
(Fotos: Divulgação)
O nome Ôchê! surgiu após um show na
cidade de Piraju, interior de São Paulo
Thiago Reges é um cara obstinado, vem há alguns anos fazendo música e lutando por seu lugar no cenário. Hoje ele mesmo apresenta e conta a história de sua banda. Com vocês, Ôchê! Que banda é essa?
Fernando e Thiago são irmãos. Os dois cresceram na Bela Vista e estudaram na Escola Municipal Celso Leite. Fernando estudava com o Flávio e o Léo. Ainda adolescentes, na década de 90, o trio criou uma banda chamada Smile Penauts. O Thiago naquela fase pré-adolescente acompanhava os três nos ensaios. O tempo passou e em 94, Fernando, Flávio e Léo formaram uma nova banda, agora com um novo elemento: o guitarrista Michel Anchieta, amigo do colégio. Surgiu a Drowned Fish e Thiago passando dos 12 anos acompanhou a formação, os ensaios e como consequência, começou a arriscar os primeiros acordes na guitarra.
Dois anos depois, a banda perde os guitarristas Léo e Michel e Thiago assume o posto. A ideia foi do irmão Fernando, apoiada pelo amigo Flávio.
Solução caseira
A solução caseira beneficiou o Drowned Fish, já que Thiago conhecia cada nota das músicas da banda. Durante um tempo deu certo e Thiago mandava bem com uma técnica chamada “two hands”. Mas naquele tradicional estilo rock’n’roll, Fernando deixou de cantar e Flávio começou a tocar com outras bandas.
Sabe aquela história, Maria que gostava do João, que gostava da Ana?..
Pois bem, em 2005, Fernando voltou a conversar com Michel, que tinha montado uma nova banda o Holy Dust. Fernando sugeriu que Michel chamasse Thiago para tocar guitarra e Magrão (ah, esse era o apelido do Flávio) para comandar o baixo. Thiago conheceu nessa banda um novo integrante, Odair Godoy, que fazia a segunda voz.
Depois de muitas tentativas de emplacar, o Holy Dust acabou, mas o fim da banda fez nascer o Ôchê!
Viu só?
Aposto que agora você tá curioso pra saber mais sobre essa banda formada depois de tantas idas e vindas.
Ôchê!, o início
Ôchê! é uma forma de homenagear o pai de um grande amigo da
banda, o “Seu Lira”; ele sempre encerra suas frases exclamando: Ôchê!
Cabe aqui, logo no início do texto dizer que o nome Ôchê! - com CH e exclamação no final - surgiu após um show na cidade de Piraju, interior de São Paulo, e foi uma forma de homenagear o pai de um grande amigo da banda o “Seu Lira”. Ele sempre encerra suas frases exclamando: Ôchê! Um diminutivo da famosa expressão nordestina “oxente”, que significa: admiração ou surpresa.
Pois foi então, em 2007, numa ligação entre dois velhos amigos, Fernando Gary baterista e Léo Latorre, guitarrista, que tudo começou.
Os dois decidiram formar uma banda sem guitarras, apenas com violão, baixo e bateria e revezando os vocais. Uma banda apenas com amigos comuns.
Fizeram alguns testes que não deram em nada, mas ao saberem do término do Holy Dust, Gary e Léo chamaram Thiago e Odair para participações especiais.
Brincadeira que virou banda
Com o passar do tempo, a brincadeira acabou virando uma banda, Thiago e Odair se juntaram de vez ao Ôchê!, os ensaios eram verdadeiras piadas entre amigos, entre uma música e outra um tirava sarro do outro. Um belo dia apareceu um show em Piraju para a banda tocar numa festa junina rock’n’roll. Dias antes da viagem surgiu um problema para Odair na mesma data do show. A banda estava sem vocalista e o primeiro show estava a um passo do vinagre. Foi então que Fernando teve uma ideia, para não cancelar o show chamou o amigo Edú para embarcar nessa viagem e cantar com a banda. Edú, um músico completo, tocava baixo, guitarra e cantava, comprou a ideia da banda de tocar um setlist só de músicas brasileiras. Foi com eles mesmo, sem ter feito um único ensaio. O ensaio foi uma hora antes do show, na pousada que estavam todos hospedados para festa. O show foi “baum” e principalmente inusitado, já que as bandas que tocavam ali até então eram todas de classic rock internacional e de repente surgiu do nada uma banda, sem baixista, todos a caráter para a festa junina, tocando rock nacional. Dá para imaginar que loucura e o estouro que foi (risos). No final deu tudo certo
Com o passar do tempo a banda foi evoluindo e criando as primeiras músicas próprias, vixe! Eles perceberam que tinham um probleminha a resolver, já que não tinha nenhum baixista nessa banda até o então e poucas alternativas para fugir da ideia inicial de tocar apenas com amigos. Foi quando mais uma vez Edú vira uma participação especial. Ele virou baixista para eventos da banda. Sempre que surgia alguma música ou um show importante a banda o chamava. Edú foi fundamental na banda, com ele o Ôchê! venceu em 2008 o concurso de melhor banda promovido pelo instituto de bateria Bateras Beat. A banda ganhou horas de gravação no estúdio e fez o seu primeiro registro musical como banda própria.
Outras formações
Outros shows apareceram e, devido à mudança de cidade, para Edú ficou difícil para ele estar em todos os shows da banda. Então, o outro amigo da banda, Flávio Magrão, na época baixista da banda Outro Verso e que já havia tocado em outros tempos e em outras bandas com a galera do Ôchê! aparece. Então, banda ficou com a seguinte formação até o início de 2011: Gary na batera, Thiago e Léo na guitarra, Odair na voz e Flávio e Edú no baixo alternadamente. Mas em 2011 Odair, por questões pessoais, deixou a banda.
Dessa data para frente a banda se reformulou. Edú e Magrão também estavam envolvidos em outros projetos e não deram continuidade. Ainda assim, Thiago, Fernando e Léo não desanimaram e continuaram só os três fazendo novas músicas. Ainda em 2011, Arthur, amigo de Thiago de colégio, voltou ao Brasil após dois anos de trabalho humanitário pelo o mundo e Thiago fez o convite para ele cantar na banda. Arthur ficou alguns meses e no fim do ano decidiu tocar alguns projetos pessoais por alguns meses fora da banda e, em 2012, Arthur, ao lado do eterno trio Léo, Thiago e Gary, mas agora com uma cara nova, Bruno, cunhado de Léo e ex-fã da banda, agora no baixo. O resultado dessa vontade de tocar e viver esse momento está expresso na música “Minhas escolhas”.