(Fotos: Divulgação)
Penitenciária Talavera Bruce: Locação do documentário
A sétima arte brasileira mais uma vez retrata o que a sociedade descentraliza e descarta no ser humano mutilado em seu convívio e relações pessoais: o entendimento.
Muito longe da ficção e tão perto da nossa realidade, o filme “Se eu não tivesse amor”, de Geysa Chaves, exibido em 31 de agosto no Condomínio Cultural do Instituto Dagaz - no bairro Volta Grande - para múltiplos olhares numa única linguagem incisiva de reflexão sobre a insurgente condição feminina que as sentenciaram a partir do momento em que o envolvimento emocional com pessoas erradas tiveram esse triste desfecho. Basta escutarmos a mensagem para contornarmos os sentimentos das cinco detentas que ofereceram suas histórias ao documentário.
Despertando a sensibilidade
Para múltiplos olhares: Filme de Geysa Chaves foi apresentado em projeto do Instituto Dagaz
Cada uma conta seu drama pessoal, suas fragilidades e seus anseios. Não há crítica de mundo ou comportamentos, apenas o despertar de nossa sensibilidade com relação às degradações humanas e seus paradoxos.
Enquanto o tempo passa livremente aqui fora para quem nada deve à lei dos homens, lá dentro elas tentam significar-se em uma nova sociedade regida pela legislação invisível da profusão dos dias enquanto novas atividades de sobrevivência são apresentadas para justificar as ausências convividas lá dentro, que passam a ser sinônimos de redução penal e da esperança de que a liberdade volte e não as encontre prisioneiras de si mesmas. Nem de seus próprios erros passados, e sim libertas para a percepção pragmática de que definitivamente o caminho do crime não compensa, com ou sem amor.
Serviço
> “Se eu não tivesse amor” - A exibição fez parte do projeto Cinestesia Cine Clube e o próximo filme será o “Fala Tu”, dia 27 de setembro, às 19h. Entrada muito franca.