos provocar todos os sentidos no público, seremos sinestésicos. 

A banda está de olho em algum público específico?

Velás - Nosso som atinge em maior escala o público jovem, mas idade não se limita apenas a números. O som é cativante, dançante e de espírito jovial, não importa a idade, nosso som é atemporal.

Ian Kova - Estamos de olho em quem estará de olho na gente. A propósito estamos de "olhos vivos". 

Há muitas bandas de rock em Volta Redonda, rock de todas as vertentes, do mais alternativo ao comercial, e que têm um público cativo. O pop meio que ficou de lado. Como vocês avaliam essa questão?

Ian Kova - É bem esse nosso feeling. Entendendo o pop como hits internacionais radiofônicos, podemos afirmar que não estejam em evidência bandas que façam um repertório das chamadas divas (Lady Gaga, Beyoncé, Katy Perry, Alicia Keys, Pink etc.) que gostamos de ouvir e que muita gente gosta de ouvir.

Velás - Arrisco dizer que fazer pop não é fácil. Fazer pop é minucioso, exige um quebra cabeça montado perfeitamente. Se o seu figurino não combina com o seu set list, e seu set list não condiz com a sua voz, o pop deixa de ser uníssono. Fica vago e você sempre vai ter a sensação de estar "faltando algo". Ousamos tentar preencher essa lacuna na região.

Ian Kova - Definitivamente somos um formigueiro com pretensão a Everest. 

Nas casas noturnas, o predomínio ainda é do sertanejo, pagode e funk. Vocês acreditam que isso é uma exigência de mercado, como argumentam alguns donos de casas noturnas? Ou o público vai por falta de opções?

Ian Kova - Existe um imprinting cultural que torna-se estereótipo de mercado, que são promovidos como genuinamente nacional, essas três vertentes, pagode, sertanejo e funk, que são populares no Brasil, são exemplo disso... Mas, se analisarmos, o funk carioca tem como forte influência o Miami Bass (Flórida-USA)... Sendo uma simbiose disso tudo, algo holisticamente arranjado, sabe? Música e, portanto, arte é menos patriotismo ortodoxo e mais humanismo plural. Nós, humanos, não somos os detentores dos sons... A natureza nos fornece música o todo tempo.

Velás - Os donos de casas preferem se manter dentro de sua zona de conforto. Se o público vai toda a semana ouvir os mesmo gêneros, religiosamente, não é necessariamente porque o público quer ouvir apenas isso. No caso de Volta Redonda é, principalmente, porque o público simplesmente não tem outra opção. Logo, os donos de casas acham ser um risco apostar em outras formas de entretenimento e em outros estilos, gerando um circulo vicioso, já que é cômodo pra eles e muito rentável. Qualquer mudança pode causar neles um sentimento amedrontador, neofobia, de que correr o risco é necessariamente perder dinheiro. Existe uma demanda para o pop e nós somos a oferta. O pop pode ser muito mais rentável do que esses outros três citados estilos, o público sabe disso, quer ver isso, só não lhes é dada a oportunidade. 

Projetos. O que vem por aí?

Velás - Temos projetos de tocar nas casas daqui da cidade, e convidar o publico a perceber que coisas novas chegam aqui também. Um novo olhar está posto sobre a cena de Volta Redonda. Estamos movimentando as coisas e verão em breve nossos planos em prática.

Ian Kova - Somos nefelibatas nesse processo de entropia, a gente quer mesmo distribuir epifanias. Aurevoir. 

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Serviço

> Electric Dolls - Contatos para shows e as novidades estão na página oficial da banda no Facebook.

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Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

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