
(Foto Ilustrativa)
Os objetos estão cultivando as pessoas, que, reduzidas a produtos, seguem o corredor das ilusões
Olhares distantes, alma em refazimento, ausência de vontade, simplesmente seguindo o fluxo.
O sol está branco, apagando as memórias do sol amarelo da minha infância.
Não é triste o fim de Policarpo Quaresma, lamentável é a realidade forjada por uma coletividade adoecida.
Está tudo escuro, mesmo durante o dia.
Falta ar, atmosfera sufocante.
A violência nasce no lar e esparge-se na superfície terrestre.
Seres primitivos mergulhados em um oceano de tecnologia.
A força ancestral é incompreendida por uma movimentação superficial.
Os objetos estão cultivando as pessoas, que, reduzidas a produtos, seguem o corredor das ilusões.
Os ecos das mensagens subliminares ganham retórica nos contextos.
A noite está ganhando da vida.
Escura é a luz do meio-dia.
Entretanto, quem deseja ver, verá o brilho de esperança que reluz das entranhas obscuras do ser.