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Conflitos Sociais

Dhiogo José Caetano

dhiogocaetano@hotmail.com

Opinando e Transformando

Franthiesco Ballerini é o 52° entrevistado na série sobre cultura

Objetivo é formar um mosaico com o que cada um pensa desse universo multifacetado

Pelo Brasil  –  11/08/2018 19:40

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(Foto: Divulgação)

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“O maior desafio é mostrar ao público que, nem sempre, os produtos culturais que vêm dos grandes players ou que custaram muito dinheiro são, necessariamente, os melhores”

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Franthiesco Ballerini é o 52° convidado na série de entrevistas “Opinando e Transformando”. Uma oportunidade para os internautas conhecerem um pouco mais sobre os profissionais que, de alguma forma, vivem para a arte/cultura. Confira: 

> Nome: Franthiesco Ballerini
> Breve currículo:
Jornalista e Mestre em Comunicação Social com especialização em audiovisual e jornalismo cultural, Franthiesco Ballerini tem quase 20 anos de experiência no mercado, em especial nos segmentos de comunicação e artes. Iniciou a carreira como trainee de comunicação de grandes empresas, como Akzo Nobel e Novartis, tendo ingressado num dos maiores jornais da América Latina, “O Estado de S.Paulo”, ainda muito jovem. No Grupo Estado, acumulou experiência de repórter, redator, crítico de cinema e correspondente de reportagens especiais em países como EUA, Índia, Canadá, México e Argentina. Em mídia impressa, colaborou para revistas especializadas como “Cult” e “Bravo!”. No rádio, atuou como colunista cultural da Rádio Eldorado e, na televisão, como colunista de cinema para a TV Gazeta. 

Antes de fundar a Ethos Comunicação & Arte, acumulou também quase uma década de experiência acadêmica. Foi coordenador geral de cursos da Academia Internacional de Cinema, tendo gerenciado uma equipe de colaboradores e professores e desenvolvido mais de 40 cursos livres. Conhece o ensino de comunicação e de artes a fundo, atuando como professor de grandes instituições como FAAP, UMC e Faculdades Integradas Rio Branco. 

Seus livros são referência no mercado. “Diário de Bollywood” é o primeiro livro em língua portuguesa sobre o cinema indiano no mundo; “Cinema Brasileiro no Século 21” é consulta obrigatória para quem estuda e trabalha com audiovisual no Brasil; “Jornalismo Cultural no Século 21” é fruto de três anos de pesquisa e atualização editorial nesta especialização; e “Poder Suave”, com prefácio do ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, é publicação única no mundo, abordando o poder de persuasão da arte e entretenimento. Produziu filmes, como o documentário “Bollyworld” e “Legacy”, este feito para a marca italiana Giorgio Armani, e “Nome”, seu primeiro trabalho de direção e roteiro, tendo participado de seis festivais nacionais e internacionais. 

> Em sua opinião, o que é cultura?

Uma pergunta muito ampla, mas, basicamente, cultura é toda manifestação humana (e talvez até de alguns animais) envolvendo crenças, ações, tradições, dogmas e desejos sociais. 

> Você se considera um difusor cultural?

Sim, como crítico de cinema, como professor de Comunicação e Artes e também no meu dia-a-dia. 

> Qual é o seu papel neste vasto campo da transformação mental, intelectual e filosófica?

Busco desafiar meus alunos e meus leitores em entender o não-óbvio, manifestações culturais que provoquem, que promovam a diversidade cultural e social, que questionem o status quo, que busquem uma sociedade mais harmônica e respeitosa e que quebrem e desafiem, sempre, o que de melhor veio da arte antes deles. 

> Como você descreve o processo de aculturação, ao longo da formação da sociedade brasileira?

Discordo desta afirmação. Não há um processo de aculturação, há um processo de mudanças culturais, hibridizações culturais, e o acesso a mais informação e educação promove, certamente, maior conhecimento a culturas de muitos lugares remotos, mesmo com a predominância da cultura de massa norte-americana. 

> Que problemática você destaca na prática da difusão cultural?

A maior problemática, hoje, é a predominância, cada vez maior, da difusão cultural nas mãos dos grandes players, os grandes jogadores do sistema, formado por grandes bancos, produtoras internacionais, grupos de telefonia e audiovisual. O maior desafio é mostrar ao público que, nem sempre, os produtos culturais que vêm dos grandes players ou que custaram muito dinheiro são, necessariamente, os melhores. Fosse assim, “Velozes e Furiosos” seria um bom filme e “Hoje eu Quero Voltar Sozinho” um filme ruim, o que não é o caso, é o inverso. 

> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância no cenário cultural.

O espaço digital vai dominar, cada vez mais, o cenário cultural. É inevitável, não tem como lutar contra isso, o que se deve fazer é valorizar os agentes que promovem os filtros, sabem selecionar o que de melhor tem nesta babel digital, como críticos e curadores. 

> Qual mensagem você deixa para todos os fazedores culturais?

Não desistam. Vocês trabalham com o que de melhor e mais prazeroso existe no mundo. Não subestimem o poder da arte e do entretenimento, que é um poder suave fortíssimo. Sigam sempre em frente, apesar das adversidades.

> Clique e confira todas as entrevistas da série sobre Cultura "Opinando e Transformando"

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Por Dhiogo José Caetano  –  dhiogocaetano@hotmail.com

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