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I Love Paraisópolis

Conto de fadas moderno termina sem empolgação alguma

História da novela das 19h na Globo se perdeu nos últimos meses, partindo para o realismo fantástico e dispersando o telespectador

Televisão  –  08/11/2015 19:07

Publicada em: 07/11/2015 (12:07:21)
Atualizada em: 08/11/2015 (19:07:21)

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(Foto: Divulgação)

Absolutamente nada supera Caio Castro; sua atuação não é pouco ruim, é muito ruim 

> "Totalmente demais": Globo estreia, segunda-feira, mais um conto de fadas às 19h

Olá, galera!
O último capítulo de “I love Paraisópolis” foi ao ar ontem, 6. Confesso que durante os meses em que a trama foi apresentada pouco vi. E não me arrependo. Fiz um grande esforço em acompanhar um capítulo. A novela escrita pela dupla Alcides Nogueira e Mário Teixeira mostrou um conto de fadas moderno entre uma mocinha suburbana e um engenheiro ricaço e a partir daí várias encontros e desencontros que sucederam numa enorme encheção de linguiça. A história se perdeu nos últimos meses, partindo para o realismo fantástico e dispersando o telespectador. Em muitos momentos sem pé nem cabeça, a história derrapou em seus últimos episódios, tendo marcas de 22 pontos na grande São Paulo. Cada ponto representa cerca de 67 mil domicílios na maior cidade do país. 

Nos primeiros capítulos, o folhetim ganhou êxito graças ao insucesso de “Babilônia”. Enquanto a trama de Gilberto Braga afundava na audiência, Bruna Marquezine e Cia. conquistavam os espectadores. E a história deslanchou. Romances juvenis, músicas grudentas, diálogos consideravelmente fracos repletos de gírias, roupas, etc. foram os atrativos durante oito meses. Mas, no segundo semestre a novela perdeu o vigor e acumulou barriga (quando nada acontece numa novela) culminando num final insosso e desinteressante. 

A novela das sete da Globo começou com muitas reclamações sobre a pronúncia forçada de vários atores cariocas que se esforçavam para falar "paulistanês", já que a trama toda se passa em São Paulo. Outra queixa foi sobre a atuação de Letícia Spiller, um tanto ou quanto forçada como vilã. Mas nada, absolutamente nada, supera o trabalho que Caio Castro fez. Sua atuação não é pouco ruim, é muito ruim. Não dá nem para falar que ele é um mau ator, porque, na verdade, ele nem chega a ser um ator. Ele consegue decorar suas falas, mas não consegue colocar uma gota de atuação. Ele interpreta sempre a si mesmo. Caio não consegue convencer ninguém. Tudo bem, entendo que as mulheres o achem bonitão, que tem seu charme e tal. Mas quando o assunto é atuar, montar um personagem, trazer as pessoas para dentro da história, não é com Caio Castro que a gente pode contar. Aliás, Grego é, possivelmente, seu pior papel. 

E o que dizer de Bruna Marquezine? A ex-namorada do jogador Neymar não tem porte de protagonista. Perdeu maravilhosas oportunidades em cena ao lado dos desperdiçados veteranos, como Nicette Bruno e Lima Duarte. 

Justiça seja feita! Alguns personagens brilharam no humor garantindo boas risadas ao longo da história. Destaco os atores Zezeh Barbosa, Babú Santana, Ilana Kaplan, Priscilla Marinho, Frank Menezes. Ótimos momentos em cena. 

A impressão que eu tive é que “I love Paraisópolis” foi um seriado de humor, com vários esquetes desconexos entre si, do que para uma novela em si. Faltou um amadurecimento nos entrechos principais. Mas, verdade seja dita, já foi mais divertido assistir à trama das sete. Se não fosse pelo seu humor afiado e seu timaço de coadjuvantes, não sei o que seria de “I love Paraisópolis”... 

Vamos acompanhar a nova novela “Totalmente demais”. Abraços, galera. 

> Fonte: Odair Braz Jr., Eu critico, tu criticas, TV & Famosos

Por Albinno Oliveira Grecco  –  albinnooliveira@hotmail.com

3 Comentários

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  • fernanda verissimo

    concordo plenamente. Só a CGP não vê isso. Amei o texto.Bjs.

  • Danielle Marins

    Concordo totalmente com vocês! Que novelinha mais insossa e desinteressante! E o Caio Castro? Só tem beleza mesmo...

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