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Cenas e Temas

Condomínio Cultural exibe "Se eu não tivesse amor"

Filme aposta na linguagem incisiva de reflexão bem longe da ficção e perto da realidade nas histórias de cinco detentas

Colunistas  –  08/09/2012 16:53

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(Fotos: Divulgação)

Penitenciária Talavera Bruce: Locação do documentário

A sétima arte brasileira mais uma vez retrata o que a sociedade descentraliza e descarta no ser humano mutilado em seu convívio e relações pessoais: o entendimento.

Muito longe da ficção e tão perto da nossa realidade, o filme “Se eu não tivesse amor”, de Geysa Chaves, exibido em 31 de agosto no Condomínio Cultural do Instituto Dagaz - no bairro Volta Grande - para múltiplos olhares numa única linguagem incisiva de reflexão sobre a insurgente condição feminina que as sentenciaram a partir do momento em que o envolvimento emocional com pessoas erradas tiveram esse triste desfecho. Basta escutarmos a mensagem para contornarmos os sentimentos das cinco detentas que ofereceram suas histórias ao documentário.

Despertando a sensibilidade

Filme

Para múltiplos olhares: Filme de Geysa Chaves foi apresentado em projeto do Instituto Dagaz

Cada uma conta seu drama pessoal, suas fragilidades e seus anseios. Não há crítica de mundo ou comportamentos, apenas o despertar de nossa sensibilidade com relação às degradações humanas e seus paradoxos.

Enquanto o tempo passa livremente aqui fora para quem nada deve à lei dos homens, lá dentro elas tentam significar-se em uma nova sociedade regida pela legislação invisível da profusão dos dias enquanto novas atividades de sobrevivência são apresentadas para justificar as ausências convividas lá dentro, que passam a ser sinônimos de redução penal e da esperança de que a liberdade volte e não as encontre prisioneiras de si mesmas. Nem de seus próprios erros passados, e sim libertas para a percepção pragmática de que definitivamente o caminho do crime não compensa, com ou sem amor.

Serviço

> “Se eu não tivesse amor” - A exibição fez parte do projeto Cinestesia Cine Clube e o próximo filme será o “Fala Tu”, dia 27 de setembro, às 19h. Entrada muito franca.

Por Elisa Carvalho  –  elisacarvalho.br@gmail.com

4 Comentários

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  • Marise Vieira

    a democratização da cultura é essencial para o desenvolvimento do cidadão

  • Aline Mara

    O Instituto Dagaz inova mais uma vez apresentando um projeto de audiovisual com uma proposta diferente! Unir um cineclube e um espaço aberto para debate entre artistas, educadores, autoridades, juventude e comunidade. E ainda dialogar sobre questões sociais tão importantes para reflexão sobre uma sociedade mais consciente e justa. Parabéns a idealizadora e nossa colaboradora Priscila Cristine e toda equipe Dagaz a qual tenho grande orgulho de pertencer! Obrigada a Elisa e Cláudio pelo espaço sempre aberto! E vamos lá que dia 27/09 tem mais!!

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