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Conheça a dispraxia e saiba como é o tratamento

Transtorno neurológico associado com a falta de coordenação gera dificuldade, como, por exemplo, amarrar os sapatos

Viver bem  –  08/12/2017 10:18

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(Foto Ilustrativa)

Tratamento deve incluir estimulação psicomotora

por um psicomotricista ou terapeuta ocupacional,

além de acompanhamento médico

 

          Publicada: 04/12/2017 (20:18:01)
          Atualizada: 08/12/2017 (10:18:21)

O ator Daniel Radcliffe, que interpretou o famoso feiticeiro, Harry Potter, admitiu publicamente que sofre de dispraxia. Trata-se de um distúrbio neurológico associado com falta de coordenação. Em entrevistas, ele revelou que na infância tinha dificuldades, por exemplo, de amarrar os sapatos, e ainda enfrentou tempos difíceis na escola por ter um péssimo desempenho. 

Segundo a psicopedagoga e psicomotricista do Instituto NeuroSaber Luciana Brites, a dispraxia é uma incoordenação motora, resultado de uma dificuldade na realização de uma sequência de movimentos. 

- É uma disfunção no cérebro. 

Ela comenta que essa disfunção não pode ser vista ou identificada por meio de exames, como o eletroencefalograma, ou ressonância magnética, já que essas alterações ocorrem em nível celular. 

- A dispraxia compromete muito as atividades motoras, causando prejuízo na qualidade de vida e nas atividades do dia a dia. 

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O transtorno pode ser identificado quando os pais ou professores notam que determinada criança ou adolescente não consegue ou tem dificuldade de executar atividades comuns no dia a dia como, por exemplo, comer, tomar banho ou se vestir sozinha. 

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- Há diferentes níveis desse transtorno. O que irá distinguir será a gravidade do quadro. Ou seja, quanto maior for o prejuízo para a qualidade de vida do sujeito, maior é a gravidade - relata. 

Ainda de acordo com Luciana, pais e professores podem ajudar as crianças dando mais tempo para realizarem atividade motoras, como escrever, além de estudar mais sobre o assunto. 

- Nesses casos, deve-se primar pela qualidade ao invés da quantidade de tarefas. É preferível pedir para escrever menos e sair bem do que escrever muito e ficar ruim. Por não ser uma doença, não tem cura. Porém, com intervenções pode-se melhorar o quadro, principalmente se for detectado cedo - diz. 

De acordo com a profissional, o tratamento deve incluir estimulação psicomotora por um psicomotricista ou terapeuta ocupacional, além de acompanhamento médico. Sobre medicação, ela explica que a dispraxia pode ser o transtorno principal ou ser uma comorbidade. 

- Há casos que a dispraxia pode vir acompanhada de um outro problema, como Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). A medicação auxilia muito nesses casos, pois quando melhora o quadro de TDAH os problemas motores também melhoram.

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Por Assessoria de Comunicação  –  contato@olhovivoca.com.br

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