(Fotos: Divulgação)
Exposição pode ser visitada de 10 a 17 de setembro, no hall principal da universidade, na Rua Zenaide Vilela, no bairro Jardim Brasília; a entrada é gratuita
Ancestralidade, territorialidade e memória compõem a exposição “Ascensão”, da fotógrafa Dude Bromius. Tendo como pano de fundo o Centro Histórico de Resende e retratos de pessoas negras, a mostra é composta por 16 fotografias, que revelam espaços que se reinventam ao longo do tempo e pessoas que ressignificam suas memórias e potencializam culturas.
A exposição pode ser visitada de 10 a 17 de setembro, no hall principal da Universidade Estácio de Sá, na Rua Zenaide Vilela, no bairro Jardim Brasília. A entrada é gratuita.
Celebrando o protagonismo negro e conectando passado e presente, a exposição fotográfica retrata pessoas negras que contribuíram para transformação do Centro Histórico de Resende; que atualmente está em processo de revitalização e requalificação. O projeto urbano é uma iniciativa da Prefeitura de Resende em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB).

Para Dude Bromius, a ideia de realizar a exposição nasceu da necessidade e da importância de resgatar vozes da ancestralidade da cidade.
- “Ascensão” surgiu como um ato de cura e de revolução: transformar o território da memória em palco para a arte, onde corpos negros não buscam mais sobrevivência, e sim beleza, resistência e transformação - ressalta.
Segundo a fotógrafa, a exposição é um convite para a sociedade olhar para o passado sem a necessidade de nos aprisionarmos nele. É a partir dessa percepção que nasce a possibilidade de construção de um futuro mais justo, consciente e vivo.
De acordo com Dude, as imagens presentes em “Ascensão” funcionam como páginas de um livro que reconta a história de Resende com uma nova perspectiva, as imagens dialogam entre si, trazendo os mesmos espaços com novas ocupações, tecendo uma narrativa coletiva que mostra a urgente necessidade de evolução da nossa cultura.
- Ascensão é um marco na forma como Resende enxerga a si mesma.
Em um espaço de efervescência cultural e histórica, o Centro Antigo de Resende é um verdadeiro museu a céu aberto. Com casarões centenários, a imponente Igreja Matriz e espaços culturais como o MAM (Museu de Arte Moderna), a Casa Claudionor Rosa e a Fundação Casa da Cultura Macedo Miranda; o local é visto como uma potência para implementação de ações para o desenvolvimento turístico, cultural, econômico e urbanístico no Sul Fluminense.
- Essa exposição não é apenas sobre fotografias: é sobre devolver humanidade, é sobre lembrar que a cultura da cidade é profundamente negra, e reconhecer isso é fundamental para que possamos avançar.
A fotógrafa enfatiza que a mostra é um gesto de reparação simbólica e histórica, e também um sopro de esperança para que novas gerações cresçam sabendo que a narrativa deve ser reinventada, viva e livre.
A exposição “Ascensão” tem um papel importante sobre a conscientização e para a percepção do imaginário urbano e cultural de Resende. Dude Bromius lembra que, durante muito tempo, os espaços do Centro Histórico foram testemunhas de injustiças e desigualdades.
- Hoje, eles se transformam em cenário de arte, orgulho e ocupação da negritude.
A fotografia é um poderoso e eficaz instrumento de conscientização e conservação da memória e da cultura de um determinado lugar ou grupo social. Em “Ascensão”, Dude Bromius joga luz sobre a urgência da preservação da cultura, da história e dos espaços urbanos do Centro Histórico de Resende.
> A entrada da exposição é gratuita e livre para todos os públicos.
Instagram: @dimensional_fotografia e @dude_bromius

