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Marcus Lucenna atualiza música sobre Vassouras

De autoria de Luiz Gonzaga, Lucenna regravou a canção para o seu novo álbum

Música  –  06/09/2018 22:26

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(Foto: Divulgação/Arievaldo Viana)

Novos arranjos embalam a canção que enaltece as belezas e as propriedades terapêuticas do município fluminense, que foi refúgio de descanso do Rei do Baião

 

Lançada em 1956, no álbum “Aboios e vaquejadas”, a música "Vassouras", de Luiz Gonzaga em parceria com David Nasser, acaba de ganhar uma regravação. O xote que enaltece o município fluminense que serviu de refúgio para o Rei do Baião está agora no álbum "Marcus Lucenna na corte do Rei Luiz”, que o poeta-cantador da Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC) acaba de lançar. O CD já está disponível nas principais plataformas de streaming, como Spotify, e à venda online. 

Nessa nova versão, que está sendo elogiada pelos críticos, Marcus Lucenna faz algumas atualizações na letra, de ordem geopolítica e lexical. Sob os arranjos e a regência de Adelson Viana e Tarcísio Sardinha, o cantador acrescenta, por exemplo, o município de Paty do Alferes, distrito de Vassouras à época de Luiz Gonzaga. No trecho em que a canção fala dos atributos terapêuticos da região, Marcus Lucenna usa termos mais contemporâneos como "Nesse sobe serra, desce serra/quanta gente vai curtindo/o ar da montanha/quem está estressado fica zen/o doente fica bem/saúde ganha". O objetivo principal, no entanto, não muda: reverenciar a região considerada por Luiz Gonzaga como "Suíça Brasileira". 

Marcus Lucenna conta que o interesse em regravar a canção surgiu quando foi a Miguel Pereira ouvir histórias de pessoas que conheciam Luiz Gonzaga para o livro que está escrevendo, homônimo ao CD, em que entrelaça sua trajetória de vida à história do forró e seus personagens. 

- O município de Miguel Pereira, que à época de Luiz Gonzaga era distrito de Vassouras, tem propriedades terapêuticas, em razão do clima e da qualidade do ar. Luiz Gonzaga teria comprado o terreno na região e estabelecido a Fazenda Asa Branca lá por influência de amigos, que lhe indicavam o local quando ele se dizia cansado das viagens para shows, que eram feitas de carro e em estradas muito ruins - explica Marcus Lucenna, que, por sua vez, também foi influenciado pelas histórias que ouviu e adquiriu propriedade na região para fazer seu refúgio da rotina atribulada de artista. 

Forró do prefeito Zé Nabo 

Mas a música "Vassouras" não é a única do álbum que faz referência ao Centro-Sul Fluminense. Entre as três regravações - as outras 12 faixas são autorais e/ou com parceiros -, está também "Forró de cabo a rabo", outra do Rei do Baião, desta vez com João Silva. Também sob novos arranjos na versão de Marcus Lucenna, a letra fala de quão animado era o forró na casa do Zé Nabo. Trata-se do segundo prefeito do recém-emancipado município de Miguel Pereira, do qual a mulher de Luiz Gonzaga, Helena, foi vereadora. Luiz Gonzaga criou a primeira escola do município e, com seus shows, ajudou a arrecadar dinheiro para a criação do primeiro hospital, que hoje leva seu nome. “Forró de cabo a rabo” foi a faixa-título do álbum de 1986 que tirou Luiz Gonzaga do ostracismo vendendo mais de 1 milhão de cópias e o recolocando na cena musical brasileira. 

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A previsão é a de que em outubro o artista apresente em Miguel Pereira o show do novo álbum; será durante as celebrações do aniversário de 63 anos do município 

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Vassouras 

Marcus Lucenna (Luiz Gonzaga/David Nasser

Vassouras, Vassouras
Bela cidade dos tempos coloniais
Vassouras, Vassouras
O tempo passa e cada vez te amo mais
Palmeiras ao vento
Dando viva, boas-vindas ao passageiro
Fugitivo do calor que tá fazendo
Lá em baixo, lá no Rio de Janeiro
Adeus Leblon, Copacabana e Icaraí
Vou pra Vassouras, como é bom estar ali
Nesse sobe serra, desce serra
Quanta gente vai curtindo o ar da montanha
Quem está estressado fica zen
O doente fica bem
Saúde ganha
Por isso eu vou
Pra Suíça brasileira
Paty do Alferes e a bela Miguel Pereira
Vassouras, Vassouras (bis) 

Forró de cabo a rabo 

Marcus Lucenna (Luiz Gonzaga/João Silva

Eu fui dançar um forró
Lá na casa do Zé Nabo
Nunca vi forró tão bom
Nessa noite quase me acabo
Tinha um mundão de mulé
Sanfoneiro como o diabo
O forró tava gostoso
Era forró de cabo a rabo 

Vixe, como eu tô feliz
Olha só como eu tô pabo
Nunca mais eu vou perder
O forrozão lá do Zé Nabo (refrão 2x) 

Era poeira subindo
Era aquele poeirão
E os cabra não deixava o Zé aguar o chão
Ele chamou o soldado
E o soldado chamou o cabo
E o forró continuou
E foi forró de cabo a rabo 

Vixe, como eu tô feliz
Olha só como eu tô pabo
Nunca mais eu vô perder
O forrozão lá do Zé Nabo (refrão 2x)
(bis)

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Por Assessoria de Comunicação  –  contato@olhovivoca.com.br

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