Publicada em: 05/08/2015 (12:36:28)
Atualizada em: 27/08/2015 (14:22:35)
(Fotos: Divulgação)
Álbum foi lançado em formato virtual; ideia é lançar em breve o disco físico,
projeto gráfico já está finalizado, só faltando prensar e imprimir na gráfica
Apesar de ser de Niterói (RJ), a banda Barcamundi reconhece Volta Redonda como um espaço muito importante para aproximação e pretende fazer cada vez mais intercâmbios com a cidade. Os integrantes da Barca conhecem o pessoal da Eu, Você e a Manga e da Ego Vil, por exemplo, e reconhece o trabalho de outras bandas, como da Amplexos.
A atual formação é: João Barreira (voz, violão), Gabriela Autran (vocais), Matheus Ribeiro (guitarra), Leon Navarro (vocais e guitarra), Gil Navarro (bateria) e Pedro Chabudé (baixo). Mas todos contribuem eventualmente com percussões e os instrumentistas não se limitam a uma formação estática.
A banda se formou a partir da antiga Estocolmo, formada em 2008 por Leon Navarro, Matheus Ribeiro, Gil Navarro (esses da atual Barcamundi), Guilherme Araújo e Danilo Trajano, todos amigos de escola (Salesianos). Em 2011, João Barreira, também do Salesianos, substituiu Guilherme Araújo após a sua saída. Com a saída de Danilo Trajano, sobraram João, Leon, Gil e Matheus. Em 2012, Gil, João e Matheus viajaram para Lisboa e por lá moraram por seis meses, onde o processo de composição e troca de informações musicais com Leon Navarro por internet foi intensificado.
Gabriela Autran, amiga de escola do grupo, se juntou à banda neste período. A partir do reencontro da banda, em 2013, foi criado o nome Barcamundi, e houve a necessidade de se chamar um baixista para a apresentação no Festival da UFF (Universidade Federal Fluminense). Pedro Chabudé, amigo de João, foi convidado. A apresentação no Festival de Engenharia da UFF marcou o início da Barcamundi, que já se apresentou, desde lá, em eventos importantes como o Araribóia Rock 10 Anos e o 4º Salão de Leitura de Niterói, e em locais como o Bar Bukowski de Botafogo, por quatros vezes, e Blueberry Pie Coffee & Co. de Itaipu, por três vezes. Lançou seu primeiro álbum, homônimo, no dia 27 de julho de 2015. O OLHO VIVO quis saber um pouco mais sobre esse trabalho.
Faixa a faixa (ouça aqui), por Leon Navarro
A primeira música, "O trem e o pássaro", foi a primeira música escrita pelo João, quando ele tinha uns 13 ou 14 anos. Ela tinha sido criada em cima dos acordes de "Dear prudence", dos Beatles. Quando o João entrou pra banda, a gente já trabalhava em outras canções e ele nos mostrou essa, que nos agradou, mas que tinha essa questão de ter a harmonia muito copiada. A gente resolveu então que ia dar uma rearmonizada, e aí fui criando o arranjo, acrescentando elementos. Apesar de boa parte do arranjo ser meu, gosto muito das contribuições do Gil e do Matheus pra ela, acho que as percussões vão criando ótimos climas do desenvolvimento dela e os timbres que o Matheus escolheu também. Foi a primeira canção da Barcamundi em que conseguimos resolver de forma eficiente essa questão da formação com muitos instrumentos, vozes e percussão, então acho que é uma música que acrescentou muito à nossa identidade sonora. A meu ver, muito dos outros arranjos do disco seguem, de certa forma, a linha que foi estabelecida no "Trem e o pássaro". Gosto muito também de como ela tem uma cara pop mas possui características que não seguem a uma forma clichê e tudo mais, a bateria demora a entrar, a letra é muito fluida, sem uma métrica certinha e tudo mais. É uma das minhas favoritas do disco, umas das melhores composições do João.
"Algo mais", a segunda faixa, foi criada pelo João em Portugal. Acho que foi a primeira que ele mandou nesse período de intercâmbio. Lembro de não ter gostado muito dela no começo (e isso aconteceu algumas vezes), mas com o tempo fui achando mais interessante. Quando Gil, João e Matheus voltaram do intercâmbio, fizemos um ensaio em que começamos a elaborar o arranjo dela, foi um dos ensaios mais divertidos até hoje. Várias ideias foram sendo dadas e foram modificando a canção, como o cânone de violão que o João fez no começo, o riff de bandolim que sugeri, as diferentes levadas da percussão e tudo mais. É outra canção que tem uma forma meio maluca, não tem refrão, parece que não vai a lugar nenhum... Mas, apesar disso, tem uma sonoridade pop também. Eu acho. (risos)
"Jogue fora" é uma canção polêmica dentro da banda (risos). A Gabi adora, eu e o João já nãos gostamos tanto. Não sei, eu curto a letra e a energia, acho que tem uma bateria ótima e as linhas dos sopros também me agradam bastante, mas talvez seja um pouco retrô demais. Não a acho ruim, mas não é das minhas favoritas. Na gravação contamos com as participações especiais de André Carnevale (sax alto), Flavinho Correa Raggaman (trombone) e Pedro Selector (trompete). No final pedimos pra eles improvisarem um solo cada um, pegamos o que mais gostamos de cada solo e fomos recortando na edição, criando diálogos entre eles, foi bem legal. Foi também uma das músicas em que o Pedro Chabudé tocou baixo como participação especial, fez um bom solo improvisado. Na época ele ainda não tava oficializado como integrante da Barcamundi.
"Motor" é a música mais solta do disco, e acho ótimo termos tomado essa liberdade. Tem a letra que talvez seja minha favorita, com várias frases aleatórias, jogos de palavras e brincadeiras com sonoridade da língua. A gravação também foi muito divertida, estávamos no estúdio e resolvemos gravar aqueles apitos malucos, um instrumento engraçado que foi comprado em Portugal, acrescentar uma conversa aleatória que estávamos tendo no começo dela e tudo mais. No final, inclusive, dá pra ver que o João canta os últimos versos meio que rindo, e deixamos algumas de nossas risadas quando ela acaba. Tivemos também a participação do Caio Axiotis no baixo, que fez um trabalho sensacional e acrescentou muito à música.
A quinta música, "Outro par", é a única em que participo na composição (melodia e violão meus, letra do João), e é também a que tem o arranjo mais simples do disco (só voz e violão). Resolvemos que o disco estava um pouco cheio demais, que é uma coisa fácil de acontecer quando se tem uma banda numerosa. Ela é uma música que tem um pouco a função de dar um refresco pro ouvinte, uma respirada após quatro músicas cheias de elementos. É também a única cantada apenas pela Gabi e gosto muito da forma como ela canta essa faixa, com um timbre bastante bonito.
"Silêncio ou solução" é a grande surpresa do disco. Tocávamos ela em 2010, quando ainda nos chamávamos Estocolmo, tínhamos outra formação e tal. Foi a primeira música que eu, Gil e Matheus (o compositor dessa, aliás) achamos que era boa, que tinha um valor e maturidade. É uma canção com melodia bastante difícil e com uma letra que tem trechos que acho realmente muito bons. A surpresa a que me referi é que, apesar de ser uma canção obscura, introspectiva e barulhenta, ela vem sendo uma das mais mencionadas por quem ouviu o disco, tem recebido muitos elogios mesmo. Acho que ela equilibra muito bem com as músicas mais pops do disco, gosto muito do fato de tentarmos criar essa diversidade.
"Quem vive calado" é a mais pesada do disco e compõe bem essa dobradinha obscura com "Silêncio" ou "Solução". Ela foi feita a partir de um riff pesado meu, e meio que corria o risco de ficar uma canção meio clichê de rock, com uma sonoridade já muito manjada. A guitarra base do Matheus (o primeiro acorde que ele colocou causou um grande impacto no resto da banda, foi realmente a escolha perfeita), a gaita cheia de efeitos e as percussões felizmente ajudaram a levá-la pra outras direções (não que ela seja super inventiva e não remeta a diversas referências, mas acho que pelo menos conseguiu ficar mais misturada). Tem uma onda meio grunge com Nação Zumbi, gosto bastante do resultado final. Foi a outra música que contou com Pedro Chabudé no baixo.
Lembro que quando ouvi "Navalha de Occam" fiquei impressionado como o João tinha se desenvolvido como letrista. Ele já mandava bem, na minha opinião, mas ter uma banda realmente fez com que ele canalizasse boa parte da energia dele nas composições, e isso fez ele crescer muito. Os versos do trecho "mais um passo, mais dois passos, mais três passos e eu vou virar compasso seu, e vou parar de pulsar e vou pensar que o céu escureceu" ainda me impressionam muito. Acho que essa, junto com "Motor", foi a música que levou mais tempo pra elaborarmos o arranjo, foi realmente difícil de resolver. Ela era toda calma no começo, numa onda mais folk. Só depois fomos modificando ela, deixando a primeira parte mais calma, com guitarras dedilhadas e timbres limpos, e a segunda mais porrada, com cara de indie rock influenciado por Strokes. A bateria também demorou a ser elaborada, testamos muitas levadas diferentes. Continuo achando o arranjo meio maluco, não sei se é dos mais bem resolvidos, mas serviu como um teste pra muita coisa, isso foi importante. Resolvi também escrever pra um quarteto de cordas, inclusive fazendo um solo no final, o que foi um desafio e tanto. Contamos com as participações do Marcos Vieira e Nathan Ferreira nos violonios; Manuel Ferreira na viola; e Willian Baptista no cello, que tornaram essa megalomania possível. (risos)
A "Grama do seu jardim" é mais uma da época em que os meninos estavam em Portugal. Assim como "Algo mais", não gostei muito dela no começo, e acho que continua não sendo uma das composições favoritas (apesar de não achá-la ruim, apenas prefiro outras). No entanto, admito que ela tem trechos bonitos e bastante força emocional, além de achar que o arranjo dela, que foi criado de forma realmente coletiva, tenha ficado bem resolvido. E quase todo mundo gosta bastante dela, poucos concordam comigo (risos). Ela vem sendo uma das mais elogiadas desde o lançamento do disco também. Uma das características que mais gosto nela é um fenômeno que acontece também na última faixa: alguns elementos da composição e do arranjo foram inspirando a criação de outros elementos. Por exemplo: a linha vocal da parte B, criada pela Gabi, é inspirada na melodia do João; por outro lado, o violão criado pelo Matheus nessa mesma parte foi criado com base na linha vocal da Gabi. Vale destacar também que o baixo foi criado pelo Matheus, e é uma das linhas que mais gosto em todo o disco.
"Se você for embora" foi mais uma canção que não chamou muito a atenção quando o João a mostrou ao resto da banda. Achamos que era muito pop, meio fácil demais, não sei. Sei que algumas semanas depois de tê-la ouvido pela primeira vez ela não saía da minha cabeça, e algo parecido aconteceu com o Matheus (risos). Resolvemos começar a trabalhar nela, lembro de termos pensado em deixá-la bem pop mesmo, aproveitando esse potencial dela. Resolvi tocar teclado nela, algo totalmente novo para mim. Fiz uma linha de baixo inspirada numa música da Fiona Apple, acho que "Paper bag". Lembro que quando começamos a trabalhar nela o Gil tava meio afastado da banda, foi antes do intercâmbio. Ele nos ouviu ensaiando e se empolgou com a música, não acreditou que fosse nossa, achou que parecia uma música de uma banda de verdade (risos). Sugeri um coro no final que aproveitasse a melodia com "aaaaa" que aparecia antes do refrão, aí resolvemos tentar fazer uma coisa meio inspirada em Beatles e Oasis, um coro gigante que vai tendo acompanhamento de sopros e cordas, aquela coisa toda. Sinceramente, hoje em dia acho que o coro podia ser um pouco menor, mas isso tudo faz parte do processo também, tomar certas decisões e depois repensá-las, mesmo depois de o disco ter sido lançado (risos). Faz parte repensar essas práticas todas. Ainda assim, é uma das músicas que mais gosto no disco.
"Todo dia", a última faixa, é a minha favorita no disco. Foi mais uma composta em Portugal, dessa vez de forma conjunta pelo João, Matheus e Gil (geralmente as composições da Barcamundi são de uma pessoa só, a grande maioria são do João). Eles enviaram para mim e eu gostei, mas achei um pouco monótona e lenta, lembro de pensar que o arranjo seria fundamental pra criar um pouco de dinâmica nela. Com o tempo, fui gostando cada vez mais da letra, fui notando alguns detalhes de variação da melodia e tudo mais. A primeira estrofe é a do João, gosto muito de como essa estrofe (e a próxima também) tem uma forte carga de imagem... Não sei explicar bem, mas quando a ouço eu vejo claramente a cena sendo descrita, e depois que fui visitá-los em Portugal, a imagem do apartamento em que ficaram sempre me vem à mente quando a ouço. A segunda estrofe (do Matheus) tem versos ótimos como "todo dia a melancolia se desfaz depois que abro os olhos, antes que eu veja as cores". E a terceira (do Gil), além de ter versos dele mesmo, se aproveita de versos das estrofes do João e do Matheus, o que eu acho sensacional (risos). Acho que foram escolhas muito bem feitas pra fechar a canção. Quando me dei conta, passei a gostar muito da música e fiz bastante coisa no arranjo. Resolvi botar uma voz em oitava com a do João (que seria cantada pela Gabi), e acrescentei um pequeno cânone no começo da segunda estrofe. Gosto como esse cânone surge e mais nenhuma alteração no arranjo é feito nessa estrofe, apenas o violão do Matheus que passa a ficar mais arpejado, enquanto o violão do João mantém os acordes com a levada inicial. Na entrada da terceira estrofe entram o metalofone (com um riff marcante inspirado na melodia do verso "espera mais um segundo só") e a pandeirola, o cânone da voz se repete e aí eu passo a harmonizar uma terceira voz, entre as vozes de João e Gabi. Quando acaba a estrofe e a letra, entram baixo e bateria. Vale mencionar que essa música foi criada inspirada em "Sunday morning", do Velvet Underground. Quando fui acrescentar o metalofone nela, tive a impressão de que essa música deles também tinha um (e tem mesmo - risos). E o Lou Reed entra em cena de novo no riff do baixo, homenagem a "Take a walk on the wild side". Enfim, apesar de ser uma música muito simples, gosto muito dela por todos esses motivos, acho que tem um apelo pop mas com um arranjo inusitado, é uma composição coletiva, o arranjo é bonito e com referências a músicas que gostamos e tudo mais. Acho que foi uma boa escolha pro final do disco.
Confira a entrevista com integrantes da Barcamundi
Som da banda transita pelo rock, folk e por sons mais abrasileirados também,
sem perder de vista uma sonoridade até certo ponto bastante pop e acessível
Quando a Barcamundi começou a gravar esse primeiro disco? Como foi o processo de criação? Onde foi gravado, remasterizado. É um disco independente ou sai por uma gravadora?
João - O disco contém faixas que começaram a ser gravadas em 2010. Entretanto, apenas em 2013 o ritmo das gravações se intensificou objetivando o lançamento do álbum. Foi gravado no Tomba Records pelo Bruno Marcus, de forma independente, e masterizado no Boombox pelo Pedro Garcia.
Qual o nome do disco? Por que essa escolha? O álbum sai apenas em formato virtual ou também em físico?
Matheus - O disco se chama "Barcamundi", homônimo à banda. Escolhemos esse nome por considerar uma espécie de tradição charmosa ter um disco de abertura com o mesmo nome que a banda. Além disso, é uma boa oportunidade de "reforçar a marca", inserindo no mercado um nome novo. O disco foi lançado oficialmente em formato virtual em 27 de julho. A ideia é lançar em breve o disco físico, o projeto gráfico já está finalizado, só faltando prensar e imprimir na gráfica. Acreditamos que em menos de um mês já o tenhamos em mãos. A arte gráfica foi feita a partir de pinturas do nosso vocalista João, tentando manter uma coerência com a arte escolhida para a capa. O design foi feito pela designer Mariana Magno, que também assina trabalhos do Daniel Caldeira e Laura Zandonadi, outros artistas de Niterói. No fim recebemos a ajuda da nossa amiga e também designer Sílvia Dantas.
Existe um conceito no CD? Como isso foi trabalhado?
João - Não existe exatamente um conceito por trás do álbum, mas essa ausência pode, ironicamente, representar um determinado conceito artístico baseado na liberdade criativa dos integrantes. As respostas para tudo o que é criado são basicamente: "gosto" e "não gosto" e isso é bem natural, não foi algo pensado. Não me lembro de ter ouvido: "isso não combina" ou "isso não faz sentido com o resto do CD". Acho isso legal e motivador, o que não quer dizer que não possamos trabalhar conceitos futuramente. Se um determinado conceito vier naturalmente e for significativo para todos, ótimo. Enquanto isso não ocorre (se um dia ocorrer), não vejo sentido em nos limitarmos.
Embora artisticamente não seja muito legal classificar música, como vocês definem o som que vocês fazem? Gênero e com quais influências?
Matheus - Eu honestamente acho bem difícil definir e etiquetar nosso som, acho que ouvindo o disco tem-se a noção dessa dificuldade de maneira mais clara. Podemos dizer que nosso som transita pelo rock, folk e por sons mais abrasileirados também, sem perder de vista uma sonoridade até certo ponto bastante pop e acessível.
Existe um planejamento de shows para o lançamento do disco?
João - Sim, mas só para o lançamento de CD físico, que deve sair em um mês. Ainda estamos estudando ideias e propostas, mas quase com certeza irá acontecer. Por enquanto estamos focados em divulgar nosso som pela internet e em fazer bons shows por onde passamos.
Como a banda analisa o atual cenário musical aí em Niterói, no Brasil e no mundo?
João - O cenário é bastante rico artisticamente em todos os níveis e eu poderia citar incontáveis artistas super legais e atuais. Para dar exemplos próximos das nossas realidades, em Niterói temos gente como Nino Navarro, a Tomba Orquestra e a Gragoatá, enquanto em Volta Redonda temos a Eu, Você e a Manga e a Amplexos. Nacionalmente, posso citar o Bruno Berle, a banda Metá Metá... Só que mesmo com tanta gente querendo produzir e produzindo coisas "novas", tenho a impressão de que pouca gente quer ouvir e pagar pelo novo e, principalmente, investir no "novo", essencialmente em termos de música alternativa, claro.
Leon - Outros artistas bons de Niterói são Gilber T, Daniel Caldeira e Overdive Saravá. É engraçado que vejo realmente muito isso que o João mencionou, e a sensação que temos quando conversamos com artistas e produtores de outros lugares é que todos acham o meio independente difícil, isso não se limita a Niterói ou Rio. Claro que alguns lugares são melhores que outros, mas a sensação de dificuldade é geral.
Vocês vivem exclusivamente de música, ou têm profissões paralelas, como acontece com grande parte das bandas aqui em Volta Redonda?
Matheus - Ainda não é possível pra nós da banda viver exclusivamente da banda, apesar de conseguirmos, de certa forma, em alguns momentos reinvestir o dinheiro coletado com os shows, tornando ela minimamente sustentável. Cada integrante da banda tem profissões paralelas distintas, tendo como laço comum (com exceção do Pedro) termos estudado no mesmo colégio durante o ensino médio. João, Matheus e Pedro estudam engenharia (diferentes) na UFF, Gil é formado em matemática, faz mestrado e dá aulas particulares assim como seu irmão Leon que, por sua vez, estudou música. A Gabriela estudou moda e administração e atualmente trabalha como estilista.
O que foi mais difícil até a banda conseguir gravar e lançar o primeiro CD?
João - O mais difícil foi conciliar a ansiedade com o longo tempo de produção do álbum.
Projetos. O que vem por aí?
Leon - Agora para a segunda metade de 2015 esperamos intensificar nossa rotina de shows, expandindo nosso circuito de atuação. Articular shows com bandas com as quais nos identificamos também faz parte do nosso plano. Queremos produzir mais material visual da banda e gradualmente trabalhar em músicas novas, inserindo-as nos nossos shows.
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Serviço
> Barcamundi - Dá pra baixar o álbum completo no BandCamp, com opção de pagamento ou download gratuito. Dá pra ouvir o CD completo no YouTube. Ou em playlist, com as músicas separadas. E também no SoundCloud. Contato: barcamundi@gmail.com