(Foto: Divulgação)
“A polarização política nos tira da paz; somos mais atravessados por guerras e lutas do que por paz; infelizmente um chá de camomila não resolve”
Rodrigo Alfer é o 90º convidado na série de entrevistas “Opinando e Transformando”. Objetivo é formar um mosaico com o que cada um pensa desse universo multifacetado. Uma oportunidade para os internautas conhecerem um pouco mais sobre os profissionais que, de alguma forma, vivem para a arte/cultura.
> Nome: Rodrigo Alfer
> Breve biografia: Diretor, dramaturgo, ator, cantor e produtor teatral. É arte-educador e pós-graduado em direção teatral pelo Célia Helena Centro das Artes. E formado em direção teatral pela SP Escola de Teatro. Dirigiu em São Paulo os espetáculos musicais “Las Muchachas de Chico”, “O Príncipe Desencantado” e “Vapor”. Está em processo de direção do musical Off-Broadway “Naked Boys Singing!”.
Confira a entrevista com Rodrigo Alfer
> Em sua opinião, o que é cultura de paz?
Quando falamos de paz estamos falando das relações pessoais. Sejam elas no âmbito pessoal e familiar, quanto em nossos grupos de amizade, vizinhos, trabalho e também além de nossas fronteiras territoriais e quem sabe um dia espaciais.
> Como podemos difundir de forma coerente a paz neste vasto campo de transformação mental, intelectual e filosófica?
Ao entender que a paz é ausência de violência, a cultura da paz consiste num primeiro momento no autoconhecimento e assim atingir a paz interior para que ela possa ser sentida e transmitida. É preciso sanar nossas guerras internas, se é que isso é possível.
> Como você descreve a cultura de paz e sua influência ao longo da formação da sociedade brasileira/humanidade?
O ser humano em sua história nunca foi totalmente pacifico. As guerras sempre existiram e uma sociedade paz e amor é praticamente uma utopia. O problema é que agora a guerra está numa tela preta próxima de um dedilhar. A polarização política nos tira da paz. Somos mais atravessados por guerras e lutas do que por paz. Infelizmente um chá de camomila não resolve.
> A cultura e a educação libertam ou aprisionam os indivíduos?
Se essa cultura e educação forem no sentido da igualdade, empatia e amor, libertarão.
> Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância na difusão do despertar da humanidade.
A internet é um campo fértil para o aprendizado e conhecimento, mas pode ser um local tóxico. Na pandemia (do novo coronavíus/Covid-19) em que ainda vivemos, apesar de muitos acharem que nunca nem existiu, foi fundamental para que os dias passassem mais rápido: os cursos, lives e para matar a saudade de quem amamos. Foi primordial para nossa saúde mental. Porém, o seu excesso pode ser prejudicial, o equilíbrio sempre é o melhor caminho.
> Qual mensagem você deixa para a humanidade?
A vida é curta. Só temos o agora. Viva!
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