(Fotos: Divulgação)
A vocalista da banda IanaSonic, Diana Freire
Banda portuguesa disponibilizou com exclusividade por tempo limitado o download gratuito de seu álbum de estreia para o meu blog ("Contramão"). IanaSonic vale a audição. Minha ligação com o grupo é a vocalista Diana Freire, que entrou em contato há algum tempo falando do seu grupo e outras bandas também produzidas pelo experiente produtor/compositor Marco Jung, que dirige o Marduc Studios.
Diana, João Júlio e Marco criaram IanaSonic, como um trio de estúdio, encontrando depois o resto da banda.
- Nós estamos sempre lá (Marduc Studios) a criar novas músicas, novas ideias, a tentar encontrar a melhor forma de transmitir a nossa mensagem. Sem deadlines, sem expectativas, sem ninguém a interferir no processo de composição - adianta Diana.
- A maior parte das vezes o Marco começa a tocar (piano, guitarra, seja o que for...), até encontrar a melodia/harmonia certa... Outras vezes, através de uma letra ou apenas uma frase, surge a inspiração para a música. Depende - explica Diana.
O álbum de estreia de IanaSonic reflete todas as fases por que a banda passou. Desde o balançado "My little bit of sunshine", até ao pesado "Love (cant live without it)", com o explosivo refrão de "Bitter flavour" e o inocente "Through and through".
- As nossas influências, o porquê da música, quem somos... Está espalhado por todas as nossas músicas - diz Diana.
- Deixamos sempre a porta aberta a novos gêneros musicais, instrumentos e sons diferentes, desde que nos sintamos confortáveis nessa pele - falam o integrantes da banda.
Com letras em inglês, a IanaSonic faz um rock com pegada pop e uma pitada de peso, bem legal! Bati o papo com a Diana, que falou um pouco do grupo, CD de estreia e tudo mais, confira:
"As nossas influências, o porquê da música, quem somos...
Está espalhado por todas as nossas músicas"
Origem do grupo:
IanaSonic, com a identidade que temos hoje, surgiu por volta de 2006, depois de três anos de trabalho com o produtor Marco Jung, noutros projetos, e de muitas peripécias.
Integrantes:
Diana Freire - voz; Aurélien Vieira Lino - teclados/samples & loops; João Júlio - guitarra; Paulo Bispo - guitarra; Diogo Freire - baixo; Joaquim Pequicho - bateria.
História da banda:
Eu (Diana Freire), o João Júlio e outro grande amigo, Samuel Traquina, formamos uma banda de originais por volta do ano 2000 e andávamos a tocar pela região, a participar em concursos etc., até que participamos num concurso em que o nosso produtor Marco Jung fazia parte do júri e, apesar de não termos ganho, ele quis trabalhar conosco, oferecendo-nos a possibilidade de gravar um álbum. Foi aí que tudo começou. Depois de algumas peripécias pelo meio, todo o projeto foi reestruturado, o conceito IanaSonic nasceu e começou-se a trabalhar nesse sentido, com o Marco tendo parte integrante na composição das músicas que integraram este nosso primeiro álbum, "Controversy".
Expectativa quanto a shows:
Neste momento, como estamos em fase de composição/produção de um novo trabalho, não estamos muito preocupados em dar concertos apesar de que, se surgir alguma oportunidade, obviamente estamos abertos a isso.
O que pensam dos downloads gratuitos na internet, no que isso afeta de fato a banda?
Honestamente não sou a favor dos downloads gratuitos, só por "sacar". Acho que as pessoas têm todo o direito de ouvir primeiro e conhecer o que vão ou não comprar, mas hoje em dia as bandas disponibilizam os temas para audição e têm ferramentas alternativas para poder fazer chegar a música aos ouvidos dos de querem ouvir, sem ser necessário fazer download do álbum completo. Por outro lado, concordo que a cultura e a música em si não deviam ter preço. No entanto, na sociedade em que vivemos, não existe uma estrutura que apoie suficientemente os artistas, de forma a que estes não tenham que fazer mais nada e possam dedicar as suas vidas ao que de melhor têm para dar à humanidade: arte. Arte essa que muitas vezes é desvalorizada e que, em minha opinião, tem um papel fundamental no evoluir da consciência humana, global e não só. Por isso, tendo em conta as condições da sociedade em que vivemos atualmente e tendo em conta também que cada vez mais os artistas lançam independentemente a sua música para o mercado, sempre que alguém faz um download e não compra de forma legal a música de um artista está indirectamente a "tirar-lhe o pão da boca". Sei que os downloads são uma forma rápida e eficaz de divulgação a esses mesmos artistas, no entanto, se essa divulgação não se refletir em concertos pagos (e muitas vezes não se reflete), mais tarde ou mais cedo ficarão novamente de "mãos atadas".
O primeiro álbum da banda foi lançado em 2009 e contou
com quatro anos de trabalho, aperfeiçoamento e inspiração
Gostaria que falassem do CD lançado:
"Controversy" é o nosso primeiro trabalho. Foi lançado em 2009 e contou com quatro anos de trabalho, aperfeiçoamento e inspiração. As músicas foram compostas por Marco Jung e João Júlio e as letras foram escritas algumas por mim, outras pelo Marco e ainda alguns temas em conjunto. A produção esteve também a cargo do Marco, assim como gravação, mistura e masterização do álbum. Como não nos ligámos a nenhuma editora, o lançamento desse álbum para o mercado ficou por nossa conta, tendo depois a Compact Records a distribuí-lo nacionalmente. O álbum também está disponível online, nas principais lojas digitais. Sem qualquer ligação também a management, agenciamento ou assessoria de imprensa, fizemos o melhor possível para promover esse trabalho, utilizando as "ferramentas" que tínhamos na altura. No fundo, é um álbum sincero, que tenta refletir o que nós passamos na altura, quer a nível pessoal e social, como a nível de consciência global. De momento, estamos a preparar um novo trabalho, que esperamos que siga o mesmo conceito, espelhando todas as experiências e conhecimentos que temos adquirido ao longo destes três anos e pouco. Está previsto para 2013, mas não estamos com pressa nem queremos forçar esta altura decisiva que é a altura de passar todas estas ideias para a música, a composição, a alma deste nosso novo trabalho.
Festivais de rock, qual a importância de participar de festivais?
Os festivais são uma excelente oportunidade de dar a conhecer a nossa música a, geralmente, um elevado número de pessoas, pessoas essas que nem sempre se deslocariam a um local específico para ver uma atuação apenas nossa. Para além disso, nos festivais existe sempre a possibilidade de conhecer outros músicos/bandas e fazer novos contatos dentro da indústria musical.
Serviço
> IanaSonic - Facebook, YouTube, Myspace e Twitter.