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Cláudio Alcântara

claudioalcantaravr@hotmail.com

De Volta Redonda Para Outras "Praias"

Dançarino e cantor Andrey Fellipy faz sucesso no Egito

Shows passeiam pelo jazz, contemporâneo, hip hop e dança de salão, apresentando canções de musicais da Disney, com bailarinos e acrobatas

Pelo mundo  –  12/12/2013 23:13

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(Fotos: Divulgação)

Proposta de trabalho no exterior surgiu em 2010;
Andrey já atuou também na Turquia e Tunísia
 

Volta Redonda dançou e Andrey Fellipy está mostrando o seu talento em outras "praias". Bem distantes, diga-se de passagem. Aliás, passagem aérea. O rapaz está dançando e cantando no Cairo (Egito). AF, que é voltarredondense, faz arte desde criança, aos 10 anos, com o apoio de sua mãe (Katarina Carvalho). Estudou piano, canto e dança. Seu primeiro show musical foi em 2005, no Gacemss (Grêmio Artístico e Cultural Edmundo de Macedo Soares e Silva). Logo depois, com a canção "Sonhador", de sua autoria, participou do 2° Femuvre (Festival de Música de Volta Redonda). A voz doce e suave contagiou muita gente.

Na dança, o início foi com a Freezoned, companhia de dança formada em uma academia, em 2001. As primeiras apresentações da Cia. rolaram nos festivais organizados anualmente pela Smel (Secretaria Municipal de Esporte e Lazer). A companhia também chegou a se apresentar no Sesc (Serviço Social do Comércio), em Barra Mansa, e em outros eventos. Mas foi em 2005 que o dançarino decidiu montar a sua própria companhia. Assim, surgiu a André Fellipy Cia. de Dança. Três anos depois, na Fundação CSN, eles apresentaram o espetáculo "Loucos, mas normais", também criado e coreografado por Andrey Fellipy. 

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Workshop de stiletto dance,
inspirado nas danças de Beyoncé
 

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O artista deve visitar Volta Redonda em janeiro e
está pensando em dar alguns workshops na cidade

Andrey Fellipy ministrará em Volta Redonda um workshop de stiletto dance, inspirado nas danças sensuais da cantora Beyoncé. A modalidade foi criada na Broadway Dance Center, em Nova York, pela professora Dana Foglia, coreógrafa da cantora. 

- Esse tipo de dança é um excelente exercício físico para o corpo, mas precisa ser praticado com cautela para não causar lesões. A nova modalidade já está virando febre nas academias pelo Brasil, um dos seus benefícios é o fato de trabalhar a postura e o equilíbrio. Além disso, o stiletto consegue despertar a sensualidade que está dentro de cada mulher, e ainda promete perder até 600 calorias por aula - explica Andrey. 

O professor afirma que a modalidade vai além da dança, nela se ensina a ser sensual em si, até jogar o cabelão está entre os exercícios. Além disso, a praticante também aprende como olhar de forma sedutora e até como andar. 

O stiletto dance funciona da seguinte forma: As aulas têm duração de uma hora a uma hora e meia. Em um primeiro momento, as mulheres aprendem, com técnicas de balé e jazz, a se equilibrar corretamente em cima do salto, depois elas são ensinadas a fazer movimentos leves e sutis com as mãos, pés, ombros e quadris, jogadas com o cabelo, além de olhares sensuais e marcantes. 

- Em relação à utilização dos saltos altos durante as aulas é recomendado que nas primeiras aulas os praticantes utilizem saltos baixos e mais grossos (como os utilizados na dança de salão) e que prendam no tornozelo, pois isso dá mais firmeza e segurança, evitando acidentes. Com o passar das aulas e a prática adquirida pelos alunos a medida do salto vai aumentando gradualmente. Porém, deve-se ter cuidado, pois o salto utilizado não pode ultrapassar 10cm nem possuir plataforma, para não correr o risco de afetar a coluna nem o equilíbrio - frisa.

> Mais informações: Studio de Dança Iane e Sandrinho, Avenida Nossa Senhora do Amparo, 176, sala 203, Niterói, Volta Redonda. Telefone: (24) 98136-8500. 

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Confira a entrevista com Andrey Fellipy
 

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Como e quando surgiu o convite para trabalhar no exterior? Quais países você já trabalhou e onde está atualmente?

A proposta de trabalho surgiu em 2010. Eu já estava com uma proposta para trabalhar na China. Mas meu amigo, que já trabalhava na empresa que estou atualmente, me indicou pra esse trabalho. Foi uma coisa super rápida, do tipo: Faça suas malas que amanhã você vai viajar. Decidi trocar a China pela Turquia. Já trabalhei na Turquia, Tunísia e Egito. 

Como foi o processo de adaptação, foi fácil? De que você sente mais falta aqui na região?

O processo foi bem complicado porque na verdade a minha primeira viagem foi para substituir um bailarino e, quando eu cheguei, todos os shows já estavam prontos (aprendi milhares de coreografias por dia). Tive que me adaptar à cultura do país também, que é bem diferente do Brasil. E em questão da língua foi bem fácil, porque o trabalho foi para uma rede de hotéis. Pude aprimorar bem o meu inglês. Sinto falta dos festivais de dança que costumava participar junto com a minha cia. 

Qual a proposta e a filosofia de trabalho atual?

É bem bacana, passa pelo jazz, contemporâneo, hip hop, dança de salão e outros. Os shows são feitos por um coreógrafo do Sul da África. Nos shows o público tem uma emoção muito grande e todos que assistem curtem o trabalho. Os shows são bem bacanas com músicas de vários musicais da Disney. Shows para todas as idades. Cada show tem duração de 50 minutos. Além de bailarinos, temos acrobatas. O trabalho é bem profissional. 

Quais são suas influências, formação e inspiração na dança?

Street jazz, hip hop e vogue são estilos que realmente amo. Comecei a fazer aos 16 anos, mas descobri que não era pra mim, apesar de ter decidido estudar muito tarde. Não fiquei muito tempo no balé, mas com o passar do tempo fui conhecendo estilos diferentes como hip hop. Passei a buscar por workshops para aprimorar. Aos meus 19 decidi montar a minha própria cia. de dança. Foi quando tive que pensar: Onde farei meus ensaios? Preciso de um espaço. Comecei a pedir ajuda nas academias, o que foi bem difícil. Nada fácil, porque ainda não tinha nada pra mostrar. Apenas ideias, mas nada no currículo. Foi quando conheci o dono da Academia Suor & Saúde (Darci), que acreditou no meu trabalho e na minha força de vontade. Ele me cedeu a academia para os meus ensaios três vezes na semana. Quando tudo foi começando a fazer sentido, mas ainda um pouco complicado no começo. Dança precisa de investimento. Continuei a fazer workshops e abrir a minha mente para estilos diferentes.

Hoje em dia tenho um currículo muito melhor, com certificados e cursos fora do Brasil.

Me inspiro muito nos dançarinos e coreógrafos americanos. São muito criativos e abusados. Gosto de abusar. De uma forma ou de outra, alguém vai curtir a minha ideia (risos). 

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Agora que você está atuando no exterior, que análise você faz da dança aqui na região?

Essa análise pra mim é bem difícil, não tive muito apoio na cidade, tudo que consegui foi com muito esforço.

Quais os momentos mais marcantes na sua carreira?

O retorno e carinho que as pessoas tinham pelo meu trabalho. Com o passar do tempo eu pude ver o meu trabalho cada dia crescendo um pouco mais. Quando recebi a proposta pra trabalhar no exterior foi muito marcante, especialmente para as pessoas que sempre acreditaram em mim. 

Além de dançar, você canta. Está atuando na área da música também, ou deixou isso em segundo plano?

Amo cantar. A música ainda habita no meu coração. Apesar de ser contratado somente para dançar, sempre tenho a oportunidade de mostrar meu trabalho como cantor também. Tenho vários vídeos no YouTube cantando. Isso ajuda muito. Todas as pessoas que conheço dizem: Andrey, não sabia que você cantava também! Enfim, a música e a dança irão sempre caminhar juntas. 

Que dica você dá para quem deseja também seguir carreira no exterior?

Primeira coisa: Ouça sempre o seu coração, é difícil ter êxito no mundo da dança. Eu sei que tenho muita coisa a trilhar, mas, por mais difícil que seja, um dia sua estrela irá brilhar. Sempre acreditei nisso. Meus sonhos me mantêm em pé o tempo todo. Segundo: determinação. Terceiro: Procure abrir a mente para outros estilos também. No exterior os dançarinos são muito completos. Quando você chegar no país, todos esperam muito de você. Então, procure sempre coisas novas.

É muito difícil trilhar esse caminho? Sim, é muito difícil, mas não é impossível. Como disse, muita determinação e força de vontade. Cabe a você forçar a mente no que quer. Ainda tenho muitos sonhos a serem realizados. Continuo sempre no foco. Tenho muitos amigos que hoje não dançam mais e outros que estão arrasando por aí. Não se perca, seja lá o que estiver fazendo, termine e acredite! 

Quando você volta ao Brasil, e tem planos de se apresentar aqui na região profissionalmente?

Tenho planos de voltar em janeiro. Não pensei em nenhuma apresentação ainda, mas estou sempre aberto para convites (risos). Na verdade estou pensando em dar alguns workshops. Já estou mexendo meus pauzinhos pra fechar algumas datas, mas nada certo ainda. 

Projetos futuros, o que vem por aí?

Como disse, a música sempre anda comigo. Quero entrar em estúdio para começar a gravar algumas trilhas de musicais. O YouTube ajuda muito na divulgação. Tenho mais de 100 mil visualizações. Quero me jogar nos musicais. 

Serviço

> Andrey Fellipy - Acompanhe as novidades no Facebook do artista. Veja todos os vídeos no canal de Andrey.

Edição impressa

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Por Cláudio Alcântara  –  claudioalcantaravr@hotmail.com

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