(Foto Ilustrativa)
Repleto de momentos marcantes, tivemos de tudo
Publicada: 23/12/2016 (10:03:42)
Atualizada: 31/12/2016 (09:19:44)
Olá, galera!
Épico! Assim podemos definir o agitado e cáustico 2016 que chega ao fim. Aliás, o que mais se ouviu neste ano foi a palavra “épico”. Um ano conturbado em todos os sentidos. Cá entre nós! Conturbado ou não, foi o momento de dizermos o que sentimos, de desabafos e muita sinceridade em plena onda do mimimi. Definitivamente viramos juízes nas redes sociais. Na base do “vocês vão ter que me engolir”, célebre citação de Zagallo proferida inúmeras vezes pelo infantiloide jogador Neymar.
Literalmente fomos soterrados por uma devastadora lama de corrupção. Atravessamos por uma das piores crises de todos os tempos. Manifestações, panelaços, tocha, medalhas, separações, tragédias, perdas, descobertas... Ufa! Chegamos ao último mês do ano.
Repleto de momentos marcantes, tivemos de tudo neste ano: do fim de uma era até a quebra de tabus impostos há muito tempo. Em tempos em que a internet domina cada vez mais os lares das famílias brasileiras, a TV se reinventa nas produções para conquistar novos públicos.
Com a colaboração do amigo e internauta Frederico Pereira, fizemos um ligeiro retrospecto dos cinco melhores e piores momentos na TV em 2016.
O que bombou
1) Velho Chico - O retorno de Benedito Ruy Barbosa ao horário nobre sob a batuta do diretor Luiz Fernando Carvalho mostrou lindas imagens, fotografias espetaculares, excepcionais atuações de veteranos e novatos e um texto afiadíssimo em pleno ano eleitoral. Excelente novela. A saga do Coronel Afrânio e demais personagens padeceu às críticas e rejeições nas redes sociais e pelas ruas. Com a colaboração do neto de Benedito, Bruno Luperi, o folhetim seguiu majestosamente alheio a sutis mudanças no decorrer da história sem importar com a peruca de Antonio Fagundes, o cerne das críticas. Na reta final da trama, acompanhamos a triste despedida de Domingos Montagner. O ator morreu no auge da carreira, cheio de papéis fortes no cinema e na TV. Parabéns aos atores e à equipe!
2) Justiça - Ainda no setor teledramaturgia, a estreante autora Manuela Dias viveu seu apogeu com a aclamada minissérie. Com chamadas fortes e impactantes, a atração conquistou os telespectadores. Embora alguns deslizes no andamento do enredo, teve excelentes atuações e impecável direção do veterano José Luiz Villamarim. Destaque também para as produções “Liberdade, liberdade” e “Nada será como antes”.
3) Rock story - A teledramaturgia respira novos ares. Parte disso se dá à nova safra de autores na emissora. Em sua novela solo, Maria Helena Nascimento trouxe para o complicado horário das 19h uma gostosa comédia musical. Até o momento, mostra muita habilidade na construção da história e nos diálogos. Além do núcleo principal, há ainda outras tramas paralelas se desenvolvendo, bem articuladas à principal - tanto de humor quanto dramáticas (mais para frente escreverei sobre outros destaques).
4) MasterChef - Deliciosa e acirrada competição culinária que mobilizou o país em 2016, até mesmo para os menos habilidosos na cozinha. A atração foi uma das mais comentadas e assistidas da TV neste ano turbulento. E falando em mimimi, o programa não foi poupado de discursos e demonstrações machistas e feministas dentro e fora dos bastidores. Audiência garantida!
5) Tudo liberado - Desde o dia 31 de agosto, quando foi alterada a lei da classificação indicativa na TV aberta do Brasil, mudanças começaram a ocorrer em todas as emissoras. Não haverá mais restrição de horário, ou seja, todos os programas continuarão sendo classificados por faixa etária, mas não haverá cortes em conteúdos que antes eram considerados impróprios para o horário. O público escolhe o que quer assistir, independente do horário, tal qual sempre ocorreu na TV paga. Tudo indica que será o fim das frustrações do público ao assistir uma reprise com cortes mal feitos em cenas fortes que haviam marcado na exibição original, ou então a frustração de quem assiste pela primeira vez e não consegue compreender a trama porque os cortes deixaram o conteúdo incompreensível. Vamos aguardar os próximos capítulos dessa mudança histórica!
. E mais: Menção especial para as novelas da Record. Ótimas produções!
O que não bombou
1) Walcyr Carrasco - Pela milésima vez a exaustiva fórmula chiqueiro-pastelão fez sucesso incontestável no horário das 18h neste ano. O autor Walcyr Carrasco usou a espinha dorsal de Candinho para escrever mais um folhetim de época nos moldes de outros (e repetitivos) sucessos seus. “Êta mundo bom” conquistou o povão. Prova de que o novelista é o queridinho da emissora dos Marinhos. Recentemente Carrasco levou o Emmy por “Verdades secretas”. E ainda neste ano teve uma ideia de novela aprovada no lugar da sinopse preparada pelas autoras Duca Rachid e Thelma Guedes. Sua próxima novela sucederá a trama de Glória Perez às 21h em 2017. Tudo demais enjoa!
2) Haja coração - Escrita por Daniel Ortiz, a trama das 19h não decolou. Tatá Werneck e Malvino Salvador sempre os mesmos. Mesmo apostando no trivial, o remake de “Sassaricando” teve bons momentos.
3) Leda Nagle - A onda de demissões atingiu a TV. Atores desempregados usando as redes sociais para pedir nova oportunidade e jornalistas como Leda Nagle, demitida após 20 anos prestados à TV Brasil. Uma pena!
4) Adnight - Comandado por Marcelo Adnet, o tão aguardado talk-show mostrou resultados desanimadores. Com audiência modesta e muitas críticas na internet, a atração agradou o mercado publicitário. Se o programa vinga ou não, é uma incógnita na Globo.
5) Política - O triste cenário político do país. A reprovação do governo Temer. As falcatruas de Sérgio Cabral.
. Umberto Magnani, Guilherme Karan, Antonio Pompêo, Ivan Cândido, Elke Maravilha, Tereza Rachel, Cauby Peixoto. Saudades!
Em 2017 muitas novidades virão na TV! Aguardem! Um ano novo de boas vibrações para todos!
Abraços, galera!